Joaquim Barbosa cita trecho do testemunho : "O ministro José Dirceu me pediu que indicasse alguém do PTB para que fosse a Portugal tratar dos interesses do PT".
"Conclui-se que a atuação de Valério mostra-se intimamente
conectada com Dirceu, já que Valério buscava recursos para repassar a
parlamentares da base aliada", diz Barbosa.
"Considero impossível acolher a tese de que Dirceu
simplesmente não sabia que Valério vinha efetuando pagamentos em espécie em
nome do PT aos líderes da base", afirma o ministro.
Barbosa cita o episódio no qual a então mulher de José Dirceu fez
um empréstimo junto ao Rural para a compra de um imóvel. "Os réus só
prestaram esses favores por se tratar da ex-mulher de Dirceu".
"Todo esse episódio contribui para revelar que Dirceu tinha
superlativa influência e proximidade sobre os demais réus", afirma o
relator.
Ele fala sobre as acusações contra José Genoino. "As provas
mostram que José Genoino negociou valores a serem repassados a parlamentes do
PP e ao presidente do PTB, Roberto Jefferson".
O ministro diz que, segundo depoimento de Emerson Palmieri,
Jefferson solicitou dinheiro diretamente a José Genoino.
"Primeiro, a sede do PT, no edifício Varig, tornou-se uma
espécie de central de reuniões entre Valério e Delúbio com deputados que
receberam dinheiro", diz o ministro.
"A defesa também não informa por qual motivo os réus teriam
indicado gratuitamente Genoino como negociador dos acordos financeiros",
afirma Barbosa.
(segue...)
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