Nova audiência publica
Será nesta quarta-feira, 15, a nova audiência pública para coleta de subsídios para a licitação de concessão da prestação de serviço do transporte coletivo por ônibus em Porto Alegre. A audiência ocorrerá das 19h às 22h, no Ginásio Municipal Tesourinha, na Avenida. Érico Veríssimo, s/n, bairro Cidade Baixa, com lotação máxima para 1,5 mil pessoas. Haverá esquema de segurança no local.
De acordo com o edital de convocação, a inscrição dos interessados em participar dos debates será feita por preenchimento de uma ficha, disponibilizada na data e local da audiência. A publicação do novo edital de licitação está prevista para o próximo dia 6 de maio (quarta-feira), na modalidade de concorrência internacional.
Pontal do Estaleiro
Quando eu era jovem, Porto Alegre era muito diferente. Muita coisa que existia na minha época de moço, já não existe mais. A paisagem da cidade mudou, muitas vezes radicalmente, em muitos bairros. Foram transformações profundas, a maioria para beneficiar a vida dos moradores e visitantes. Obras urbanas, principalmente de mobilidade, que facilitaram o desenvolvimento da Capital.
Lembro do Estaleiro Só, um prédio enorme que ocupava uma área muito grande na beira do então Rio Guaíba. Pois é, sou do tempo em que o Guaíba era rio, hoje é lago.
Era nas águas do Guaíba que ficavam navios que chegavam para as grandes oficinas do Estaleiro. Confesso que não me recordo se, naquele tempo, ainda se construía embarcações no Estaleiro Só, ou se ali eram feitas apenas manutenções nos barcos.
Com o tempo, o estaleiro foi sendo desativado, e no local foi aparecendo apenas o esqueleto de um prédio invadido por marginais e tomado pelo mato que cresceu à beira do Guaíba.
Os que chegaram depois, já encontraram aquela zona da cidade bem diferente. Recentemente, com a construção do Barra Shopping, do viaduto estaiado, com a reforma do Beira Rio, a paisagem está completamente diferente. Quem vai, por exemplo, visitar o Museu Iberê Camargo, encontra uma região bem modificada em relação a que eu costuma ver nos anos 60 ou 70.
Pois agora, uma empresa quer construir naquele local, onde estava o Estaleiro Só, um conjunto denominado de Praça do Pontal, com a revitalização de 700 metros da orla do Guaíba, construção de um centro comercial de 17.100 m² e uma torre comercial de 14.000 m². Ali serão construídas ciclovias, espaço para caminhadas e um recanto especial para que os frequentadores possam observar o famoso pôr do sol no Guaíba.
Também ser aproveitado o desnível entre a Avenida Padre Cacique e o Guaíba para a construção de dois pavimentos de estacionamento com 1,7 mil vagas cobertas e um bicicletário.
Antecipo que sou favorável a todo e qualquer projeto que resulte em embelezamento da cidade e aproveitamento de espaços que proporcionem maiores oportunidades de lazer. Desde que, é claro, não impactem com o meio ambiente nem acabem, futuramente, trazendo problemas para o cidadão.
Mas já fiquei sabendo que algumas pessoas, casualmente do mesmo grupo que tentaram impedir, por exemplo, a duplicação da Edvaldo Pereira Paiva, na parte fronteira ao Gasômetro, começam um movimento para impedir que o projeto seja viabilizado. E, como são os mesmos, não duvido que logo teremos acampamentos, barracas, faixas e gritos de protestos contra a prefeitura, em defesa da conservação da área que hoje está abandonada.
Mas o que mais me impressiona é que estas mesmas pessoas, que hoje utilizam diariamente as melhorias na Edvaldo Pereira Paiva, logo que a Praça do Pontal estiver pronta, estacionarão seus carros na área coberta e desfrutarão, sem cerimônia alguma, dos benefícios que virão com o empreendimento.
Podendo complicar, prá que facilitar?
Eu sou um dos que está torcendo para que venha logo o Pontal do Estaleiro.
Tenham todos um Bom Dia!
