O blog do jornalista André Machado no ClicRBS, Esquina Democrática, publica matéria sobre o uso pelos senadores Paulo Paim (PT) e Ana Amélia lemos (PP), de verbas ressarcidas pelo Senado Federal, utilizadas em campanha eleitoral. Sob alguns pretextos, Paim e Ana Amélia gastaram e foram indenizados por despesas que fizeram para apoiar candidatos a prefeituras no RS. Leia a íntegra da matéria.
Senadores gaúchos usam cota parlamentar durante campanha eleitoral
O senador Paulo Paim
(PT) é o parlamentar gaúcho com maior volume de despesas ressarcidas pela Cota
para o Exercício da Atividade Parlamentar em 2012: até o mês de outubro ele
soma mais de R$ 266 mil em despesas como passagens aéreas, material publicitário,
combustível e alimentação. Deste total, R$ 41 mil somente para locação de
veículos. No mês de agosto foram R$ 12 mil para aluguel de automóveis, quando
ele teve despesas registradas em diversas cidades gaúchas em 20 dos 31 dias do
mês.
Entre as informações
publicadas no Portal da Transparência, consta o ressarcimento de R$ 272,00 para
uma diária de hotel em Picada Café, Vale do Sinos, no dia 25 de agosto, um dia
após ele participar de um comício do candidato a prefeito pelo PT no município.
"Foram todas viagens para prestação de contas do meu mandato",
assegura o parlamentar.
Norma publicada pelo
Senado Federal em junho do ano passado alerta que as despesas para divulgação
das atividades do mandato não poderiam ser ressarcidas quando efetuadas nos
seis meses que antecedem a eleição.
Já
a senadora Ana Amélia Lemos (PP) gastou R$ 97 mil até setembro deste ano. Ela
reduziu as despesas no período do recesso, mas em agosto retomou a média de
gastos do primeiro semestre, cerca de R$ 13 mil.
A senadora também se valeu da
verba indenizatória para atividades relacionadas a campanha eleitoral. Ana
Amélia apresentou nota fiscal de R$ 829,00, do dia 13 de agosto, para o
pagamento de refeições em um restaurante da capital, em que participaram a
então candidata Manuela D'Avila (PC do B) e o presidente nacional do partido,
Renato Rabelo. "Isso foi um equívoco da minha assessoria. Jamais
utilizaria verba pública para isso. Inclusive meu chefe de gabinete ficou
afastado durante este período", alegou a senadora, que pretende ressarcir
os cofres públicos.
Já
o senador Pedro Simon (PMDB) foi o que menos utilizou a Cota Parlamentar: R$ 31
mil, referente a passagens aéreas. Ele buscou reembolso por gastos em
alimentação, combustível, aluguel de carros ou material publicitário. A
reportagem procurou Simon, mas a assessoria informou que ele está em tratamento
médico. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Senado Federal.
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