domingo, 31 de janeiro de 2021

 



A ética dos condensados

 


Guilherme Fiuza


Tem certas horas que é melhor falar de culinária. Vai aqui então uma receita da vovó para adoçar um pouco mais a sua quarentena vip. 

Pegue uma lata de leite condensado e derrame três quartos dela no seu cérebro. Espere o tempo necessário até sentir que a sua honestidade intelectual esteja 100% embotada. Se tiver dúvidas, consulte o site do Butantã. Depois mexa bem até que todos os seus neurônios passem a chamar urubu de meu louro e egoísmo de empatia. 

Concluída essa etapa, pegue o conteúdo restante da lata de leite condensado (um quarto) e derrame nos seus olhos, para não correr o risco de se olhar no espelho. (Nota da vovó: alguns preferem realizar essa parte da receita jogando fora os espelhos de casa. É válido, mas nem sempre se chega ao ponto certo, porque às vezes uma porta de vidro ou mesmo uma tela apagada podem súbita e inadvertidamente mostrar a você a sua própria cara). 

Com seu cérebro embotado e seus olhos melecados, pare um pouco de salvar a vida de ninguém pelo zoom (você merece um descanso) e pegue uma panela vazia. Não ponha nada dentro dela, porque, como já dizia vovó, panela em quarentena vip é tamborim. Agora apanhe uma colher, vá para a janela do seu belo apartamento e plec-plec-plec-plec! Assim você estará denunciando o escândalo do Leite Moça que destrói o país e põe vidas em risco, conforme você leu nas melhores fake news de grife. 

Aproveite que o mundo está olhando para o seu heroísmo e faça o V da vitória e da vacina. Peça à equipe científica do Butantã para te explicar que o V se faz com dois dedos. Mas se a vacina for meia-boca, como é a sua, pode fazer com um dedo só. Preferencialmente use o dedo do meio, em homenagem às cobaias que estão pagando o experimento dos laboratórios bilionários. 

Você está fazendo história com o Sarney, o Dória, o FHC e o Temer – todos recomendando uma vacina que não tem estudo suficiente para idosos, mas tudo bem porque ali ninguém é idoso. Só vaidoso. Vá, idoso! Pra onde? Procura na receita da vovó.

Agora que o seu spa está mais doce do que nunca, pegue o seu deleite condensado, misture com o seu espírito de porco e saia gritando “fique em casa”. Pode ficar tranquilo porque com o seu cérebro embotado e seus olhos grudados de Leite Moça você não vai enxergar os ônibus lotados, nem os idosos na periferia aglomerados em casa com os jovens que vieram dos ônibus lotados. Você só vai ouvir a suave cantilena da Lady Gaga te dizendo que está tudo bem na quarentena vip e o vírus está desolado do lado de fora. O corona só pega negacionista e quem não tem avião pra seguir a ciência até Miami.

Ingrediente final para o seu delicioso brigadeiro ético: pegue um laudo de eficácia do lockdown (você encontra em qualquer camelô chinês) e entregue às pessoas que estão adoecendo em casa, sem liberdade e sem emprego. Mande por motoboy, porque o que você ouviria se saísse do zoom não pode ser publicado numa coluna de culinária.


sábado, 30 de janeiro de 2021

 



Fila dos sem caráter


Alexandre Garcia


Recém começada a vacinação e já são muitas denúncias de fura-filas, gente sem caráter, sem cidadania, sem princípios, egoísta sem ter aprendido a conviver. Assim foi no alistamento de 68 milhões de brasileiros para o auxílio emergencial. Com base no TCU, dos 273 bilhões pagos, é possível que 45 bilhões tenham sido destinados a quem não precisava, tinha emprego, renda, patrimônio e até cargo público.

Fazem parte dessa turma de oportunistas que se aproveitam  até de tragédias. A Polícia Federal já está lotada de investigações sobre desvios de dinheiro para hospitais de campanha, respiradores, material de proteção, facilitados a estados e municípios pela emergência que dispensa licitação. Comprou-se até respirador em adega, que vende aerador para vinho. Contratos superfaturados somam bilhões. Usam a morte para ganhar dinheiro.

Recém havíamos saído da corrupção institucionalizada - um período em que estatais como Petrobras e Caixa Econômica eram usadas pelos partidos no governo para levar dinheiro para bolsos particulares e cofres de partidos, estes com o intuito de financiar campanhas para permanecer no poder e continuar usufruindo do que é do povo brasileiro pagador de impostos. Houve condenações - do maior empreiteiro, de presidente da Câmara, de Presidente da República - mas mesmo assim elas não foram suficientes para um ajuste de conduta dos contumazes dilapidadores do que é de todos. 

