terça-feira, 23 de abril de 2013



Bom Dia!

Quem me acompanha aqui, sabe de alguns posicionamentos meus, perfeitamente definidos. Acho que, na minha idade, não tenho mais o direito de ficar enrolando para, de alguma maneira, dizer o que penso. Criei, nestes mais de 50 anos de jornalismo, uma independência profissional que me permite tomar posições. Muitas desagradam a muitos, outras agradam a muitos, também. Mas é assim mesmo. Nunca pretendi ser unanimidade.

Hoje, ao vir para o trabalho, escutei uma entrevista do secretário Urbano Schimit, da Gestão, e do presidente da Agapan, sobre as obras da avenida Edvaldo Pereira Paiva, interrompidas por determinação judicial. O impasse envolve a derrubada de árvores localizadas em frente à Usina do Gasômetro.

O secretário manifestou sua preocupação com o tempo previsto para o final da obra. Urbano disse que, se o problema se prolongar, a obra não será concluída e a prefeitura perderá muito dinheiro.Todos nós, contribuintes, perderemos, então.

O presidente da Agapan veio com aquela velha conversa que está preocupado com o meio ambiente e com o bem estar da população e que o plantio de 400 mudas não substitui a falta das 120 árvores que seriam derrubadas no Gasômetro. Disse, também, que poderíamos ter outras alternativas, abrindo outra avenida, criando viadutos ou túneis. Só que, tudo isso, é dito agora, quando a avenida está quase concluída. Daí, a posição deste momento me parece oportunista e com fins políticos. Se a Agapan era contra e se sabia que a obra atingiria as árvores do Gasômetro, por qual motivo esperou até que chegasse ali para embargá-la? Não seria mais honesto tentar impedir e apresentar suas justificativas antes do começo da obra?

Mas o que me preocupa, mesmo, é o futuro das obras da Edvaldo Pereira Paiva. Será que algumas pessoas, que só aparecem em momentos extremamente oportunos, para eles, é claro, conseguirão impor sua vontade contra a posição da grande maioria, contra os usuários que necessitam da avenida para deslocamento? Será que Porto Alegre ganha com a posição da Agapan, ou será que perde?

Como sou um sujeito de posições definidas, quero deixar aqui, claramente, minha opinião. A obra da avenida Beira Rio é fundamental para a mobilidade urbana. Ela não pode parar, sob pena de um retrocesso que somente prejudicará o futuro da Capital. E não me canso de lembrar que, se dependesse dos ambientalistas representados pela Agapan, certamente, hoje, o aterro do Guaíba não seria permitido. Daí, não teríamos o Parque Marinha, nem o Harmonia, nem o Mauricio Sirotski e, com eles, todas as suas árvores.



Moraes Moreira e seu filho Davi Moraes, estarão no Opinião nesta quinta-feira para o lançamento do disco Acabou Chorare. Com 40 anos de estrada, o baiano Moraes Moreira embalou grandes momentos da nosso história musical com sucessos que marcaram muito. Então, para recordar um tempo já quase passado da MPB, vou deixá-los com Sintonia, um sucesso dos anos 80, enquanto desejo a todos um Bom Dia!




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