Violência
derruba Brasil no ranking
O grau de
liberdade de imprensa piorou no Brasil em 2013, e o País é o pior das Américas
em número de jornalistas mortos. A advertência foi feita nesta quarta-feira, em
Paris, pela organização não-governamental Repórteres Sem Fronteira (RSF), que
não poupou críticas ao Brasil e aos Estados Unidos. Em dois anos, o País
despencou 12 postos na classificação, ocupando o 111.º lugar, por culpa dos
riscos das coberturas de crime organizado e corrupção.O Brasil, que no ano
passado aparecia em 108.º lugar, perdeu três posições. Para efeitos de
comparação, a Argentina aparece em 55.º lugar. À frente do País estão ainda a
República Centro-Africana, nação em guerra e sob intervenção internacional, em
109.º lugar, e Uganda, em 110.º. "Ricos por sua diversidade, Estados
Unidos e Brasil deveriam enaltecer a liberdade de informação como norma
jurídica e como valor. A realidade está infelizmente longe de corresponder a
essa ambição", diz a RSF.
Segundo o
levantamento, as mortes de profissionais pesaram em 2013. "Com cinco
jornalistas mortos ao longo do ano, o Brasil aparece no sinistro ranking como o
país mais mortífero do continente para a profissão, um lugar ocupado até então
por um México bem mais sangrento."
Só durante os
choques acontecidos durante as manifestações de junho, 114 "atores de
mídia" - jornalistas e outros profissionais de imprensa, além de
jornalistas-cidadãos - ficaram feridos, alerta a organização. "A repressão
policial muito forte que o Brasil sofreu em 2013 também se abateu sobre os
atores de informação", completa o texto. (Fonte: Agência Estado)