No escândalo anterior, o do Mensalão, embora com condenações de mais de 30 anos de prisão, ninguém está atrás das grades. Essa fila de sem-caráter não acaba nunca. Leis protegem os agressores e não as vítimas. E parte de nossa cultura elogia como esperto o desonesto que fura-fila, tirando o direito de outros. São leis lenientes, mas como evitar fura-filas em 5.570 municípios? Não podemos ficar à espera do estado, porque a primeira responsabilidade é nossa. É antes de tudo uma questão doméstica, responsabilidade dos pais na formação da cidadania, do caráter. Cada pessoa bem formada é o fiscal de si próprio.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

 



É complicado persistir na crença de que o Brasil é um 

exemplo mundial de incompetência na pandemia

 

J.R. Guzzo

Num mundo que tem 200 países, certamente não anima ninguém ficar entre os vinte ou trinta com o pior desempenho em alguma coisa. A questão muda de cara, porém, quando se vê quem está na lista. Se estão ali os países mais bem-sucedidos do planeta, como potência econômica, competência administrativa dos governos e bem  estar social, e se a maioria deles apresenta números piores que os do seu próprio país, então é preciso pensar na situação toda com um pouco mais calma.

O Brasil, segundo os dados mais recentes, está em 26º. lugar entre os países com o maior número de mortes por 1 milhão de habitantes por causa da Covid – uma posição que oscila com frequência segundo as estatísticas diárias. Seria muito melhor, é óbvio, que estivesse entre os 26 que têm menos mortos “per capita”. Mas fica complicado persistir na crença de que o Brasil é um exemplo mundial de incompetência e de descaso oficial diante da epidemia quando sociedades muito mais bem resolvidas que a nossa estão em situação pior.

Estão à frente do Brasil, na relação de países com mais mortos por milhão, a Itália, Inglaterra, Espanha, França, Suécia, Suíça e Portugal, por exemplo – todos com números acima das mil e poucas mortes diárias que estão sendo registradas por aqui.

Há menos mortos no Brasil, relativamente, que no país mais poderoso do mundo, os Estados Unidos – eles ocupam o quarto lugar da lista – e na Rússia. Na América Latina, os dois principais países, México e Argentina, estão com números piores que os brasileiros.

Nada disso é consolo algum para as famílias brasileiras que já perderam mais de 200.000 pessoas queridas em consequência Covid. É preciso notar, igualmente, outros números: a Índia, por exemplo, tem 1 bilhão e 400 milhões de habitantes, ou sete vezes mais que o Brasil, e um pouco acima de 150.000 mortos. Além disso, a taxa brasileira já foi melhor do que é.

Mas também é fato que os Estados Unidos, e sobretudo os países da Europa que estão acima do Brasil na relação de mortos por 1 milhão de habitantes, têm a reputação de oferecerem os melhores serviços de saúde pública do mundo; são citados todos os dias como exemplos de sucesso social. Se eles têm números piores que os nossos, é preciso explicar, então, porque seus governos não estão sendo acusados de genocídio.

No ambiente de histeria que foi criado em torno da Covid, observações como essa são classificadas automaticamente como “negacionistas” – ou, dependendo do grau de irritação de quem está ouvindo, como “bolsonarismo” explícito ou sugerido. Não é negacionismo, nem bolsonarismo – é apenas aritmética.


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021




Apesar da pandemia, país criou 143 mil novos 

empregos com carteira assinada em 2020


Apesar da crise causada pela pandemia de Covid-19, o mercado formal de trabalho conseguiu reagir no ano passado. O Brasil criou 142.690 vagas com carteira assinada em 2020, resultado da diferença entre 15.166.221 admissões e 15.023.531 desligamentos ao longo do ano.

Foi o terceiro ano seguido com geração de vagas, mas o pior resultado desde 2017, quando foram fechadas 20.832 vagas com carteira assinada. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados nesta quinta-feira (28) pelo Ministério da Economia. 

O país chegou a perder 1,6 milhão de empregos no auge da pandemia, de março a junho, mas conseguiu se recuperar no segundo semestre, compensando o resultado negativo da primeira parte do ano. Até recordes na geração de vagas foram batidos de agosto a novembro de 2020, em um sinal de retomada do mercado com carteira assinada.

Em dezembro, mês que é tradicionalmente marcado por centenas de milhares de demissões, o Brasil fechou apenas 67.906 empregos formais. Em dezembro de 2019, por exemplo, foram fechadas 307.311 vagas. O número recente foi o melhor saldo para um mês de dezembro desde 1995.

Com a retomada registrada no segundo semestre, a perda de empregos no acumulado do ano de 2020 foi bem menor que a registrada em 2015 e 2016, quando o país estava em recessão. Em 2016, o país perdeu 1,3 milhão de vagas. Em 2015, o tombo foi ainda pior: fechamento de 1,5 milhão postos de trabalho, segundo dados do Caged ajustados divulgados nesta quinta.

Guedes atribui resultado positivo do Caged a programa de emprego

O resultado de 2020 confirmou as expectativa positivas do ministro Paulo Guedes, que comemorou o resultado nesta quinta. "Num ano terrível, em que o PIB caiu 4,5%, nós criamos 142 mil novos empregos", ressaltou. 

O ministro atribuiu o resultado positivo do Caged ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que atingiu quase 10 milhões de trabalhadores. O programa permitiu a redução de jornada e salário e a suspensão temporária do contrato de trabalho dos empregados da iniciativa privada durante parte do ano passado, evitando demissões. 

O governo estuda como reeditar o BEm em 2021. Em 2020, o programa custou R$ 33,5 bilhões aos cofres públicos, pois os trabalhadores atingidos receberam um benefício do governo para amenizar a perda de renda.

Os secretários Bruno Bianco (Previdência e Trabalho) e Bruno Dalcolmo (Trabalho) acrescentaram outro motivo para o saldo positivo do Caged em 2020: a recuperação da economia nos últimos quatro meses do ano, que aumentaram a demanda e fizeram com que as empresas acelerassem as contratações.

Fonte: Gazeta do Povo

 


 



O causo do leite condensado foi muito barulho por nada

Alexandre Garcia


Fizeram muito barulho nas redes sociais sobre os gastos do governo federal com comida, principalmente o leite condensado. Mas o valor se refere a todos os órgãos federais, são muitas pessoas. Ou seja, os gastos não são absurdos.

Foram R$ 15 milhões em leite condensado. Pressupondo que cada lata custa R$ 5,00, são 3 milhões de unidades. Inclusive, uma parte dessas latas é destinada para a Funai, já que o leite comum pode estragar se ficar exposto ao sol e o leite condensado não é perecível.

Aliás, o alimento é usado para fazer diversas sobremesas, não é usado só para passar no pão – como é o hábito do presidente. Quando acreditaram que os gastos eram somente do presidente da República chegaram até a fazer piada, afirmando que o leite condensado foi usado para encher uma piscina.

Eu fiquei admirado com os R$ 2,2 milhões em chiclete. A goma de mascar foi direcionada para o Ministério da Saúde para tratamento de tabagismo. A maioria do valor gasto com alimentação foi arroz, feijão, carne, batata, salada e temperos. 

Bolsonaro e a greve dos caminhoneiros

Jair Bolsonaro está preocupado com a possível greve dos caminhoneiros. Ele fez algumas reuniões apelando para que isso não aconteça. Como iniciativa, o presidente propôs que os governadores façam um esforço para reduzir os impostos sobre o diesel e o ICMS, por outro lado o governo federal irá tentar reduzir o PIS/Pasep.

A Petrobras não tem condições financeiras de reduzir o valor do combustível, já que em governos anteriores a estatal sofreu com desvios de verba. Além disso, tentaram manter, por razões políticas, o valor abaixo do necessário.

A preocupação com o emprego

Preocupado com bares e restaurantes, Bolsonaro foi conversar com o ministro Paulo Guedes para descobrir se é possível ajudar esses comércios com o objetivo de manter empregos.

Esses estabelecimentos estão sendo bastante prejudicados com os toques de recolher de alguns estados e municípios, já que Bolsonaro teve poder restringido em nível estadual e municipal depois da decisão do STF. 

O tratamento precoce

Eu fui dar uma palestra na Marinha e descobri que, à exceção do chefe, todos já pegaram Covid-19 e não foram hospitalizados. Todos usaram ivermectina e cloroquina. 

O custo do auxílio

O Congresso pretende discutir a volta do auxílio emergencial. Mas a dívida pública subiu muito em 2020, está em quase R$ 5 trilhões. A pandemia também ajudou nessa alta, foram gastos R$ 650 bilhões.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

 



Psol quer se vingar do povo por ter votado no Bolsonaro

 

Alexandre Garcia

Em meio a pandemia, os interesses políticos estão se sobressaindo. Principalmente do governador de São Paulo. João Doria ficou furioso com Jair Bolsonaro, apesar do pedido dele ter sido atendido.

O governador chamou o presidente de oportunista e afirmou que Bolsonaro está surfando na onda da coronavac. Mas o presidente só trabalhou para liberar a importação dos insumos da vacina chinesa.

Esses esforços ficaram comprovados em um documento do embaixador chinês no Brasil direcionado a Eduardo Pazuello. Nessa carta, o embaixador diz que a exportação do lote de 5,4 mil litros de insumos para a coronavac foi autorizada.

O embaixador também afirma que a importação da vacina de Oxford também está andando de forma acelerada. Além disso, ele fala que a China está disposta a continuar a cooperação com o Brasil no combate à pandemia.

A ministra Tereza Cristina, que foi elogiada pelo presidente da República pela atuação durante as negociações, explicou que existem três ministérios chineses tratando do assunto.

Entre eles, está o que ela já trata para assuntos de importação do agronegócio. Ou seja, ela já tem as portas abertas e canais diretos e rotineiros de conversação, o que facilita a tratativa das vacinas. 

Já o ministro das Relações Exteriores agradeceu dizendo “a atenção do governo chinês para autorizar a exportação de insumos das vacinas, sem qualquer condição contratual, mostra o quanto é construtiva a nossa relação com a China”. Ele também agradeceu ao chanceler chinês. 

A fofoca política apareceu

Com a aproximação das eleições no Congresso Nacional está aparecendo cada vez mais fofoca política. No momento, Arthur Lira (PP-AL) é o favorito para o cargo na Câmara dos Deputados.

Essa candidatura está causando atritos no DEM e na relação entre ACM Neto (DEM-BA), presidente do partido, e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Isso porque alguns parlamentares estão discordando das posições políticas de Maia.

O atual presidente da Câmara virou basicamente um político de oposição. Isso chegou a estragar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), que antes era bem recebido em alguns setores do governo federal já que ele apoia Bolsonaro.

