Críticas ao PMDB e ao novo “Campo Majoritário”
O primeiro debate entre os candidatos a presidente do PT
realizado nesta segunda-feira, em São Paulo, foi marcado por ataques à atual
política de alianças do partido, em especial com o PMDB, e por queixas sobre o
surgimento de um suposto Campo Majoritário que controla totalmente o partido, a
exemplo do que ocorreu antes da crise do mensalão, em 2005.
“O Campo Majoritário foi responsável pela crise de 2005 e
ele está voltando”, disse o deputado Paulo Teixeira, candidato da Mensagem. “Em
2005, um grupo se assenhorou do PT e cometeu erros. Agora este grupo tenta se
assenhorar novamente”, completou.
O candidato Renato Simões, da Militância Socialista,
também usou o termo Campo Majoritário para se referir ao grupo que apoia o
atual presidente, Rui Falcão, formado pelas correntes Construindo Um Novo
Brasil, Novos Rumos, PT de Lutas e de Massa, Movimento PT e outras correntes
menores.
O Campo Majoritário deixou de existir em 2005, depois que
integrantes da corrente como José Dirceu, José Genoino, Sílvio Pereira e
Delúbio Soares protagonizaram o escândalo do mensalão.
Como exemplo de domínio do
grupo de Falcão sobre a máquina partidária, os adversários citaram um programa
de TV do PT do Maranhão, que fazia críticas ao governo de Roseana Sarney (PMDB)
e foi retirado do ar a pedido de Falcão.
O presidente do PT negou a intervenção. “Dialogamos com
os companheiros do Maranhão. Não houve censura”, disse Falcão. “O resultado do
PED (Processo de Eleições Diretas) vai aferir se existe um novo Campo
Majoritário”, completou o presidente do PT. (Com IG/conteúdo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário