sábado, 8 de agosto de 2020

 

Sábado – 08

19 horas

Fortaleza 0 X 2 Atlético PR – Castelão

19h30

Coritiba 0 X 1 Internacional – Couto Pereira

21 horas   

Sport 3 X 2 Ceará – Ilha do Retiro

Domingo – 09

16 horas

Flamengo 0 X 1 Atlético MG – Maracanã

Santos 1 X 1 Bragantino – Vila Belmiro

Goiás _ X _ São Paulo – Serrinha

19 horas

Grêmio 1 X 0 Fluminense – Arena Grêmio

Botafogo _ X _ Bahia – Nilton santos

Palmeiras _ X _ Vasco – Arena Palmeiras

Corinthians _ X _ Atlético GO – Arena Corinthians


 

Gilmar Mendes manda soltar Alexandre Baldy, secretário de Transportes de SP

Ex-ministro do governo Michel Temer e atual Secretário de Transportes de São Paulo, foi preso na quinta por suspeita de fraudes em contratos; ele nega irregularidades. PF apreendeu dinheiro em endereços ligados a Baldy em três cidades.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou nesta sexta-feira (7) a soltura do secretário de Transportes de São Paulo, Alexandre Baldy. O político foi preso na quinta (6) por suspeita de fraudes em contratos da área de saúde.

Alexandre Baldy deixou o prédio da Polícia Federal (PF), na Lapa, por volta de 2h45 deste sábado (8).

Baldy foi deputado federal por Goiás e, depois, comandou o Ministério das Cidades do governo Michel Temer. Os supostos fatos na decisão da prisão preventiva são de 2013, época em que ele estava na secretaria em Goiás. Atualmente ele é Secretário de Transportes de São Paulo.

O político foi preso durante a operação Dardanários, um desdobramento da Lava Jato que apura desvios na área da saúde envolvendo órgãos federais. A PF afirma que identificou "conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas".

A defesa de Baldy recorreu ao STF para pedir a liberdade do secretário já nesta sexta, afirmando que a detenção dele seria uma "condução coercitiva travestida de prisão temporária". Por sorteio, Gilmar Mendes foi designado como relator. O caso tramita em segredo de Justiça, mas a concessão do habeas corpus foi publicada no sistema virtual do Supremo no fim da noite.

Fonte: G1

 

 

 


 

O Mago de Oz

Por Alexandre Garcia

Com quase 100 mil vidas ceifadas, milhões de empregos estraçalhados, milhares de empresas fechadas, dois dos três poderes têm como prioridade fake news. Como se a desgraça imposta por esse estranho e atípico vírus fosse resolvida quando o Brasil se tornasse blindado contra notícias falsas - a menos que haja contra as redes sociais uma convergência de interesses comerciais com interesses políticos.

Nos meus anos de vida, a primeira fake news de que lembro foi em janeiro de 1952 - eu tinha 11 anos -, em O Cruzeiro, a revista de maior circulação na época. O fotógrafo Ed Keffel fez fotos numa montagem e a revista publicou como discos voadores na Barra da Tijuca. E vendeu muito por isso. Desde então, não cesso de ver fake news em lugar de fatos. O estranho é que só agora o Supremo, a Câmara e o Senado passaram a se preocupar com isso.

César Maia, pai do presidente da Câmara, denunciou algo mais pérfido que uma notícia falsa: o factoide. Parece fato, tem aparência de fato, é embrulhado como fato, mas serve para "embrulhar” o leitor, o ouvinte, o telespectador. O Wall St. Journal acaba de ter uma espécie de rebelião na redação, exigindo que notícia e opinião venham separados, não misturados.

Fofocas e mexericos costumam vir disfarçados de notícia. No entanto, a preocupação do Congresso e do Supremo só visa as redes sociais, exatamente o instrumento pelo qual todos ganharam voz, para reivindicar, desabafar, sugerir, opinar, criticar. Como se trata de gente, não de anjos, também há ódios, mentiras, maus conselhos, ofensas. Para esses, a própria comunidade digital tem os anticorpos: a capacidade de pesquisar e derrubar a mentira, de responder, de boicotar, de expor o ofensor.

E as leis da democracia também têm os remédios, o Código Penal e até a Lei de Segurança Nacional. O que querem inventar então? A quem interessa calar opinião, restringir a liberdade de expressão, a censura prévia, o direito de defesa, suspeitos de crime não previsto na legislação? Fica no ar o mau cheiro da fumaça de totalitarismo. Uma caça às bruxas, mais parecendo com um macartismo de sinal invertido

Que personagens da ficção esses agentes da censura estariam personificando? O Big Brother, o Irmão mais Velho, de George Orwell, que policiava até pensamento? Ou apenas o Mago de Oz, que, atrás do biombo que o protegia, ameaçava com fogo e trovões, mas acabou desmascarado como charlatão pela menina Dorothy?