É muita grana!
Sempre tive uma opinião sobre o salário
das pessoas. Acho que cada um ganha o que realmente merece, ou faz por merecer.
Só que também sempre achei que tudo deve ter um limite. Mesmo em se tratando da
iniciativa privada, as coisas deveriam ser limitadas, uma vez que o salário dos
executivos, de alguma forma, é fruto do lucro que estas empresas tem. E o lucro,
resumidamente, é formado pelo dinheiro gasto pelos consumidores.
Não chego a pensar que futebol seja
iniciativa privada. Clube de futebol é uma organização, uma sociedade cuja
finalidade é promover diversão a seus associados. Como todo o clube, diga-se de
passagem.
Indo rapidamente ao assunto, fico
impressionado com o que fizeram com o futebol. Qualquer, eu disse qualquer
jogador de futebol, principalmente se merecer algum tipo de elogio da crônica
esportiva, vira craque e não aceita salário inferior a R$ 100 mil. Os que
ganham pouco é claro. Jogador consagrado, com passagem por clubes
internacionais, não assina por menos de R$ 250, R$ 300 e até mais. Alguém sabe
de algum executivo ou profissional liberal capacitado que ganhe tanto? Exceções?
Claro que existem.
Quando se trata de treinador, então, as
coisas atingem o absurdo. Agora mesmo, leio que o treinador Vanderlei
Luxemburgo, mandado embora do Grêmio faz pouco tempo, por absoluta
incapacidade, assinou com o Fluminense e vai ganhar R$ 710 mil por mês. Só a
Unimed, que explora violentamente a todos nós com os preços de seus planos de
saúde, vai pagar R$ 550 mil para o Luxa, todos os meses. Pode isso?
E olha que o Luxemburgo, atualmente, não
deve estar entre os que mais ganham como treinadores de futebol. Isso só
falando em Brasil, um país onde o salário mínimo é de R$ 678.
Na minha opinião, modesta por sinal, o
governo deveria intervir diretamente e acabar com esta farra. Quem sabe um
imposto de renda diferenciado?
Torcedores que pagam ingresso e são
associados, ficarão furiosos, eu sei. Só não esqueçam que são eles grandes
responsáveis por esta situação. Muitos deixam de comprar alimentação para os
filhos e preferem contribuir com o salário astronômico dos seus ídolos.
É o que eu penso!
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