quinta-feira, 28 de janeiro de 2021




Apesar da pandemia, país criou 143 mil novos 

empregos com carteira assinada em 2020


Apesar da crise causada pela pandemia de Covid-19, o mercado formal de trabalho conseguiu reagir no ano passado. O Brasil criou 142.690 vagas com carteira assinada em 2020, resultado da diferença entre 15.166.221 admissões e 15.023.531 desligamentos ao longo do ano.

Foi o terceiro ano seguido com geração de vagas, mas o pior resultado desde 2017, quando foram fechadas 20.832 vagas com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Economia. 

O país chegou a perder 1,6 milhão de empregos no auge da pandemia, de março a junho, mas conseguiu se recuperar no segundo semestre, compensando o resultado negativo da primeira parte do ano. Até recordes na geração de vagas foram batidos de agosto a novembro de 2020, em um sinal de retomada do mercado com carteira assinada.

Em dezembro, mês que é tradicionalmente marcado por centenas de milhares de demissões, o Brasil fechou apenas 67.906 empregos formais. Em dezembro de 2019, por exemplo, foram fechadas 307.311 vagas. O número recente foi o melhor saldo para um mês de dezembro desde 1995.

Com a retomada registrada no segundo semestre, a perda de empregos no acumulado do ano de 2020 foi bem menor que a registrada em 2015 e 2016, quando o país estava em recessão. Em 2016, o país perdeu 1,3 milhão de vagas. Em 2015, o tombo foi ainda pior: fechamento de 1,5 milhão postos de trabalho, segundo dados do Caged ajustados divulgados nesta quinta.

Guedes atribui resultado positivo do Caged a programa de emprego

O resultado de 2020 confirmou as expectativa positivas do ministro Paulo Guedes, que comemorou o resultado nesta quinta. "Num ano terrível, em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos", ressaltou. 

O ministro atribuiu o resultado positivo do Caged ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que atingiu quase 10 milhões de trabalhadores. O programa permitiu a redução de jornada e salário e a suspensão temporária do contrato de trabalho dos empregados da iniciativa privada durante parte do ano passado, evitando demissões. 

O governo estuda como reeditar o BEm em 2021. Em 2020, o programa custou R$ 33,5 bilhões aos cofres públicos, pois os trabalhadores atingidos receberam um benefício do governo para amenizar a perda de renda.

Os secretários Bruno Bianco (Previdência e Trabalho) e Bruno Dalcolmo (Trabalho) acrescentaram outro motivo para o saldo positivo do Caged em 2020: a recuperação da economia nos últimos quatro meses do ano, que aumentaram a demanda e fizeram com que as empresas acelerassem as contratações.

Fonte: Gazeta do Povo

 


 



O causo do leite condensado foi muito barulho por nada

Alexandre Garcia


Fizeram muito barulho nas redes sociais sobre os gastos do governo federal com comida, principalmente o leite condensado. Mas o valor se refere a todos os órgãos federais, são muitas pessoas. Ou seja, os gastos não são absurdos.

Foram R$ 15 milhões em leite condensado. Pressupondo que cada lata custa R$ 5,00, são 3 milhões de unidades. Inclusive, uma parte dessas latas é destinada para a Funai, já que o leite comum pode estragar se ficar exposto ao sol e o leite condensado não é perecível.

Aliás, o alimento é usado para fazer diversas sobremesas, não é usado só para passar no pão – como é o hábito do presidente. Quando acreditaram que os gastos eram somente do presidente da República chegaram até a fazer piada, afirmando que o leite condensado foi usado para encher uma piscina.

Eu fiquei admirado com os R$ 2,2 milhões em chiclete. A goma de mascar foi direcionada para o Ministério da Saúde para tratamento de tabagismo. A maioria do valor gasto com alimentação foi arroz, feijão, carne, batata, salada e temperos. 

Bolsonaro e a greve dos caminhoneiros

Jair Bolsonaro está preocupado com a possível greve dos caminhoneiros. Ele fez algumas reuniões apelando para que isso não aconteça. Como iniciativa, o presidente propôs que os governadores façam um esforço para reduzir os impostos sobre o diesel e o ICMS, por outro lado o governo federal irá tentar reduzir o PIS/Pasep.

A Petrobras não tem condições financeiras de reduzir o valor do combustível, já que em governos anteriores a estatal sofreu com desvios de verba. Além disso, tentaram manter, por razões políticas, o valor abaixo do necessário.

A preocupação com o emprego

Preocupado com bares e restaurantes, Bolsonaro foi conversar com o ministro Paulo Guedes para descobrir se é possível ajudar esses comércios com o objetivo de manter empregos.

Esses estabelecimentos estão sendo bastante prejudicados com os toques de recolher de alguns estados e municípios, já que Bolsonaro teve poder restringido em nível estadual e municipal depois da decisão do STF. 

O tratamento precoce

Eu fui dar uma palestra na Marinha e descobri que, à exceção do chefe, todos já pegaram Covid-19 e não foram hospitalizados. Todos usaram ivermectina e cloroquina. 

O custo do auxílio

O Congresso pretende discutir a volta do auxílio emergencial. Mas a dívida pública subiu muito em 2020, está em quase R$ 5 trilhões. A pandemia também ajudou nessa alta, foram gastos R$ 650 bilhões.