Na véspera do Dia Mundial de Combate
ao Diabetes, o Ministério da Saúde hoje divulgou dados que mostram um aumento
no índice de mortalidade causado pela doença.
A taxa passou de 24,1 mortes por
100.000 habitantes, em 2006, para 28,7 mortes por 100.000 em 2010. Desde 2000,
esse índice subiu 38%. Hoje, a doença atinge 5,6% da população brasileira
adulta — e afeta mais mulheres do que homens.
Os dados divulgados nesta terça-feira
revelam que o diabetes foi o responsável por 54.000 mortes no Brasil em 2010,
ano dos últimos dados disponíveis. O número é muito superior ao de mortes
causadas pela aids (12.000), e pelos acidentes de trânsito (42.000). Entre 2000
e 2010, o diabetes motivou mais de 470.000 óbitos.
Causa indireta — Também em 2010, o diabetes foi mencionado como
causa indireta de 68.500 mortes. São casos em que a doença agravou de forma
significativa a situação do paciente. O tabagismo, a má-alimentação, o excesso
de peso e o sedentarismo são os principais fatores de risco para o diabetes.
O ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, diz que o atendimento a esses pacientes melhorou nos últimos anos, mas
reconhece a necessidade de melhorias. "O SUS precisa se reorganizar para
enfrentar essa nova realidade. Esse esforço de reorganização para dar conta das
doenças crônicas é fundamental e tem que ser permanente", disse.
Baixa escolaridade — Um dos focos do trabalho do ministério deve ser a
população com até três anos de escolaridade. Neste grupo foram
registradas 24.000 mortes em decorrência do diabetes em 2010. "O diabetes
se expressa de forma diferente de acordo com a inclusão social e com o grau de
inclusão da nossa população", disse Padilha.
O ministro destacou o fato de 74% dos
portadores da doença serem identificados pela rede pública de saúde. Em média,
esses pacientes fazem cinco consultas médicas por ano, um número considerado
satisfatório pelo ministro.
Ele ressaltou ainda que o acesso
dessa população a medicamentos gratuitos chegou a 94%.
Em 2013, o Ministério da Saúde vai
realizar uma pesquisa nacional em parceria com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) para identificar melhor o perfil dos pacientes
do diabetes no país. (Com VEJA online)
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