quarta-feira, 20 de junho de 2012

Juiz diz que Cachoeira sabia da Operação Monte Carlo
Em depoimento ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz substituto da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiânia, Paulo Augusto Moreira Lima, disse que o bicheiro Carlinhos Cachoeira sabia das investigações da Polícia Federal (PF) um mês antes do início da Operação Monte Carlo.
Alegando ser vítima de ameaças de morte, Paulo Augusto pediu afastamento do caso. Ele disse à Corregedoria do Conselho que, depois do vazamento dos dados sigilosos, a organização tentou neutralizar a ação da PF e da Justiça. O juiz disse que o grupo de Cachoeira teve acesso ao nome do magistrado que cuidava do caso, ao nome da operação e à lista de investigados, bem como soube que haveria mandados de busca e prisão sendo analisados pela Justiça. Moreira Lima afirmou ainda que o grupo também foi informado de detalhes de sua rotina e de que ele estava trabalhando quase que exclusivamente na elaboração de decisões contra o esquema ilegal de jogos em Goiás.
O CNJ foi chamado a interceder na Justiça Federal em Goiás em razão das suspeitas de que o telefone do juiz titular da 11ª Vara, Leão Aparecido Alves, foi grampeado por ordem de Moreira Lima, que comandava, como substituto, o processo da Operação Monte Carlo. Leão entrou com uma representação contra Moreira Lima na Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O CNJ, então, foi acionado par tentar resolver a contenda entre os juízes.
Segundo apuração do CNJ, o telefone Leão estava, de fato, no rol das escutas porque sua mulher, Maria do Carmo Alves, teria conversado com pessoas que estavam sob investigação no caso dos jogos ilegais em Goiás.

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