quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

 



O novo emprego de Moro e o dilema moral que isso desperta 

Alexandre Garcia

Há uma semelhança muito grande entre os roubos na Caixa Econômica Federal de Araraquara (SP), há uma semana, e no Banco do Brasil de Criciúma (SC), na madrugada da última terça-feira (1º). 

O modus operandi é o mesmo: um ataque maciço com muitos bandidos organizados, que obstruem as saídas do Batalhões de Polícia com veículos incendiados. Houve tiroteio entre os assaltantes e a polícia. 

Em criciúma, os assaltantes não conseguiram explodir 200 quilos de dinamite e precisaram deixar o que sobrou dentro da agência. Na fuga, parte do dinheiro roubado ficou espalhado pela rua. 

Não sei se isso foi para testar a honestidade das pessoas, mas o fato é que quatro homens foram detidos por furto do dinheiro abandonado. Policiais encontraram mais de R$ 810 mil com eles. As cédulas deveriam ter sido entregues às autoridades. É péssimo perceber que tem pessoas que só esperam uma oportunidade para roubar.

Agora é a hora de a polícia dar uma resposta a esse crime. Muita gente acha que esses assaltos a banco são consequência das constantes apreensões recorde de drogas, principalmente pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Rodoviária Estadual do Paraná. 

Como a mercadoria lucrativa do crime não está chegando, eles precisam de caixa e cometem os roubos a bancos. É preciso que a lei continue fazendo seu trabalho e punindo quem comete esses crimes. 

Vitória do PSDB em SP é mérito de Bruno Covas

Os tucanos paulistas afirmam que a vitória de Bruno Covas em São Paulo é mérito dele. Ele conseguiu a reeleição na prefeitura mesmo tendo que carregar o peso de João Doria, que tem muita rejeição na capital paulista. O prefeito foi vice do governador em 2016.

Covas agora pensa em aproveitar o capital político que amealhou nessa eleição para reorganizar o PSDB, que está enfraquecido. O partido continua sendo grande, mas perdeu espaço. Em 2016, ganharam sete prefeituras e em 2020 ficaram somente com três. 

Fake news de João Doria

E vejam só essa: antes do primeiro turno, João Doria afirmou que não iria endurecer as medidas de combate à Covid-19 no estado depois das eleições e disse que essa afirmação era uma fake news. Ele ainda repudiou a disseminação de notícias falsas.

Na última segunda-feira (30), o governador anunciou que iria aplicar mais restrições à circulação de pessoas na cidade de São Paulo para combater a disseminação do coronavírus. Ou seja, ele propagou uma fake news lá atrás depois de dizer que repudiava essa ação. 

Moro na iniciativa privada

O ex-ministro e juiz Sergio Moro foi contratado como sócio-diretor de uma empresa dos Estados Unidos com atuação no Brasil. Trata-se da consultoria Alvarez & Marsal, que é especializada em recuperação de outras empresas. 

Entre seus clientes estão as empreiteiras Odebrecht e OAS — as duas foram investigadas na Operação Lava Jato. São empresas das quais Moro teve informações privilegiadas enquanto era juiz, mas ele nega haver algum conflito de interesse.

Eu acho que era o caso dele não aceitar o emprego se essas empresas são clientes da Alvarez & Marsal. Moro justifica que, sendo consultor da Odebrecht e da OAS, ele irá ajudar que elas façam a “coisa certa”. Eu, no lugar dele, não faria isso. 

Como ele aceitou o cargo, provavelmente não irá disputar a corrida presidencial em 2022. Isso era uma preocupação para Jair Bolsonaro e agora será um a menos a trabalhar para a oposição. 

Recuperação econômica

A balança comercial teve em novembro um superávit 4,7% maior que o do mesmo período do ano passado. Neste ano o superávit atingiu US$ 51 bilhões, 22% a mais que no ano passado.

 





Bolsonaro busca novo partido para 2022; saiba quais são as legendas possíveis

Deputados da ala ideológica negociam com o PSL para reformular a legenda e abrigar Bolsonaro

O presidente  Jair Bolsonaro (sem partido) tem acelerado conversas com líderes partidários com o intuito de encontrar uma legenda para se lançar à reeleição em 2022.

Entre os conselhos recebidos pelo chefe do Executivo está a orientação para escolher um partido estruturado e com recursos. Legendas do centrão estão entre as alternativas.

