terça-feira, 15 de setembro de 2020

 



PT usa verba pública para quitar calote milionário de campanha de Lindberg Farias 

Lindberg Farias (PT) no Senado Federal

A prestação de contas da executiva nacional do PT apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que o partido assumiu, durante o ano passado, um calote no valor de R$ 6,7 milhões dado pela campanha do ex-senador Lindberg Farias (RJ) para o governo do Rio de Janeiro em 2014. Naquele ano, Lindberg ficou apenas em 4.º lugar na briga pelo Poder Executivo fluminense. 

Pelo acordo judicial, firmado na 31.ª Vara Cível do Rio de Janeiro, o partido se comprometeu a quitar a dívida com uma empresa de comunicação, a VG Marketing Eleitoral Ltda, com uma entrada de R$ 300 mil – dividida em seis parcelas – e o restante do passivo em outras 74 prestações de R$ 87,5 mil cada. Ainda segundo o acordo judicial, a partir do segundo ano desse parcelamento, as prestações serão corrigidas com base no rendimento da poupança. 

Em nota, a executiva nacional do PT afirmou que "presta contas regularmente à Justiça Eleitoral sobre todas as despesas realizadas com recursos do Fundo Partidário, do chamado Fundo Eleitoral e inclusive com recursos próprios, conforme a lei. Nenhuma irregularidade, muito menos ilegalidade, jamais foi apontada pela Justiça Eleitoral em relação aos parcelamentos decorrentes de campanhas eleitorais feitos pelo partido". 

Em 2014, quando disputou o governo do estado do Rio de Janeiro, Lindberg encerrou a campanha daquele ano com uma dívida de R$ 12 milhões. Na época, ele arrecadou R$ 7,3 milhões, mas gastou em torno de R$ 19,3 milhões. Detalhe:  aproximadamente 20% do arrecadado por Lindberg (ou R$ 1,4 milhão) foi repassado pela campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.

Fonte: Gazeta do Povo


 



Queimadas no Pantanal: Polícia Federal apura causas 

Alexandre Garcia

A Polícia Federal vai investigar as causas dos incêndios no Pantanal. Pecuaristas dizem que nunca viram tanto fogo. Segundo eles, o que acarretou o fogo foi a falta de manejo nos últimos dois anos. 

O gado não podia pastar e nem comer em certas áreas, e não faziam a separação dos aceiros. Isso tudo é necessário para a preservação do bioma. Aquela região é muito seca e venta demais. O prejuízo desse desastre ambiental é muito grande para quem mora e trabalha na região. 

A Polícia Civil do Mato Grosso divulgou os números de acidentes e incidentes de incêndios no Pantanal. Um dos focos se alastrou após uma queimada de limpeza em uma reserva do Sesc pantanal; outro em uma fazenda quando uma máquina agrícola pegou fogo; mais um começou na beira da estrada quando um carro capotou na Rodovia Transpantaneira e pegou fogo.  

Além desses, teve incêndio que começou em uma fazenda porque fizeram fumaça para tirar mel de abelhas. Teve também um que começou quando um fio de alta tensão provocou faísca e o fogo se alastrou. 

O incêndio na região se espalha com facilidade porque a pastagem está alta. Os pecuaristas têm um prejuízo enorme, porque o gado fica sem comida, muitos deles acabam morrendo. Outros animais silvestres também estão morrendo, como cobras e onças. 

Uma pena o que está acontecendo. Pena também o Greenpeace fazer campanha contra o Brasil pedindo que as pessoas não comprem produtos brasileiros. Isso é ir contra os brasileiros. 

Nós só conseguimos fazer importações porque as nossas commodities são exportadas e com isso nós geramos divisas, o que nos dá a capacidade de importar máquinas e equipamentos, por exemplo. 

Lula denunciado

O Ministério Público Federal denunciou novamente o ex-presidente Lula. A Lava Jato continua. O substituto de Deltan Dallagnol entregou a denúncia para o substituto de Sergio Moro.  

A PF acusa o Instituto Lula de lavar R$ 4 milhões doados pela Odebrecht em 2013 e 2014. Além do ex-presidente, o ex-ministro Antonio Palocci e o presidente do Instituto, Paulo Okamotto, também são acusados.

Além disso, está para sair uma sentença de outra denúncia feita contra Lula, que também tem relação com o Instituto Lula, por causa de um terreno pago pela Odebrecht.

Witzel denunciado

A Procuradoria-Geral da República denunciou, ao Superior Tribunal de Justiça, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, a esposa dele Helena Witzel e o presidente do PSC, pastor Everaldo. O governador já tinha sido afastado do cargo. 

Além deles, estão também o ex-secretário de Saúde do governador Edmar Santos, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do estado Lucas Tristão e outros sete. São os 12 apóstolos da corrupção no Rio de Janeiro. 

Fux com Covid-19

O ministro Luiz Fux, novo presidente do STF, testou positivo para Covid-19. Ele acha que pegou em um almoço de família nesse fim de semana. Fux está tomando os devidos cuidados.  

Cirurgias eletivas e exames rotineiros foram cancelados ou adiados por medo do coronavírus. Por exemplo, agora a Sociedade Brasileira de Coloproctologia está fazendo uma grande campanha. 

