Bom Dia!
Quem me acompanha aqui, sabe de alguns posicionamentos meus, perfeitamente definidos. Acho que, na
minha idade, não tenho mais o direito de ficar enrolando para, de alguma
maneira, dizer o que penso. Criei, nestes mais de 50 anos de jornalismo, uma
independência profissional que me permite tomar posições. Muitas desagradam a
muitos, outras agradam a muitos, também. Mas é assim mesmo. Nunca pretendi ser
unanimidade.
Hoje, ao vir para o trabalho, escutei uma entrevista do
secretário Urbano Schimit, da Gestão, e do presidente da Agapan, sobre as obras
da avenida Edvaldo Pereira Paiva, interrompidas por determinação judicial. O
impasse envolve a derrubada de árvores localizadas em frente à Usina do Gasômetro.
O secretário manifestou sua preocupação com o tempo previsto
para o final da obra. Urbano disse que, se o problema se prolongar, a obra não
será concluída e a prefeitura perderá muito dinheiro.Todos nós, contribuintes, perderemos, então.
O presidente da Agapan veio com aquela velha conversa que está
preocupado com o meio ambiente e com o bem estar da população e que o plantio
de 400 mudas não substitui a falta das 120 árvores que seriam derrubadas no Gasômetro.
Disse, também, que poderíamos ter outras alternativas, abrindo outra avenida,
criando viadutos ou túneis. Só que, tudo isso, é dito agora, quando a avenida
está quase concluída. Daí, a posição deste momento me parece oportunista e com fins
políticos. Se a Agapan era contra e se sabia que a obra atingiria as árvores do
Gasômetro, por qual motivo esperou até que chegasse ali para embargá-la? Não
seria mais honesto tentar impedir e apresentar suas justificativas antes do
começo da obra?
Mas o que me preocupa, mesmo, é o futuro das obras da
Edvaldo Pereira Paiva. Será que algumas pessoas, que só aparecem em momentos
extremamente oportunos, para eles, é claro, conseguirão impor sua vontade
contra a posição da grande maioria, contra os usuários que necessitam da
avenida para deslocamento? Será que Porto Alegre ganha com a posição da Agapan,
ou será que perde?
Como sou um sujeito de posições definidas, quero deixar
aqui, claramente, minha opinião. A obra da avenida Beira Rio é fundamental para
a mobilidade urbana. Ela não pode parar, sob pena de um retrocesso que somente
prejudicará o futuro da Capital. E não me canso de lembrar que, se dependesse
dos ambientalistas representados pela Agapan, certamente, hoje, o aterro do Guaíba
não seria permitido. Daí, não teríamos o Parque Marinha, nem o Harmonia, nem o
Mauricio Sirotski e, com eles, todas as suas árvores.
Moraes Moreira e seu filho Davi Moraes, estarão no Opinião
nesta quinta-feira para o lançamento do disco Acabou Chorare. Com 40 anos de
estrada, o baiano Moraes Moreira embalou grandes momentos da nosso história
musical com sucessos que marcaram muito. Então, para recordar um tempo já quase
passado da MPB, vou deixá-los com Sintonia, um sucesso dos anos 80, enquanto
desejo a todos um Bom Dia!
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