O inquérito contra Pazuello

Na segunda-feira (25), o ministro Lewandowski aceitou o pedido feito pela Procuradoria-Geral da República para abrir um inquérito que apura se o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, teve responsabilidade no aumento de mortes por Covid-19 em Manaus. 

Psol quer se vingar de Bolsonaro

O Psol pediu ao Ministério Público Federal para investigar os ministros Augusto Heleno e Ernesto Araújo. Ambos são suspeitos de terem mandado investigar integrantes de ONGs brasileiras na Cúpula do Clima em Madrid, em 2019.

 Mas certamente, integrantes da inteligência estadunidense também foram e fizeram o mesmo. A função desses funcionários é prestar relatórios dos bastidores desses eventos importantes para o Brasil.

Essa é a função deles. Mas o Psol não quer isso. Talvez o partido queira se vingar do povo por ter votado no Bolsonaro.

Cloroquina e ivermectina

O Tribunal de Contas da União determinou ilegal o uso de dinheiro público para compra de cloroquina e ivermectina para fins terapêuticos contra a Covid-19. O órgão deu cinco dias para o Ministério da Saúde explicar a distribuição.


 

BOM DIA!

Prefeitura de Tramandaí é só incompetência


Machado Filho

Hoje é dia 27 de janeiro de 2021. Desde que cheguei aqui, em 18 de dezembro de 2020, reclamo do Lixão em que se transformou a Rua Acre, em Tramandaí Sul. Ontem tentei passar para ir ao Super Mercado e quase não consegui. ´ É um depósito de imundices, colchões, armários, sofás, madeira, sacos de lixo, galhos de árvores, resto de obras, que já ocupam praticamente todo o leito da rua, permitindo que passe, apertadamente, um carro por vez. Sempre perigando furar um pneu pelas tábuas com pregos que são jogadas no Lixão.

Nunca passou um fiscal por aqui. Nunca a prefeitura nem o secretário de obras tomaram qualquer providência. E o lixão vai aumentando a cada dia mais.

Já me dei conta de que não adianta reclamar. O que dá vontade é fazer como disse uma leitora, ou seja, pagar um carreto, juntar quase tudo que está jogado ali, e despejar na frente da casa do prefeito ou do secretário de obras. Quem sabe se sentindo o problema que é ter um lixão ao lado de casa, tomassem alguma providência para retirar o Lixão da Rua Acre. Assim como eles, pagamos impostos em dia para ter uma rua limpa, iluminada e cuidada.

Não adianta. A incompetência do prefeito e do secretário de obras é tão grande que eles já provaram que reclamar não adianta.

Um outro assunto que me deixou muito triste, é o da morte do amigo e colega de jornalismo Plinio Nunes. Ele nos deixou, parece que com 66 anos. Perde sua família, perdemos todos nós com a ausência do Plínio, um grande jornalista.

Tenham todos um bom dia!

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

 



As redações decidiram ser os “centros de resistência” ao governo

 


J.R. Guzzo

Raramente, até onde a memória recente registra, os meios de comunicação brasileiros viveram um momento de tanta excitação como vivem agora. O combustível desse nervosismo está, basicamente, na reação geral de muitas redações diante do presente clima político do país: decidiram transformar-se no que imaginam ser o centro da “resistência” ao governo, por considerarem que não é possível haver democracia com a presença de Jair Bolsonaro na presidência da República. 

Um oportuno e muito bem ponderado artigo do professor Carlos Alberto Di Franco, que acaba de ser publicado no jornal O Estado de S. Paulo, coloca em dúvida a correção profissional desse jornalismo de denúncia automática e permanente – e, além disso, a eficácia do método que está sendo utilizado para combater o governo.

A força do jornalismo, diz ele, “não está na militância ideológica ou partidária, mas no vigor persuasivo da verdade factual e na integridade de sua opinião”. Ou seja: a imprensa tem de ser livre para investigar e denunciar, mas precisa, antes de tudo, respeitar os fatos e a lógica para persuadir alguém de alguma coisa. Se não fizer isso, além de não estar praticando bom jornalismo, não vai convencer ninguém.

“O jornalismo é o único negócio em que a satisfação do cliente (o consumidor da informação) parece interessar muito pouco”, escreve Di Franco. Na verdade, o que o público está vendo no momento é um jornalismo de convicções, de militância e de desejos, e não um jornalismo de fatos – o mais apropriado para satisfazer a necessidade de informações que o leitor espera de um órgão de imprensa.

A consequência inevitável dessa postura é a progressiva transformação da mídia num produto de baixa utilidade. Como nas seitas religiosas dedicadas a pregar para os convertidos, sua matéria prima é a fé. Satisfaz o “público interno”, mas fica nisso. Não é um bom sinal para a sua sobrevivência.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2021



China confirma envio imediato de insumos para produção da Coronavac no Brasil

Brasil vai produzir a vacina Coronavac

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na tarde desta segunda-feira (25), pelas redes sociais, que a exportação de 5.400 litros de insumos para a fabricação da vacina Coronavac no Brasil foi aprovada pelo governo chinês, segundo a Embaixada da China. De acordo com publicação de Bolsonaro, "os insumos já estão em área aeroportuária para pronto envio ao Brasil e devem chegar nos próximos dias." O presidente também informou que o envio de insumos para a produção da vacina Astra-Zeneca ao País, está com liberação acelerada. “Agradeço a sensibilidade do Governo chinês, bem como o empenho dos Ministros Ernesto Araújo, Eduardo Pazuello e Tereza Cristina.”, publicou Bolsonaro.

