A
candidatura de Simone Tebet ao Senado está bombando
Alexandre
Garcia
Depois de a
Ford encerrar a produção de veículos no Brasil, a GM anunciou que vai investir
R$ 10 bilhões no país com o intuito de produzir carros ultra modernos,
provavelmente elétricos. A empresa tinha planejado isso para antes da pandemia,
mas decidiram recuar.
Um dos
objetivos é distribuir para o Mercosul. Uma das montadoras fica em Gravataí
(RS), próximo a Argentina e ao Uruguai, o que é interessante.
Macron e a
soja brasileira
Emmanuel
Macron, presidente da França, disse que não irá mais comprar soja do Brasil e
que o país irá produzir começar uma produção própria do produto. Ele justificou
a decisão afirmando que comprar soja brasileira é financiar o desmatamento da
Amazônia.
Mas ele não
entende direito como funciona o plantio da soja e a geografia brasileira. Isso
é papo de quem não conhece o Brasil. Porque sabe-se que o plantio do alimento
começou no sul do país.
Só depois
foi para o Cerrado, quando descobriram que era possível cultivar o produto na
região. O preço da terra do local foi valorizado e hoje o Brasil é o grande
abastecedor de alimentos do mundo.
A França não
tem espaço para plantar soja. Os únicos espaços que sobram para plantação do
alimento seriam os alpes ou nos apeninos, porque onde é possível fazer isso não
há espaço.
Eles
produzem em média 400 mil toneladas do alimento, mas isso é praticamente um
quinto do que um único município brasileiro pode produzir – um exemplo é a
cidade Sorriso, do Mato Grosso.
Eles teriam
que deixar de plantar beterraba, cevada, trigo e milho para conseguir se
equiparar ao Brasil. Tomara que não deixem de produzir uva em Borgonha.
Maguito se
foi
Lamentavelmente,
o prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (72), morreu sem ter assumido o
cargo. Ele passou 81 dias na UTI, do hospital Albert Einstein, por complicações
pelo coronavírus.
Vilela foi
deputado constituinte, ministro, governador de Goiás. É uma pena. O prefeito
eleito é natural de Jataí (GO) – podemos dizer que é a mesma cidade natal de
Brasília, porque foi onde JK assumiu o compromisso de construir a cidade.
Simone Tebet
quer a presidência do Senado
Simone Tebet
(MDB) se candidatou à presidência do Senado e está bombando. Ela será a
oposição ao candidato escolhido por Davi Alcolumbre. A senadora é filha de
Ramez Tebet, que já ocupou o cargo que a filha deseja e é ex-governador de Mato
Grosso do Sul.
Os dois já
ocuparam um cargo em comum, a prefeitura de Três Lagoas (MS); ambos fizeram
direito. Ou seja, Simone Tebet está seguindo os passos do pai. O último cargo
do pai foi a presidência do Senado.
Aliás, ele
foi um excelente político e ela está sendo uma excelente presidente da Comissão
de Constituição e Justiça da Casa – a principal comissão.
Simone deu
uma declaração, que ao meu ver é muito importante, afirmando que sua
candidatura é independente e preza pela harmonia dos Três Poderes para
benefício do Brasil.
Essas são as
principais questões de um político para mim: ser independente, buscar a
independência e ser a favor do Brasil. No entanto, isso não está acontecendo
nas casas legislativas e no STF.
É uma pena
ver que Bolsonaro está entrando para dar apoio durante a disputa. Ele deveria
se afastar, porque o candidato que ele apoia corre o risco de perder. Pode até
acontecer de uma das casas ter um presidente que o apoia e o outro não.
E como se
sabe isso é prejudicial para Bolsonaro, porque os presidentes de ambas as casas
têm muito poder. O que ficou bem claro durante o tempo em que Davi Alcolumbre e
Rodrigo Maia estavam no cargo.
Vimos aquele arquivando pedidos de impeachment
contra os ministros do STF e o último sentando em cima de medidas provisórias
que acabavam caducando. Além disso, Maia não costumava convocar os líderes da
Casa para decidir as pautas.