quinta-feira, 23 de abril de 2020



CFM permite cloroquina contra casos leves da covid-19

Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, 23, entusiasta do tratamento contra a covid-19 com cloroquina e hidroxicloroquina, o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou permissão para uso de medicamentos com estas substâncias a pacientes com casos leves. Apesar de reconhecer que não há ainda comprovação de segurança e eficácia do tratamento, a entidade afirma que a liberação ocorre devido à excepcionalidade da pandemia.

O CFM passou a livrar de infração ética médicos que prescrevem a droga em três situações. A primeira é para caso de paciente com sintomas leves, em início de quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue) e exista diagnóstico confirmado de COVID 19. Também é autorizado uso para pessoas com “sintomas importantes”, mas que ainda não está sob cuidados intensivos ou internado.

No último cenário possível, o paciente pode receber a droga se estiver em estado crítico, recebendo cuidados intensivos, incluindo ventilação mecânica. O parecer do CFM, porém, ressalta que é “difícil imaginar que em pacientes com lesão pulmonar grave estabelecida e, na maioria das vezes, com resposta inflamatória sistêmica e outras insuficiências orgânicas, a hidroxicloroquina ou a cloroquina possam ter um efeito clinicamente importante”.

Em todos os casos, o médico deve explicar ao paciente que não há, até o momento, comprovação de benefícios do uso da droga contra o novo coronavírus. Também deve orientar sobre efeitos colaterais. Para liberar a prescrição, será assinado pelo paciente ou familiares, se for o caso, um termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Fonte: Estadão


Prefeito decreta reabertura controlada 
do setor da construção civil

Setor poderá funcionar das 9h às 16h, 
com regras para proteção dos trabalhadores

A saída gradual e progressiva da quarentena em Porto Alegre começa, nesta quinta-feira, 23, com a liberação controlada das atividades relacionadas à construção civil, mediante adoção de uma série de protocolos técnicos de higiene, proteção à saúde e minimização do risco de contágio para os mais de 30 mil trabalhadores do segmento. A determinação consta do decreto 20.549, assinado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior e publicado em edição extra do Diário Oficial do Município (Dopa) dessa quarta-feira, 22. Até o momento, o isolamento para os demais setores econômicos e grupos populacionais está mantido até o dia 30.

A decisão foi embasada na confirmação do achatamento da curva de internações por coronavírus na Capital, como resultado das medidas estabelecidas por cerca de 30 decretos municipais com regramentos para isolar e proteger a população porto-alegrense desde o dia 16 de março. Na noite dessa quarta-feira, Porto Alegre tinha 31 pacientes em UTIs confirmados com Covid-19, menor número de casos graves internados em unidade de terapia intensiva dos últimos 18 dias. O pico foi de 43 em 10 de abril.

Fonte/Foto: PMPA



Casos e número de mortes no Brasil em 23 de abril

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 6h30 desta quinta-feira (23), 46.348 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) no Brasil, com 2.934 mortes pela Covid-19.

Os óbitos estão concentrados nos estados de São Paulo (1.134)Rio de Janeiro (490) e Pernambuco (282) e crescem em ritmo acelerado: são mais de mil nos últimos sete dias.



Vamos abolir todos os 
feriados daqui para frente

Por Alexandre Garcia

Na quarta-feira (22), o presidente da República, Jair Bolsonaro, escreveu um texto – como não tem autor, eu imagino que seja de autoria dele. Bolsonaro se dirige aos que saíram a rua no domingo pedindo intervenção militar.

Ele pergunta: “aqueles que estão pedindo intervenção do artigo 142 da Constituição, antes devem decidir qual general ocupará a cadeira do capitão Jair Bolsonaro”. Depois ele diz “aqueles que pedem AI-5, antes devem mostrar onde está na Constituição o tal dispositivo”.

A pessoa que pede a volta do AI-5 não tem ideia de como foi, o que aconteceu ou por que. Elas não sabem o que nós vivemos na época, não sabem de todas as histórias.

Toda manifestação é justa, diz o texto escrito pelo presidente. “Portanto, vão para as ruas. Mas tenham uma pauta real, objetiva, com foco na missão. Não ataquem presidência, Supremo ou Congresso, mas aquilo que você julga ser mudado”.

E continuou: “exijam ações, cobrem votações, critiquem sentenças e vocês atingiram os seus objetivos”. A nota continua, mas essa foi a parte que eu achei importante porque assim ele já responde de forma antecipada a qualquer problema no STF.

A oposição pediu a abertura de uma investigação para ver se há políticos incentivando um golpe de estado ou alguma situação parecida, o ministro Alexandre de Moraes aceitou esse pedido.

As mortes pelo coronavírus
O Brasil todo tem cerca de 40 mil de leitos de UTI. O mundo, neste momento, está ocupando 56.673 leitos, ou seja, não precisamos nos preocupar com a falta de leitos em UTIs no país.

O número de mortes por coronavírus, na quarta-feira, foi de 165. Na terça-feira tinham sido 166 óbitos. O que quer dizer que o número de falecimentos está se estabilizando. Não há o crescimento exponencial que os “torcedores de coronavírus” estavam desejando.

Em relação as mortes por milhão de habitantes: Bélgica tem 540 – isso porque a população é pequena –, Estados Unidos tem 140, a Espanha está com 464, Itália com 415, França com 327, Reino Unido tem 267 e o Brasil tem 14 casos por milhão de habitantes. Estamos tendo um desempenho razoável em todas as medidas que foram tomadas no país.

O vírus da corrupção
É preciso ter cuidado porque tem um covidão solto por aí. É um vírus horroroso, se chama corrupção. A Polícia Federal montou um grupo especial para vigiar as compras sem licitação e as superfaturadas.

Apelidaram a operação de "coronajato". Esse covidão que colocar a mão no dinheiro da população em um momento que as pessoas estão sem renda e eles ainda querem pegar os impostos.

Vamos abolir os feriados
Fecharam as fábricas, mas cresceu 623% a compra de álcool em gel; 31% o consumo de papel higiênico, dobrou a demanda por produtos de higiene. Se continuar assim, não vai mais ter produto na prateleira para consumo.

Se as indústrias não abrirem, por consequência elas não produzem e as nossas prateleiras vão ficar iguais às da Venezuela e às de Cuba: vazias. A gente tem que pensar como enfrentar esse problema.

Nós estamos parados há um mês. Vocês lembram o que aconteceu com o país quando só os caminhoneiros pararam, agora todo mundo – menos os caminhoneiros, que estão trabalhando – está parado.

Eu vi uma imagem com centenas de caminhões carregados saindo da área de produção para ir para a exportação, a maior parte era para a China.

Vamos abolir todos os feriados que tem daqui para frente, inclusive o próximo Carnaval. Eu estou incluindo Natal, Ano Novo, 7 de setembro, 15 de novembro, Finados também. Nós precisamos passar por cima, porque estamos precisando. Seria bom que nós ficássemos sem feriado até o próximo dia 21 de abril.