 China está junto com Brasil, diz embaixada

Poucos minutos depois, o Twitter oficial do embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, respondeu a publicação de Bolsonaro, afirmando que o País está junto com o Brasil na luta contra a pandemia e continuará a ajudar o Brasil neste combate dentro do seu alcance. "A União e a solidariedade são os caminhos corretos para vencer a pandemia.", publicou a embaixada.

Fonte Gazeta do Povo





Brasil está prestes a desenvolver uma vacina contra a Covid-19 


Alexandre Garcia

Eu já comentei que o Brasil deveria fabricar uma vacina contra a Covid-19 para que não dependamos da importação de insumos ou do medicamento completo de outros países. Agora eu descubro que nós estamos prestes a fazer isso.

O governo está financiando 11 projetos, a maioria está sendo desenvolvida em universidades federais. A maior parte é apoiada diretamente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Finep e pelo CNPq. 

São 16 possíveis candidatas a vacina usando técnicas distintas. Entre elas, algumas usam tecnologia genética, outras o adenovírus, uma tem como base a vacina da febre amarela. Todas estão em progresso. 

Com uma vacina brasileira nós conseguimos ter controle de toda fabricação e distribuição, além disso, caso haja mais alguma cepa da Covid-19 é possível fabricar em menos tempo um imunizante contra essa variação. 

Tratamento de Covid-19

As redes públicas de 35 municípios gaúchos estão distribuindo o tratamento com cloroquina, ivermectina e medicamentos afins para a população com o intuito de combater a Covid-19. A capital Porto Alegre está inclusa. 

Será que os médicos estão perguntando na anamnese se o paciente fez o uso do da cloroquina e da ivermectina? Porque a ciência é observação, assim é possível descobrir qual medicamento funciona como tratamento. 

Eleições em Portugal

As eleições de Portugal aconteceram no domingo (24), apesar da segunda onda de coronavírus estar forte na região. O presidente de centro-direita, Marcelo Rebelo de Souza, foi reeleito. 

Eu registro isso, porque não acredito que a eleição dos Estados Unidos seja mais importante do que a de Portugal, já que foram eles que colonizaram o Brasil. Mas a repercussão não é a mesma. Eu acho que o que é publicado, está cada vez mais distante da opinião pública.

 

  

sábado, 23 de janeiro de 2021

 BOM DIA!

A menininha da calçada



Alceu Machado*

Eu hoje vi uma menininha na calçada.

Seu olhar infantil, era só pureza. Seu sorriso era todo encanto, nesse mundo de tanto desencanto.

Sentadinha no cordão da calçada, fazia seu mundo girar , com uma bonequinha companheira, com a qual se punha a brincar.

Olhando a menininha, me pus a imaginar seu universo e o da boneca companheira.

Ao seu lado, seu pai cumprindo seu duro ofício de guarda de rua, tinha um olho na menininha e outro no seu mister.

Me pus a pensar como pode ser simples a vida. Que lição aqueles olhinhos brilhantes, começando tanta vida, deram ao meu coração.

De súbito mandei um beijo a ela e ela me retribuiu.

De longe, dei meu melhor sorriso à ela que sorriu para mim..

De longe ela me diz: A Joaninha também tá sorrindo pro senhor.

Cheio de emoção, uma lágrima me correu em louvor a menininha da calçada a me mostrar que se   existe um modo de sairmos de nós é amar alguém!


*Alceu Machado é advogado, meu afilhado e filho de meu saudoso irmão Dilamar Machado


 

 



Contágio político


                                      
Alexandre Garcia

A abertura da temporada de vacinação marcou o auge da politização do que deveria ser um caso técnico de saúde pública e não uma disputa de poder, uma campanha eleitoral antecipada. 

Tivemos, até agora, a disputa entre o “fique em casa e volte quando tiver dificuldade de respirar, porque cloroquina dá arritmia” versus o “previna-se com ivermectina e vitamina D e trate ao primeiro sintoma com hidroxicloroquina, azitromicina e zinco”. Era a receita pró e contra Bolsonaro. Logo o governador Dória entrou na campanha, levando a vacina como mote. Aí, a disputa política foi adicionada de "vacina chinesa de 50% versus vacina Oxford de 70% que ainda está na Índia”. 

Não sei se o objeto das notícias, o leitor, o ouvinte, o espectador, está gostando de descobrir que tanto na mídia tradicional quanto nas redes sociais é difícil saber se a informação que recebeu é fato ou factoide. Resultado do envolvimento emocional nessa disputa política que usa o interesse e o medo das pessoas, numa crise sanitária, para inocular o noticiário com seus dogmas. 

