Exercícios atenuam
sintomas de Parkinson e Alzheimer
Novas pesquisas mostram que atividades físicas são fundamentais
para reduzir a gravidade dessas doenças neurodegenerativas.
Duas pesquisas apresentadas no encontro anual da Sociedade
Norte-americana de Radiologia, que acontece até esta sexta-feira em Chicago,
nos Estados Unidos, revelaram de que forma um estilo de vida saudável,
especialmente com a prática frequente de atividade física, pode surtir efeitos
positivos sobre doenças neurodegenerativas. Segundo os trabalhos, exercitar-se
atenua os sintomas de doenças como a de Alzheimer e a de Parkinson e,
assim, melhora a qualidade de vida das pessoas que sofrem de alguma dessas
condições.
Uma das pesquisas, desenvolvida na Universidade da Califórnia,
nos Estados Unidos, acompanhou, por 20 anos, 876 idosos com mais de 78 anos de
idade. Os autores descobriram que um estilo de vida ativo, com a prática
regular de exercícios aeróbicos, está associado a um maior volume da massa
cinzenta do cérebro, inclusive entre pacientes com comprometimento cognitivo
leve ou Alzheimer. Essa região cerebral está envolvida na cognição e o seu
encolhimento é associado a piores quadros de doenças mentais. Portanto,
concluíram os autores, o exercício, principalmente aqueles que promovem um
maior gasto de energia, pode reduzir a gravidade da demência.
O segundo estudo foi feito na Clínica Cleveland, nos Estados
Unidos. O trabalho revelou que os exercícios também podem ser fundamentais para
uma pessoa que sofre da doença de Parkinson. De acordo com os resultados dessa
nova pesquisa, andar de bicicleta, um exercício que promove grande oxigenação
do cérebro, melhora a comunicação entre diferentes regiões cerebrais e atenua
os sintomas dessa condição, que incluem tremores, lentidão de movimentos e
rigidez muscular. Além disso, mostraram os pesquisadores, quanto mais intensa
for essa atividade — ou seja, quanto mais rápida a pedalada — maior o
benefício. Eles chegaram a essa conclusão após observar o efeito desse
exercício em 26 pacientes com mais de 50 anos de idade que sofriam da doença de
Parkinson.
Os autores de ambos os estudos se mostraram entusiasmados com os
resultados, mas destacaram a importância de novas pesquisas para aprofundar os
achados. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo sobre a doença de Parkinson
querem saber, por exemplo, se outras atividades além de andar de bicicleta,
como natação, também são capazes de surtir o mesmo efeito positivo.
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