Deputados da ala ideológica negociam com o PSL para reformular a legenda e abrigar Bolsonaro .

Além do PSL, os aliados de Bolsonaro acreditam que o PSD, o PP, o Republicanos e o Patriota devem ser mantidos no radar do presidente.

A expectativa é que Bolsonaro aguarde as eleições da presidência do Senado e da Câmara, em fevereiro de 2021, para realizar agendas com líderes partidários.

Fonte: IG

  


Um dia após Criciúma, Cametá, no Pará, é aterrorizada por quadrilha de assalto a bancos

Em ação parecida com a que aconteceu na cidade catarinense, bandidos sitiaram cidade no interior paraense e fizeram moradores de reféns; segundo o prefeito, uma pessoa morreu.

No início da madrugada desta quarta-feira, 2, Cametá, município a 300 km de Belém, no Pará, foi alvo de uma ação criminosa muito parecida com a que aconteceu na madrugada de ontem em Criciúma, Santa Catarina. A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (Segup) confirmou que bandidos fortemente armados com fuzis de grosso calibre sitiaram a cidade e assaltaram uma agência bancária. Muitos moradores foram feitos reféns, a maioria de um grupo que assistia ao jogo do Flamengo pela Copa Libertadores em uma praça do centro. Como na madrugada de pânico no Sul do país, vídeos da ação criminosa circularam pelas redes sociais. É possível ouvir tiros e bombas. Em uma gravação, um homem diz, chorando, que “eles bateram muito na gente”. Waldoli Valente, prefeito de Cametá, fez uma publicação em seu perfil no Facebook onde afirma que um jovem morreu durante a ação dos criminosos.

Fonte: Jovem Pan

 



Toque de recolher no Paraná. Plano de vacinação apresentado. 

Toque de recolher

Com o crescimento de casos de Covid-19 no Paraná, o governo do estado irá adotar a estratégia de toque de recolher para frear a expansão do novo coronavírus. As regras valem a partir desta quarta-feira (2), com toque de recolher no Paraná das 23h às 5h por, pelo menos, 15 dias. Saiba mais sobre o decreto assinado pelo governador Ratinho Junior.

 Os motivos. A propagação da doença é atribuída, em grande parte, a aglomerações em bares e casas de festas. O jornalista Marcos Xavier Vicente revela que, mesmo com um decreto de bares fechados, jovens continuam promovendo aglomerações. Além disso, também estão sendo divulgadas festas clandestinas em Curitiba. Com o aumento de casos e 91% de lotação nas UTIs para Covid-19, a capital do estado está perto de ficar sem leitos para o tratamento da doença. Os pacientes poderão ser transferidos para o interior do estado. 

Covid 19 - Vacina

Plano de vacinação. Nesta terça-feira (1º), o Ministério da Saúde apresentou um plano de vacinação contra o coronavírus. Serão quatro fases. Primeiro serão imunizados profissionais da saúde, idosos a partir de 75 anos, pessoas com mais de 60 anos que vivem em asilos, e indígenas. Entenda como serão as quatro fases e a ordem de vacinação. Ao todo, as quatro etapas preveem 109 milhões de pessoas imunizadas. Com isso, há a chance de que nem toda a população seja vacinada em 2021.

Mas qual vacina? Secretário nacional de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros destaca que a vacina que será disponibilizada no SUS ainda não está definida. Em fase de avaliação de uso emergencial nos Estados Unidos e Europa, as vacinas da Pfizer e da Moderna precisam ser aplicadas em duas doses e são armazenadas a -70º e -20º, respectivamente, um empecilho logístico para o SUS. Com isso, o governo dará preferência a vacinas com armazenamento entre 2 a 8 graus; saiba quais têm esse perfil.

Atualização. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registrou em 24 horas 50.909 novos casos de coronavírus e 697 óbitos pela doença. Ao todo, de acordo com a pasta, já foram registrados 6.386.787 diagnósticos no Brasil, 173.817 mortes e 5.656.498 recuperados. Contudo, a taxa de transmissão caiu de 1,3 para 1,02 no Brasil, segundo o centro de controle de epidemias do Imperial College de Londres. O índice ainda é elevado, portanto, é importante entender mais sobre a doença: confira na reportagem de Amanda Milléo como é feita a reabilitação da doença após a saída do hospital.