A pandemia tem sido a demonstração de um embate entre dois lados de fanatismo, deixando de lado quem quer a verdade despida das fortes tintas ideológicas. Agora temos a vacina do Dória e a vacina do Bolsonaro. Um lado não festeja o início da vacina do outro, enquanto o adversário festeja a demora da vacina que virá da Índia. O marketing contagiou uma questão de saúde pública e  criou expectativas que vão muito além da realidade. Vacinas não deveriam ter propaganda enganosa. 

Se não houvesse a disputa política, quantas vidas teriam sido poupadas? Usar vacinas experimentais, como é o caso, tem a mesma lógica de usar um tratamento preventivo e um curativo precoce - é o que temos para tentar. Afinal, nunca se viu vacinas tão precoces. Seria mais fácil compreender isso se não houvesse o radicalismo que inibe a racionalidade.

O barulho político pode ter contribuído até para não se perceber a corrupção nas compras de respiradores, hospitais de campanha, material de proteção, culminando com a falta de oxigênio no centro do pulmão do mundo.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2021




Parece que o poder Judiciário voltou à realidade e segue o que está na Constituição



Alexandre Garcia

 

O ministro Lewandowski recebeu um pedido da Rede para afastar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele negou o pedido alegando que demitir um ministro de estado é prerrogativa do presidente da República. Uma raridade essa decisão do poder Judiciário. 

Eu tenho repetido o discurso de posse do ministro Fux, quando ele afirma que o STF deveria evitar tomar decisões políticas a pedidos de pequenos partidos políticos que não tem voto em plenário. 

Um exemplo: o voto presencial para eleição de presidente da Câmara acabou no STF depois de pedido do PDT. Por que o partido não faz uma votação no plenário da Casa legislativa e decide como será a votação? 

A Constituição determina: "Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas”. 

O que permite interpretação. Mas isso precisa ser decidido pelo regimento interno e pelos deputados. Eu acho que tem que ser presencial, afinal de contas, o Enem, pegar metrô ou ônibus, ir a praia são atividades presenciais. Por que a eleição para a Câmara não pode ser?

Outro exemplo: há um mês o PT pediu ao STF o afastamento e uma investigação de Alexandre Ramagem, diretor da Abin, por suspeita do órgão de inteligência ter produzido relatórios para orientar a defesa de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas. 

A ministra Cármen Lúcia havia determinado a abertura da investigação. Mas, na quarta-feira (20), a juíza federal que ficou com o caso negou o pedido de afastamento afirmando que ainda é preciso de mais provas. Parece que o poder Judiciário voltou à realidade e segue o que está escrito na Constituição.

A eleição da Câmara e seus candidatos

Neste momento, Arthur Lira (PP) – candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro – é o favorito para ganhar a eleição de presidente da Câmara dos Deputados para o próximo biênio. 

Baleia Rossi (MDB) tinha uma grande chance de vencer, mas isso mudou. Provavelmente foi aquele ditado “diga-me com quem andas, que direi quem tu és". A proximidade dele com Rodrigo Maia o afetou. Tudo indica que Rossi vai perder, embora saibamos que essas decisões da Câmara só são decididas nos últimos dias. 

A vacina da Índia virá

A Índia liberou a exportação da vacina de Oxford para o Brasil. A previsão de chegada, para as 2 milhões de doses, é sexta-feira (22). O país asiático deu prioridade na exportação dos imunizantes para os vizinhos Butão e Maldivas. 

Liberação da Sputnik V

A União Química se reuniu com a Anvisa para defender a liberação emergencial da vacina russa Sputnik V. Um dos empecilhos é que ainda não foram realizados testes do imunizante no Brasil. 

Mau exemplo da vacina

A situação de Manaus está cada vez pior. É uma pena, porque isso é uma mistura de incompetência com corrupção. Em muitos municípios do Amazonas a fila da vacinação foi furada.

Um mau exemplo em relação a isso veio do STF. Os ministros queriam prioridade. Mas no Amazonas mesmo, o mau exemplo veio de políticos e familiares. No momento, a imunização está sendo feita em grupos prioritários, como, funcionários de saúde, indígenas isolados e idosos. 

 



Quando o impeachment do presidente da República é apenas conversa


J.R. Guzzo

Um dos assuntos preferidos do noticiário, das mesas redondas de televisão e das conversas entre políticos e jornalistas é o impeachment permanente do presidente da República. Começou com Fernando Collor, o primeiro a ser eleito pelo voto popular direto; não parou mais até hoje, num arco que vai do “fora FHC” ao “fora Bolsonaro”. 

Deu certo com Dilma Rousseff e com o próprio Collor – o que é um índice de aproveitamento excelente: em cinco presidentes, dois demitidos e três sobreviventes, incluindo um vice na conta. Não funcionou com Fernando Henrique e com Lula, nem com o “fora Temer”. Agora é a vez de Jair Bolsonaro.

A diferença entre presidentes que sofreram o impeachment e os que escaparam não está bem no que fizeram ou deixaram de fazer. O que conta, na verdade, é unicamente a quantidade de votos que podem ser obtidos contra e a favor no Congresso Nacional.

Quem quer derrubar o presidente tem três quintos dos votos dos 513 deputados e dos 81 senadores? Ou tem ou não tem. Se tem, o impeachment é um problema real para quem está sentado no Palácio do Planalto, como aconteceu nos casos de Collor e de Dilma. Se não tem, o impeachment não é nada.

