terça-feira, 20 de novembro de 2012

O caixa único
Projeto encaminhado pelo governo do Estado à Assembléia Legislativa, em Regime de Urgência, autoriza o Executivo a transferir fundos, com verbas de destinações específicas, para o caixa único. A partir daí, muitas dúvidas surgiram e, pelo menos até agora, não foram devidamente respondidas.
O Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, diz que “Não há dinheiro algum nesses fundos. O que estamos fazendo com esse projeto é apenas uma operação contábil para regularizar saques feitos ao longo dos governos de Germano Rigotto e Yeda Crusius”. Provavelmente, no meu entendimento,  a atual administração estadual esteja tentando corrigir erros das anteriores.
Já a bancada do PMDB apresentou levantamento informando que a injeção de valores será de mais de R$ 500 milhões no caixa único. Para o deputado Giovani Feltes (PMDB) “é mais um cheque em branco para o governo Tarso. O Piratini quer colocar a mão em recursos do desenvolvimento do Estado. Talvez assim consigam pagar os R$ 5,8 milhões da parcela de autonomia das escolas que está atrasado. É um governo de gestão zero.”
Sou obrigado a admitir que não sou profundo conhecedor destas questões que envolvem finanças públicas, mas sei o que representa o envolvimento de  dinheiro de projetos que visem o desenvolvimento do Estado com o caixa único.
Mas o que me chama a atenção, sinceramente, é o fato de que sempre que alguma coisa tem que ser justificada pelo Partido dos Trabalhadores, a culpa é jogada nos governos anteriores e/ou na oposição. O projeto em causa tem por objetivo regularizar saques feitos pelos governos que antecederam ao de Tarso Genro, ou seja, as coisas ruins sempre tiveram origem nos atos de adversários. Já as boas, bem, estas sempre foram obra do PT.  É, pelo menos, curioso. Ou não?
Machado Filho

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