quarta-feira, 18 de novembro de 2020

 



Vacina contra Covid-19 da Pfizer registrou 95% de eficácia em resultados finais

Resultados finais dos estudos clínicos de fase 3 da vacina demonstraram eficácia contra a Covid-19 e segurança| 
Foto: Google

A vacina experimental contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com a alemã BioNTech registrou 95% de eficácia nos resultados finais dos estudos de fase 3 e se mostrou segura. Na semana passada, as empresas haviam anunciado que a taxa de eficácia do potencial imunizante para o novo coronavírus havia sido de 90% nos resultados preliminares dos testes da fase 3.

A Pfizer também informou que planeja solicitar à agência regulatória nos Estados Unidos, a FDA, na sigla em inglês, uma autorização de uso emergencial da vacina nos próximos dias, o que abriria caminho para que a distribuição começasse até o final de 2020, caso a agência reguladora aprove o pedido. 

De 170 voluntários adultos que desenvolveram a Covid-19 com pelo menos um sintoma, 162 receberam um placebo, enquanto oito receberam a vacina, disseram a Pfizer e a BioNTech. É justamente essa diferença no surgimento da doença entre os grupos que receberam a vacina e os que receberam o placebo (substância inócua) que demonstra a eficácia de uma vacina durante os testes clínicos. Ao todo, fizeram parte estudo quase 44 mil indivíduos. 

Ainda segundo as farmacêuticas, a eficácia da vacina foi verificada consistente entre todas as idades, gêneros, raças e etnias. Entre as pessoas acima de 65 anos, a eficácia se mostrou acima de 94%.

Segurança

Segundo as farmacêuticas, os pesquisadores não encontraram nenhum problema sério de segurança na vacina, que pareceu ser bem tolerada após uma revisão dos dados de 8 mil participantes. Um efeito colateral grave foi a fadiga, relatada por 3,8% dos indivíduos, de acordo com as empresas. Além disso, 2% dos indivíduos relataram dores de cabeça. 

"Os resultados do estudo marcam um passo importante nesta jornada histórica de oito meses para apresentar uma vacina capaz de ajudar a acabar com esta pandemia devastadora", disse o CEO da Pfizer, Albert Bourla. "Continuamos avançando na velocidade da ciência para compilar todos os dados coletados até agora e compartilhar com os reguladores em todo o mundo", acrescentou. 

De acordo com um porta-voz, a Pfizer está esperando para analisar completamente os dados e compilar a documentação necessária antes de pedir a autorização à FDA.

Fonte: Gazeta do Povo


 




EUA enfrentam segunda onda com recorde de internações e novas restrições 

Americanos enfrentam nova onda de Covid 19 (Foto AP)

Nas duas últimas semanas, os olhares de todo o mundo estiveram voltados para as eleições presidenciais dos Estados Unidos. A disputa acirrada entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden, a demora na contagem de votos e a judicialização do pleito tomaram os noticiários. Ao mesmo tempo, outro fenômeno, mais silencioso, avançava pelo país: a segunda onda da pandemia de Covid-19. Até o momento, os EUA registram, aproximadamente, 11,3 milhões de casos da doença e 247 mil mortes em decorrência da Covid-19. 

O número de pessoas hospitalizadas por conta do vírus vem crescendo nos EUA desde o último dia 10, quando o país superou a marca de 60 mil internados, quantidade que não tinha sido atingida desde o início da pandemia, em março. Na segunda-feira (16), o registro foi de 73 mil pessoas hospitalizadas infectadas pelo vírus, um novo recorde no país, segundo o Covid Tracking Project. Já o número de pacientes em unidades de terapia intensiva chegou à maior cifra desde abril, com 14,3 mil internados. 

A segunda onda de coronavírus nos Estados Unidos tem algumas particularidades em comparação à primeira, que assolou o país no semestre passado. Na primavera (do Hemisfério Norte), a região mais atingida foi a Nordeste, tendo em Nova York o epicentro da doença. Na Big Apple, em abril, caminhões refrigerados precisaram ser usados como necrotérios improvisados, causando cenas que pareciam ter saído diretamente de um filme de terror.

Escolas afetadas

Escolas fechadas por 3 semanas

No Michigan, no Meio-Oeste, o governo anunciou, no último domingo (15), a suspensão, por três semanas, de aulas presenciais nas escolas e faculdades do estado. Outras restrições, que começam a valer a partir desta quarta (18), incluem a proibição de comer em restaurantes e bares durante o período, além da suspensão de atividades esportivas em grupo, incluindo as realizadas em academias de ginástica, exceto para os atletas profissionais ou que representam instituições de ensino. Cinemas e cassinos também serão fechados e as reuniões particulares estão limitadas a duas famílias. 

Outras medidas

Em Iowa, a governadora Kim Reynolds estipulou que reuniões em espaços fechados estão limitadas a 15 pessoas e que casamentos e funerais realizados em espaços abertos podem receber até 30 convidados. Assim como em Nova York, os bares e restaurantes do estado devem fechar às 22h, no máximo. Foi baixada, ainda, a obrigatoriedade de máscaras em situações nas quais não for possível manter o distanciamento social (em locais públicos, por exemplo).

Outros estados que tornaram obrigatório o uso de máscara de proteção foram Dakota do Norte, Ohio, Utah e Virgínia Ocidental. Ainda, em Ohio, o governo estadual não descarta fechar restaurantes, bares e academia se os casos continuarem crescendo por lá. 305 mil pessoas já foram infectadas pelo coronavírus no estado e 5,7 mil pessoas perderam a vida para a doença na localidade.

No Wisconsin e Nevada, autoridades pediram aos moradores que façam o possível para permanecer em isolamento em casa pelos próximos 15 dias, a fim de evitar que medidas restritivas mais duras sejam tomadas. Em Chicago, por sua vez, negócios não essenciais devem fechar às 23h e encontros particulares estão limitados a 10 convidados. Já em Maryland, restaurantes tiveram que reduzir sua capacidade de atendimento presencial para 50%, enquanto o governo de Indiana limitou eventos e reuniões e interrompeu o processo de reabertura econômica