Bolsonaro já sofreu mais de 60 pedidos de impeachment nos dois anos em que está na presidência – uma média de um pedido a casa doze dias de governo. Até agora não aconteceu nada. Na verdade, nenhum dos pedidos sequer foi aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados para entrar em discussão nas comissões e plenário. 

Não é que o impeachment tenha sido recusado; nem chegou a entrar no Congresso. Levando-se em conta que o presidente da Câmara, até o fim deste mês, é o deputado Rodrigo Maia, um dos mais agitados inimigos do presidente, dá para sentir o grau de dificuldade da coisa toda. Será que seus sucessores vão fazer o que Maia não fez?

Mais que isso, não há ninguém na rua – e nem houve nestes dois anos – pedindo o impeachment do presidente. Sem esse combustível, não há como acender a fogueira. Dá para levantar fumaça, mas fogo, que é bom, nada. 

No impeachment de Dilma Rousseff, só para lembrar, chegou a haver multidão de 500.000 pessoas em praça pública. Aí o Congresso treme. Mas enquanto o assunto ficar entre os comunicadores, as classes intelectuais e os advogados da OAB, deputados e senadores não se ligam no tema – como não se ligam quando são odiados por aprovarem o “Fundo Partidário”, por exemplo, ou alguma outra trapaça qualquer em seu próprio benefício. 

Não adianta dizer que Bolsonaro é o pior presidente do mundo, ou que ele matou 200.000 brasileiros com a Covid, se a população, os deputados e os senadores estão em outra faixa de onda.

Impeachment, nessas condições, é apenas conversa.




 




Avião com vacinas de Oxford já saíram da Índia e estão a caminho do Brasil

Vacina contra o Covid 19

O avião com o carregamento de 2 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca já saiu de Mumbai, na Índia, e está a caminho do Brasil. De acordo com informações da Fiocruz, a previsão é que os imunizantes cheguem ao País em um voo comercial da companhia Emirates, que deve pousar no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 17h40 desta desta sexta-feira (22).

Logo depois de cumprir os trâmites burocráticos, os lotes com as vacinas seguem diretamente para o aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, para desembarque e trajeto até a Fiocruz. “Em obediência às normas regulatórias, as vacinas passarão, no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), por checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português, que deve ocorrer ao longo da madrugada e na manhã de sábado (23)”, afirmou a instituição. 

Ao longo de todo o trajeto até Bio-Manguinhos/Fiocruz, as vacinas estarão armazenadas em seis caixas do tipo pallets, que serão acondicionadas em envirotainers, pequenos containers utilizados para transportes de carga com controle de temperatura, onde serão mantidas entre 2 a 8ºC.

A previsão é de que as vacinas de Oxford/ AstraZeneca estejam prontas para distribuição na tarde de sábado (23). Toda a logística de distribuição ficará sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Fonte: Gazeta do Povo


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

 



Maia se intrometeu, mas as relações entre Brasil e China são excelentes

             

Alexandre Garcia 

Parece que o governador João Doria fez muito barulho por nada, assim como, a peça de Shakespeare. Ele fez uma tremenda propaganda para ser o pioneiro, o capitão da vacina. Ele criou uma expectativa e não pode cumprir. 

Mas agora não tem insumos suficientes para vacinar a quantidade estimada para a primeira fase. Doria afirmou que o governo federal precisa comprar os insumos, mas a negociação de compra não envolveu a União. 

O governador fez questão de negociar direito com a Sinovac. Ele e o diretor do Instituto Butantan estiveram em Wuhan em agosto de 2020 para negociar a aquisição dos imunizantes. 

Antes só estava nas mãos dele, agora ele quer jogar a responsabilidade para o governo federal. 

A peça publicitária de São Paulo – que está muito boa – destaca “se a vacina é do Butantã, pode confiar. É de São Paulo. É do Brasil”. Em momento algum é citado que o imunizante foi feito em parceria com a Sinovac, nem cita a China. 

Será que o país asiático não ficou desgostoso com isso? Vai que o governo chinês pensou “se a vacina é de São Paulo e do Brasil, eles que esperem''. 

As relações entre Brasil e China são excelentes

Rodrigo Maia, um opositor do governo, conversou com a embaixada chinesa. Ele afirmou que o motivo não foi político e sim para tratar sobre a compra de insumos da vacina para o Brasil.

As relações entre Brasil e China são excelentes. O país é o nosso principal parceiro comercial. Os industriais brasileiros até se queixam da quantidade de produtos manufaturados no país asiático, desde automóveis até quinquilharias. E a China é o nosso maior comprador de soja, carne, minério de ferro e matérias primas afins. 

Ou seja, as relações entre os países não é a questão. Países europeus e a Índia também estão esperando a importação do insumo, que é o ativo da vacina. Para comparação, o insumo seria o xarope da Coca Cola. Todas as fábricas produzem o refrigerante, mas o xarope é produzido na matriz. 

Como o contrato com a AstraZeneca não permite transferência de tecnologia, é preciso importar o produto – a farmacêutica tem fábrica na China. E todos estão esperando para comprar porque a demanda está alta. 

