sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Mensalão

Julgamento: segundo dia - 4


Recomeça o julgamento
Ayres Britto retoma às 17h18 a segunda sessão de julgamento do mensalão. O procurador-geral da República ainda tem duas horas e 49 minutos para falar.



Acusação contra corretoras
Gurgel recomeça citando proprietários de corretoras que se disponibilizaram a repassar os recursos das contas do valerioduto às pessoas beneficiadas. Eles são acusados de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. O procurador-geral diz que, pela legislação, não é necessário que todos os integrantes da quadrilha se conheçam para o crime se configurar.
Acusações contra os dirigentes do PL
Pela acusação, o acordo e os pagamentos a parlamentares do PL eram feitos por Valdemar Costa Neto através de Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL. Entre 2003 e 2004, Costa Neto recebeu quase R$ 9 milhões. Para entender quem são os réus e os crimes aos quais eles respondem.
Uso do carro-forte 
Gurgel diz pela quarta fez a palavra “carro-forte”  durante a acusação, em outro saque realizado para o pagamento do mensalão. "Mais uma vez o emprego do carro-forte, que era recorrente, tal o volume dos recursos envolidos nesse esquema criminoso", diz o procurador-geral.

Os pagamentos, em regra, eram realizados em agência bancárias, de preferência do Banco Rural em Brasília, Belo Horizonte e em São Paulo, ou em hotéis"

A agência do Banco Rural no Brasília Shopping era frequentadíssima pelos integrantes da quadrilha, sempre essa mesma agência"

Acusação contra Roberto Jefferson
Presidente do PTB na época, recebeu o mensalão através de contatos com o deputado federal Romeu Queiróz e Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. Jefferson recebeu de três formas diferentes o dinheiro. O acordo era que o partido receberia R$ 20 milhões para apoiar o PT no governo, em quatro parcelas de R$ 5 milhões. Parte dos pagamentos foi feito por Valério, em espécie, na sede do PTB em Brasília.

Acusação contra João Paulo Cunha
Líder do PT na Câmara na época, é acusado de receber R$ 50 mil para beneficiar agências de Valério. Tinha estreita amizade com o publicitário. A mulher dele fez o saque, diz a acusação. As agências de Valério fizeram a campanha que o levaram à presidência da Câmara

Como justificar que tudo que era feito pela quadrilha era feito de modo escuso, embuçado?

A operação era toda dissimulada, os recibos eram informais. Em vários casos (de beneficiários), temos pagamentos até semanais"

Acusação contra José Borba
Marcos Valério marcava reuniões com parlamentares na agência do Banco Rural em Brasília para receber o dinheiro em espécie, e um dos que recebeu lá foi José Borba, deputado do PMDB na época que apoiava o governo. Certa vez, Borba se negou a assinar um recibo do banco, obrigando a secretária de Valério a ir na agência sacar o dinheiro para entregar a ele. O objetivo era não fazer provas, diz Gurgel.


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