O objetivo é que mais pessoas façam exames para a prevenção do câncer de intestino. Porque esse é um dos tipos de câncer que mais mata pessoas com mais de 50 anos no Brasil.




Bolsonaro desiste de criar Renda Brasil após Economia propor congelar aposentadorias e cortar benefícios


O presidente Jair Bolsonaro desistiu de criar o programa social Renda Brasil, que ia substituir o auxílio emergencial e o Bolsa Família. A decisão aconteceu após a equipe econômica propor congelar aposentadorias e pensões por dois anos e restringir o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O BPC é pago para idosos e pessoas com deficiência pobres.
 

"Até 2022, no meu governo, está proibido falar em Renda Brasil, vamos continuar com o Bolsa Família e ponto final", disse o presidente em vídeo postado em suas redes sociais na manhã desta terça-feira (15). O Renda Brasil seria uma versão turbinada do Bolsa Família, porém mais cara, pois a ideia era aumentar o benefício mensal médio e o número de família atendidas. 

Bolsonaro completou que foi surpreendido pelas ideias da equipe econômica para viabilizar o Renda Brasil. Ele classificou as medidas estudadas como "devaneio de alguém que está desconectado com a realidade".  

Ele disse que quem, porventura, vier a propor ações como essa no seu governo, ele dará um cartão vermelho. "É gente que não tem um mínimo de consideração." 

"Congelar aposentadorias, cortar auxílio para idosos e pobres com deficiência, um devaneio de alguém que está desconectado com a realidade. Como já disse jamais tiraria dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos", escreveu.

Fonte: Gazeta do Povo

 

 



Professores não querem trabalhar. E os alunos, como ficam?

J.R. Guzzo 

O Brasil é possivelmente o único país em todo o planeta Terra onde os defensores mais intransigentes da ideia de manter as escolas fechadas são os professores da rede pública de ensino. Por mais quanto tempo ainda? Por tempo indeterminado, até que os seus sindicatos autorizem os governos estaduais ou municipais a reabrirem as salas de aula. Mesmo para o padrão mental da esquerda brasileira e de seus atuais servidores na máquina do Estado, gente historicamente capaz de fazer qualquer coisa, é um exagero. Teria de estar acontecendo justamente o contrário. 

Os números da epidemia caminham para dois meses seguidos de queda — o que, pela lógica mais elementar, e pelo exemplo dado por países que estão uns 100 anos à frente do Brasil em termos de educação, deveria fazer governos e professores se dedicarem ao máximo a reabrir as escolas. Mas, acredite se quiser, os especialistas que decidem o que é bom e o que é ruim para o ensino nacional dizem que manter tudo fechado serve não apenas para “salvar vidas”: é uma exigência “social”. 

Se eles não permitem que se abram as escolas públicas — basicamente, porque não querem mais dar aula —, as escolas particulares, então, poderiam reabrir as portas, não é mesmo? Nem pensar. Se os alunos ricos ou de classe média da rede privada (cujos pais, por sinal, estão pagando as mensalidades desde março, sem receberem em troca o serviço contratado) voltarem a ter aulas, as “diferenças” entre eles e os alunos pobres da rede pública vão aumentar ainda mais. Isso é injustiça. É aumento de desigualdade. É coisa da elite branca. Não pode. Tudo pelo social. 

Ou seja: enquanto as escolas públicas estiverem fechadas, ninguém tem o direito de funcionar. O que vale “para os pobres”, dizem eles, tem de valer também “para os ricos”. Não querem, nem mesmo, que escolas privadas tenham horários com atividades de recreação, ao ar livre e obedecendo a todas as exigências dos médicos que militam no "Partido do Fique em Casa Pelo Resto da Vida". 

Por que esses meninos riquinhos teriam direito a se distrair um pouco se os meninos pobres estão obrigados a ficar nas suas casas da periferia, sem conforto, sem espaço e sem ter o que fazer? Não senhor. Se sofrem uns, têm de sofrer todos. Nunca ocorre aos professores públicos, é claro, que os meninos pobres estão sofrendo unicamente porque eles mesmos, os professores, decidiram impor esse sofrimento com a sua guerra para manter a rede pública trancada. 

É sabido, há décadas, que há uma diferença estúpida entre a qualidade do ensino particular e a do ensino público — e que essa, justamente, é a principal causa das desigualdades na sociedade brasileira. Mas a esquerda educacional nunca pensou, nem por um minuto, em fazer algum esforço de verdade para melhorar a escola pública; sua solução para o problema, como se vê agora, é reprimir a escola particular. Mais: sua exigência de quarentena sem fim para as salas de aula está sendo um dos ataques mais agressivos que já se fez a favor da concentração de renda e do aumento da diferença de classes no Brasil.

O fechamento das escolas virou, nos dias de hoje, umas das principais bandeiras do “campo progressista”, como a esquerda — com o aval da mídia — chama a si própria. Não acham que 50 milhões de alunos sem aula seja uma tragédia; trata-se, para o “progressismo”, de uma meta a atingir ou a preservar. Talvez até estejam, como Dilma Rousseff, querendo “dobrar a meta”. 

As escolas já estão fechadas há mais de 200 dias no Brasil – mais do que em qualquer país de primeiro mundo. A nova meta, imagina-se, é chegar aos 400.