Fonte: Gazeta do Povo





O que a esquerda quer para apoiar um candidato à presidência da Câmara

Câmara Federal

Com o fim das eleições municipais, as atenções em Brasília se voltam agora para a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados. A votação está marcada para daqui dois meses, após o recesso de janeiro. Pelo menos seis candidatos ao cargo de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Mesa Diretora já estão em campanha. Eles buscam, principalmente, o apoio de parlamentares da esquerda. 

Apesar do recente resultado desfavorável nas urnas, quando encolheram de tamanho e perderam espaço para a centro-direita, partidos como PT, PSB, PDT, PCdoB e Psol são considerados peça-chave na eleição da Câmara. Eles somam hoje 132 votos e podem desequilibrar a disputa. 

Ainda em dúvida se vão lançar ou não candidato próprio, as siglas de esquerda pretendem exigir contrapartidas para declarar apoio a alguém. Querem, por exemplo, que o sucessor de Maia se comprometa a incluir na pauta legislativa uma série de matérias classificadas por eles como de “defesa do trabalhador”, como a não votação da autonomia do Banco Central e o veto ao processo de privatização dos Correios. 

Até o momento, estes partidos ainda não definiram qual será a estratégia no processo sucessório da Câmara. O líder do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR), diz que terá uma reunião com sua bancada na retomada dos trabalhos legislativos para definir como a sigla vai se posicionar na eleição da Mesa Diretora. “Vamos colocar em consideração, principalmente, a nossa luta histórica em defesa dos interesses dos trabalhadores”, disse o líder do PT. As bancadas de PCdoB, PDT e PSB também devem se reunir internamente nesta semana. 

Os partidos de esquerda vão discutir a possibilidade de lançar um candidato em bloco ou apoiar um dos principais postulantes ao cargo – Arthur Lira (PP-AL), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Capitão Augusto (PL-SP) ou Marcelo Ramos (PL-AM). 

Historicamente, apenas o Psol tem lançado candidatos independentemente de uma formação de bloco com outras siglas da esquerda. Por isso, membros do partido buscam convencer o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ) a lançar candidatura, o que, para os deputados da agremiação, pode fomentar uma frente destes partidos em prol de uma candidatura psolista. 

No PT, dois deputados são tidos como candidatos naturais, conforme membros do partido: a própria presidente do partido, a deputada Gleisi Hoffmann (PR), ou o líder da minoria, o deputado Carlos Zaratini (SP). No PDT, PSB e PCdoB não existem nomes considerados “fortes” em uma disputa pelo comando da Casa. 

A agenda da esquerda para o futuro da Câmara

Plenário da Câmara Federal

Independentemente do posicionamento, os parlamentares destas siglas já têm em mente que vão apoiar um candidato que se comprometa com uma agenda legislativa menos liberal que a imposta por Rodrigo Maia, responsável por dar seguimento à reforma da Previdência, por exemplo. 

Neste aspecto, os parlamentares da esquerda querem pressionar o próximo presidente da Câmara a travar qualquer privatização a ser tocada nesta segunda metade do governo Jair Bolsonaro, principalmente a dos Correios, e o seguimento da reforma administrativa, uma bandeira de Rodrigo Maia. 

Outro componente que está sendo colocado na balança pelos parlamentares de esquerda é o não alinhamento automático com o Palácio do Planalto. O líder do PT já admitiu nos bastidores que está aberto a conversas com Arthur Lira, candidato do Planalto, mas isso não necessariamente significa um apoio ao parlamentar do PP. Outros líderes de esquerda admitiram à Gazeta do Povo que dificilmente devem fazer coro à candidatura de Lira, justamente por ela ser de interesse direto do presidente da República. 

Assessores palacianos acreditam que caso Lira venha a ser o próximo presidente da Câmara, seria possível impor uma agenda legislativa mais alinhada às promessas de campanha de Bolsonaro, inclusive na área de costumes. Com isso, o presidente teria o condão de reconquistar o apoio de uma parcela do voto conservador. Em caráter reservado, um assessor palaciano resume: “Até hoje tem uma parcela do conservador que não gostou da nomeação do Nunes Marques para o Supremo Tribunal Federal (STF). Com uma pauta mais conservadora, temos a chance de reconquistar esse eleitorado”. 

A esquerda, por sua vez, tem conhecimento disso e sabe que apoiar um candidato à presidência da Câmara chancelado por Bolsonaro terá impacto decisivo na eleição de 2022. 

Fonte: Gazeta do Povo