quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013



Que profissional o mercado deseja contratar em 2013?
Pode-se afirmar que 2012 foi um ano morno, um ano que alguns segmentos tiveram crescimento e uma redução significativa. Entre os segmentos que tiveram crescimento no Rio Grande do Sul foi o de serviços foi o que mais cresceu, assim como a construção civil.
Informações essas que são acompanhadas diariamente nos noticiários. Mas qual o profissional contratado pelo mercado e qual e tendência para 2013?
As posições mais procuradas em 2012 foram as financeiras como: Controller, Contador, Gerente Financeiro. No segundo pódio ocupam os cargos relacionados a vendas e marketing.
“No final de 2012 fizemos uma pesquisa com 100% dos candidatos que foram contratados nos processos seletivos. Nossas vagas têm como foco vagas executivas e 100% dos nossos candidatos possuem curso superior”, explica o diretor da RSA Talentos Executivos, Rubem Souza, afirmando que anualmente revisam o planejamento estratégico da empresa.
“O objetivo da pesquisa foi traçar o perfil pessoal, analisar a formação educacional, histórico profissional, tempo médio nas empresas e principalmente as razões que motivam a troca de empresa, completa o Consultor da RSA, Cláudio Raiter. 
Os números
Basicamente o profissional que o mercado contratou tem em média 38 anos de idade, curso superior, pós-graduação, fala mais de um idioma, é casado, boa experiência profissional e trabalhou em empresas multinacionais. Ainda: muda pouco de empresa ficando em média quatro anos em cada emprego.
Ao analisar os profissionais contratados em 2012 ainda os homens estão em maioria e continuam com salários maiores do que os das mulheres. “Quando analisamos a experiência internacional ainda temos dificuldade de encontrar profissionais na região sul com esta bagagem no currículo”, lamenta Souza, que atua como headhunter há mais de 20 anos.
Os resultados
De acordo com a empresa, um dos principais resultados da pesquisa são as razões que levam as pessoas a trocarem de emprego. “Todos são unânimes em falar que a falta de oportunidade de crescimento incomoda e desmotiva”, salienta Raiter. Outro ponto apontado pelos profissionais é a falta de autonomia em tomar decisões ou de criar coisas novas - mesmo no caos em que estão no topo da hierarquia da empresa. Já em terceiro lugar para a troca da atividade profissional é o sobrenome empresarial, principalmente empresas com possibilidade de carreira internacional. Em quarto lugar, e não menos importante, chega a tão esperada remuneração, que inclui ganhos e benefícios.
“Como complemento da pesquisa comparamos o perfil em relação ao traçado pelas empresas, ou seja, o que elas buscam efetivamente”, explica os consultores. Além das questões de formação superior completa em boas escolas e especialização, há a exigência em um segundo idioma fluente e experiência consistente. E a RSA destaca: é preciso identificar o perfil comportamental. “As empresas precisam de profissionais que realizem, saibam trabalhar em grupo, tenham iniciativa, resiliência, estejam acostumados a trabalhar em ambientes multiculturais e que, principalmente, sejam agentes de mudança”, destaca o headhunter Rubem Souza.
Para a RSA, cada vez mais as empresas tem estruturas organizacionais mais enxutas com menores níveis de liderança. O funcionário deve ser um empreendedor, mesmo que não seja gerente. “Outro ponto fundamental para as empresas é aquele profissional que oferece inovação e que, obrigatoriamente, uma nova idéia gere uma nota fiscal”, explica Raiter.
Neste ambiente outra característica procurada é a negociação e a comunicação, escrita e oral. O mercado não aceita um profissional com deficiências na língua portuguesa (materna).
Novos cenários
Com o crescimento das empresas, associações, joinventures, IPO´s e aquisições a habilidade de lidar com diferenças culturais se torna requisito obrigatório. “Com a tecnologia à nossa disposição o seu colega de mesa ao lado senta na Índia ou na China e com isto estamos falando de políticas e regras que são aceitas em todas as culturas, assim como a ética, lembra Rubem Souza.
Com este cenário traçado é possível visualizar, sim, uma visão nebulosa para o ano que está começando. De acordo com o estudo da RSA Talentos Executivos, em relação à economia no Rio Grande do Sul, o segmento agrícola deverá ter uma demanda maior, por outro lado a indústria deve ficar em passos lentos, mesmo que o governo crie alguns pacotes de incentivo ao consumo.
Alguns destaques relacionados ao perfil que o mercado irá procurar em 2013
Formação superior completa, MBA, Experiência
Postura, Flexibilidade, Caráter, Constante busca por inovação
Ser líder e saber ser liderado Histórico de realizações, Sucesso, Gerou valor às empresas que passou
35 anos
Um “high talent”. “Acabou a era do específico, agora devemos ser genéricos, mas com base técnica e conceitual consistente”, destacam os profissionais da RSA.  O profissional procurado está sempre conectado, não se preocupa com o horário de entrada e saída. Sabe o que acontece nas mídias sociais, tem perfil no Linkedin, participa de entidades e grupos que estudam e discutem temas da sua área de atuação. Cada vez mais as empresas valorizam candidatos que tenham experiência em várias áreas.
Por outro lado o mercado tem mostrado que os profissionais com mais de 50 anos estão voltando ao mercado. Para Cláudio Raiter, “muitas empresas precisam equilibrar a energia da geração Y com a experiência e senioridade dos cinqüentões”. Isto é mais forte em algumas áreas como comercial, onde o network é muito importante.
“Se é profissional e está dentro do perfil é bom ficar preparado e esperar a ligação de um headhunter. Se, por outro lado, ainda está em fase de desenvolvimento utilize os exemplos acima para se preparar”.

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