quarta-feira, 6 de março de 2013



Bom Dia!
Quando entrou no ar a característica de noticia extraordinária na TV, minha mulher nem pensou muito: - O Chávez morreu! E logo entrou o locutor anunciando que o presidente venezuelano acabara de falecer.
Acho que, de certa maneira, a maioria das pessoas sabia que, de um momento para outro, a morte de Chávez seria anunciada. Desde que retornou de Havana, nunca se teve uma informação precisa sobre as condições de saúde do ex-presidente. Não se teve imagens de sua saída de Cuba, nem de sua chegada ao Hospital Militar da Venezuela. No final de semana, quando a oposição iniciou uma mobilização exigindo noticias mais claras sobre Hugo Chávez, os governistas passaram a declarar que a saúde dele estava piorando, até que ontem, no começo da manhã, tivemos a informação que a infecção pulmonar havia piorado. No final da tarde, a noticia de sua morte.
- Sei que nunca me irei porque ficarei para sempre nas ruas e nos povoados da Venezuela, porque Chávez já não sou eu, Chávez é a pátria.
Esta, quem sabe, é a frase mais importante e mais significativa do que Chávez pensava dele mesmo. Sua ânsia pelo poder e sua vontade de se perpetuar na presidência da Venezuela, fizeram com que ele acabasse mudando a Constituição do país permanecendo mais de 14 anos no poder. Havia sido eleito para mais um mandato, o que lhe garantiria 20 anos à frente dos destinos venezuelanos. Não conseguiu assumir. Morreu antes.
Considerado o maior inimigo dos Estados Unidos na América, Chávez não conseguiu impedir, ou escondeu, de certa forma, que a Venezuela tem nos EUA seu maior parceiro econômico. O petróleo venezuelano, em sua grande parte, é vendido para os americanos. As importações da Venezuela tem, na maior parte, origem nos EUA. Para se ter uma idéia, a Venezuela importa R$ 56 bilhões dos Estados Unidos, de quem é inimiga. Do Brasil, parceiro fiel, a Venezuela importa R$ 6 bilhões.
Dentro de 30 dias uma nova eleição deverá indicar quem substituirá o “comandante” Chávez na presidência do país. O vice-presidente Nicolás Maduro, ungido como sucessor do morto, deverá enfrentar Henrique Capriles, o único adversário que conseguiu unir a oposição na Venezuela, um país corroído pela inflação, com o maior índice de homicídios da América e com um índice de pobreza assustador.

Hoje e amanhã, Maria Bethânia estará no Teatro do Sesi apresentando o show “Carta de Amor”, que tem a participação de Wagner Tiso. Para alegrar a todos os que, como eu, admiram o talento de Bethânia, vou deixá-los com a música Vive, que faz parte do novo disco da cantora “Oásis de Bethânia”, desejando a todos um Bom Dia!




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