Só na Índia são cerca de 300 milhões de pessoas a serem vacinadas nesta primeira etapa. Sem contar o fato do país ter se comprometido a vender o imunizante prioritariamente para os países vizinhos, como, Butão, Nepal e Sri Lanka. 

O lado bom da demora em vacinar a população é que temos tempo para observar os efeitos colaterais do medicamento. Já há indícios de problema na Noruega decorrente dos efeitos colaterais do imunizante da Pfizer. Esse tempo de observação permite que tomemos a decisão de tomar ou não a vacina. 

Brasil e EUA têm aliança tradicional

Jair Bolsonaro não foi a Washington para a posse de Joe Biden, em vez disso, o presidente foi ao evento de 80 anos da aeronáutica. Mas, enviou uma carta ao nosso presidente estadunidense desejando que o tempo de governo seja bom.  

Eu digo com experiência que as relações entre Brasil e EUA não vão mudar porque essa é uma aliança tradicional. Quando Biden falou sobre a Amazônia, foram ameaças de campanha. A amizade e proximidade de Trump e Bolsonaro não causou nenhuma diferença entre os países. 

Nós já tivemos situações piores. Na década de 1970, época em que Ernesto Geisel estava no poder, as relações foram rompidas depois de o governo dos Estados Unidos discordar de um acordo nuclear Brasil-Alemanha. 

Mas depois tudo voltou ao normal. Há uma estabilidade na parceria com o Brasil porque, apesar da alternância de poder entre Republicanos e Democratas, os interesses dos EUA estão acima de partido. 

Aliás, tem gente aqui no Brasil que detesta alternância de poder e aplaude ditaduras.


quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

 



INSS: prova de vida de aposentados é suspensa até fevereiro

Portaria foi publicada hoje no Diário Oficial da União 

Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que não fizeram a prova de vida entre março de 2020 e fevereiro deste ano não terão seus benefícios bloqueados.

A Portaria nº 1.266/2021, publicada hoje (20) no Diário Oficial da União, prorroga a interrupção do bloqueio de benefícios para as competências de janeiro e fevereiro, ou seja, para pagamentos até o fim de março.

A prorrogação vale para os beneficiários residentes no Brasil e no exterior. De acordo com a portaria, a rotina e obrigações contratuais estabelecidas entre o INSS e a rede bancária que paga os benefícios permanece e a comprovação da prova de vida deverá ser realizada normalmente pelos bancos.

Realizada todos os anos, a comprovação de vida é exigida para a manutenção do pagamento do benefício. Para isso, o segurado ou algum representante legal ou voluntário deve comparecer à instituição bancária onde saca o benefício. O procedimento, entretanto, deixou de ser exigido em março de 2020, entre as ações para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, e a medida vem sendo prorrogada desde então.

Desde agosto do ano passado, o a prova de vida também pode ser feita por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site do órgão por beneficiários com mais de 80 anos ou com restrições de mobilidade. A comprovação da dificuldade de locomoção exige atestado ou declaração médica. Nesse caso, todos os documentos são anexados e enviados eletronicamente.

Fonte: Agência Brasil


 



Não dá para fazer disputas políticas e eleitorais usando a situação sanitária


Alexandre Garcia
 

A pedido da Procuradoria Geral da República, o Supremo Tribunal de Justiça – que pelos próximos 15 dias será comandado por Jorge Mussi – abriu inquérito para apurar eventuais crimes cometidos pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e o prefeito de Manaus David Almeida (Avante).

Na terça-feira (19), em Coari (AM) sete pessoas morreram por falta de oxigênio. Isso é muito grave. 

Disputas políticas com a vacina

A União Europeia trabalha junto no quesito vacina porque sabe que se o país mais poderoso do grupo se imunizar rapidamente pode haver uma migração para aquela nação atrás de vacina. Eles estão trabalhando em conjunto. É mais inteligente.  

A mesma coisa pode acontecer aqui no Brasil, caso João Doria insista em querer vacinar rapidamente a população de São Paulo. Esse afobamento do governador paulista é prejudicial.

Como Doria apontou, ele e Bolsonaro estão disputando quem vacina primeiro a população. Mas não dá para fazer disputas políticas e eleitorais usando a situação sanitária.

Sem tratamento precoce

O PSOL foi ao STF pedir que a Corte proíba o governo federal de recomendar o tratamento precoce contra a Covid-19, afirmando que não há base científica para o assunto. Eu não entendi o pedido.

A decisão do STF é bem clara

O STF soltou uma nota desmentindo Bolsonaro. O presidente afirmou, nas redes sociais, que a Corte o proibiu de agir no combate à pandemia. Em nota, o Supremo afirma que o plenário distribuiu a responsabilidade entre a União e os estados.

O documento da decisão, no início da pandemia, foi a seguinte: "A União pode legislar sobre o tema, mas o exercício dessa competência deve sempre resguardar a autonomia dos demais entes”. Isso significa que o governo federal fica por último. Que a prioridade no combate é dos estados e dos municípios. 

O documento continua afirmando “a possibilidade do chefe do Executivo federal definir por decreto a essencialidade dos serviços públicos, sem observância da autonomia dos entes locais afrontaria o princípio da separação de poderes”. Acho que ficou bem claro.