sexta-feira, 11 de setembro de 2020

 




“Estamos praticamente vencendo a pandemia”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (11) que "estamos praticamente vencendo a pandemia" da Covid-19. Em evento na Bahia ele disse que o governo "fez tudo" para que os efeitos negativos fossem minimizados. Bolsonaro declarou ainda que o país tem sido reconhecido no exterior como um dos que "menos sofreu com a pandemia dadas as medidas tomadas pelo governo federal". Desde o início da pandemia, em fevereiro, o país acumula 4.238.446 casos e 129.522 óbitos. 

Com prisão decretada preventiva, Cristiane Brasil se apresenta à polícia

A ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB) se apresentou na sede da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro na tarde desta sexta-feira (11). Ela teve a prisão preventiva decretada em operação que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na prefeitura do Rio. Segundo o jornal O Globo, Cristiane se apresentou acompanhada dos advogados e contestou a prisão sem prazo para soltura. Afirmou ainda que é "mentirosa" a delação que a aponta como integrante de esquema de corrupção. Em vídeo publicado nas redes sociais, Cristiane Brasil classifica como "absurda" a ação, "faltando dias para a eleição" e afirmou que há "interesses políticos por trás desses atos todo". Ela é pré-candidato à prefeitura do Rio e filha de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.

Covid: União conclui repasse de R$ 60 bi a estados e municípios

O Tesouro Nacional concluiu nesta sexta-feira (11) o repasse de R$ 60 bilhões a estados e municípios para o combate à Covid-19. A quarta e última parcela de R$ 15,037 bilhões do auxílio financeiro foi dividida em parcelas entre junho e setembro. Do total, R$ 10 bilhões devem ser aplicados por governadores e prefeitos necessariamente em ações de Saúde e Assistência Social. Dos R$ 50 bilhões restantes, R$ 30 bilhões foram destinados aos estados e R$ 20 bilhões para os municípios para aplicações em outras áreas. Os recursos não podem ser usados para a concessão de reajustes salariais aos servidores.


 




Apenas segurados agendados serão atendidos nas agências do INSS

A reabertura das agências está prevista para a próxima segunda-feira
As agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vão reabrir na próxima segunda-feira (14), mas o atendimento será exclusivo para quem fizer agendamento. Para marcar hora, o segurado deve acessar o site Meu INSS e aplicativo ou ligar no 135. 

Segundo o INSS, estarão disponíveis para atendimento presencial os serviços de perícia médica, avaliação social, cumprimento de exigência, justificação administrativa e reabilitação profissional. 

O instituto ressalta que os segurados sem agendamento não serão atendidos, para evitar aglomerações dentro e fora das agências, de acordo com orientações do Ministério da Saúde.

Em agosto, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e do INSS informaram a nova data de retorno ao atendimento presencial - 14 de setembro. 

O atendimento exclusivo por meio de canais remotos segue até amanhã (11). E, mesmo com a abertura das agências, o atendimento remoto continuará a ser oferecido. 

Segundo o INSS, a reabertura será gradual e considerará as especificidades de cada uma das agências da Previdência Social no país. Cada unidade deverá avaliar o perfil do quadro de servidores e contratados, o volume de atendimentos realizados, a organização do espaço físico, as medidas de limpeza e os equipamentos de proteção individual e coletiva. 

Fonte: Agência Brasil 


 




TSE convida “especialista” duvidoso para alertar eleitores sobre fake news 

J.R. Guzzo 

É sempre muito difícil fazer bem uma tarefa que é ruim pela própria natureza. No caso, a tarefa bichada é essa campanha da Justiça Eleitoral, mais uma, para ensinar aos eleitores como votar direito nas próximas eleições para prefeito. A intenção, em si, é um disparate: de onde os ministros do Tribunal Superior Eleitoral tiram a ideia de que são capazes de ensinar alguém a exercer “bem” o seu direito de votar – ou a fazer “bem” qualquer outra coisa? 

É a incurável compulsão das autoridades públicas deste país em tratar a população brasileira como um bando de débeis mentais, sempre necessitados da ajuda da madre superiora para pensar, escolher e decidir. Além de absurda, a ideia é inútil. Se os sermões de campanha do TSE servissem para alguma coisa, o Brasil deveria ter os melhores políticos no mundo, não é mesmo? Tem esses que estão aí. 

Na opinião dos próprios arquiduques dos nossos tribunais, aliás, o atual governo federal, saído diretamente das últimas eleições de 2018, é o pior que o país já teve em sua história. O que é que adianta, então, toda essa conversa de “voto consciente”? Há 31 anos, desde 1989, o Brasil faz eleições diretas para presidente da República. Há 38, desde 1982, faz eleições diretas para governador. Já deveria ter dado tempo para o brasileiro “aprender a votar” – ou tudo isso aí ainda é muito pouco? Quantos anos mais, segundo o TSE, serão necessários para essa gente entender como é que se vota do jeito que suas excelências querem? 

Naturalmente, não existe uma única democracia no mundo onde se faça qualquer coisa parecida com essas campanhas pró-virtude que nos enchem a paciência há décadas. Também não existe nenhuma democracia onde o voto seja obrigatório – ou seja, onde os políticos transformaram um direito constitucional em uma obrigação. É lógico: nossas “instituições”, a “Constituição Cidadã”, etc, são muito superiores a tudo que existe no resto do planeta. 

Na hora da execução, como se poderia esperar, a ideia ruim fica pior. Na atual campanha, o TSE convocou para nos dar instrução moral e cívica algumas dessas figuras que têm a profissão de “especialista”; sua especialidade é especializar-se em ser ouvido pela mídia na condição de “especialistas”. Um deles, chamado para advertir os eleitores do perigo das “fake news”, é o mesmo que disse que haveria “1 milhão de mortes” no Brasil por causa de Covid-19 se não fosse adotado um fechamento extremo de tudo, em todo o país, por tempo indeterminado: afirmou, até, que estava sendo otimista. 

Não foi feito o fechamento exigido. O número de mortos está abaixo de 130 mil. Se isso não é notícia falsa, o que seria? Um outro especialista, para quem sair de casa é praticamente um crime de lesa-pátria, quer que os mesários não deixem de participar da maior “aglomeração” de gente desde o início da epidemia – as próximas eleições. É esse o nível de qualidade da campanha de propaganda do TSE. 

Além de ser obrigado a ouvir isso tudo, você ainda tem de pagar – cada tostão gasto nas aulas dadas pelo TSE no rádio e televisão sai diretamente do seu bolso, através dos impostos que a máquina do Estado extorque a cada vez que o cidadão acende a luz, fala no celular ou põe um litro de combustível no tanque do carro. Qual a novidade? Se o brasileiro já paga os serviçais que puxam a cadeira dos magistrados “top de linha” na hora em que se sentam para as reuniões, as suas lagostas, os seus planos médicos cinco estrelas e tanta coisa mais, por que não teria de pagar pelas lições do TSE? É a beleza das nossas instituições.