segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Mensalão

Núcleo político – 1
O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, inicia a sessão desta segunda-feira (17) quando será julgado o chamado "núcleo político" do esquema, integrado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Nesse trecho da denúncia, os ministros vão decidir se o chamado mensalão existiu. Eles devem avaliar acusações contra 23 réus.

O relator do processo, Joaquim Barbosa, inicia o seu voto sobre o "núcleo político" do suposto esquema de pagamento de propina conhecido como mensalão. Segundo Barbosa, o esquema criminoso seguiu três etapas: 1º) Desvio de recursos da Câmara e do BB por meio de contrato com as agências de Valério; 2º) Ocultação e dissimulação da origem criminosa por meio de empréstimos bancários fraudulentos; e 3º) Saques a partir de cheques assinados por Valério e sócios, mas distribuídos a outras pessoas.

O relator diz que fará, em um primeiro momento, a análise dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha constantes no capítulo 6. "Corrupção ativa e os réus que a praticaram será abordada mais adiante", diz ele.

"Os acusados receberam elevada quantia em espécie, em alguns casos milhões de reais, sem qualquer registro formal em contabilidade ou transação bancária", diz Barbosa. "Os fatos, como narrados pelo procurador-geral da República, demonstram a existência de uma associação prévia", afirma o ministro. Ele cita depoimento de Delúbio, que afirmou que o PT repassou "uns R$ 8 milhões para o PP, em torno de R$ 4 milhões para o PTB, cerca de R$ 2 milhões para o PMDB, e entre R$ 10 a 12 milhões para o PL". Segundo o depoimento de Delúbio, "este número deve dar aproximadamente R$ 55 milhões, por aí".

(Segue)

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