Praias lotadas: o desabafo
de quem não aguenta mais ficar trancafiado em casa
Alexandre Garcia
O 7 de Setembro foi
comemorado com uma cerimônia na residência oficial do presidente da República,
em Brasília, e no litoral com praias cheias de gente.
Muita gente criticando
aqueles que foram à praia. Mas vamos ver o lado bom, né? Foi um desabafo, uma catarse.
As pessoas não aguentavam mais meio ano amordaçadas e trancafiadas em casa.
Alguns fechando suas lojas, dispensando seus empregados. Agora há uma certa
catarse, um desabafo na praia.
Eles pegaram vitamina D,
do sol, que não pegam dentro de casa. Altos índices de vitamina D fazem com que
a pessoa não pegue nenhum tipo de virose.
Outra questão é a
renovação do ar na beira da praia. Os infectologistas sabem que esse é um
problema em ambiente fechado e é uma solução em ambiente aberto: a renovação imediata
do ar. Então não é um mal tão grande assim né?
Claro que as pessoas que
têm comorbidades, como obesidade e diabetes, têm que tomar muito cuidado. Mas
as pessoas saudáveis podem ir lá buscar mais saúde embaixo dos raios do sol e
respirando ar puro.
O almoço de Bolsonaro com
Dias Toffoli e o brilho de Michelle
No Palácio da Alvorada,
residência oficial do presidente, Bolsonaro saiu no Rolls-Royce cheio de
crianças, tinha umas 10 dentro do carro, para ir do Palácio até o fosso, atrás
do qual ficaram mil pessoas que estavam lá aguardando o presidente.
Acompanharam a solenidade de hasteamento da bandeira, ouviram o Hino Nacional e
o Hino à Independência.
Estavam lá chefes de
Poder, como os presidentes do Senado e do Supremo, ministros de estado, a mulher
do presidente, Michelle, que brilhou, foi chamada de "mito", tirou
foto com todo mundo, pegou o celular das pessoas para fazer a fotografia.
De lá, Bolsonaro, o
presidente do STF, Dias Toffoli, e alguns ministros foram à casa do Almirante
Rocha, ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, para almoçar e
conversar. Foram, enfim, falar das coisas que importam para o país e das coisas
mais leves. Estavam lá os ministros Paulo Guedes, Tereza Cristina, Tarcísio de
Freitas, ao lado de Dias Toffoli.
O presidente do STF que
deixa o cargo no próximo dia 10. Na despedida que já fez e contrariando
opiniões dos ministros Barroso e Fachin, Toffoli disse que nunca viu uma
atitude anti-democrática de Bolsonaro no contato intenso que teve com o
presidente da República e seus ministros. Ao contrário. Disse que o presidente
respeita a independência dos poderes e sempre respeitou determinações do
Supremo.