quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Bolsonaro assina MP para viabilizar vacina contra covid-19

Vacina foi desenvolvida pela Universidade de Oxford

O presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória destinando recursos para viabilizar a fabricação de vacina contra o novo coranavírus (covid-19) no país.  

A vacina contra a covid-19 foi desenvolvida pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e está sendo testada no Brasil por meio de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Secretário adianta pontos da estratégia de vacinação para covid-19

As primeiras 30,4 milhões de doses vão chegar em dois lotes: metade, 15,2 milhões, em dezembro e a mesma quantidade em janeiro. “Com o avanço da ciência, acreditamos que, em dezembro, talvez, já passemos o ano novo de 2021 com pelo menos 15,2 milhões brasileiros vacinados para covid-19 e possamos juntos construir essa nova história da saúde pública do nosso país”, disse o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia.

Além desses dois lotes, mais 70 milhões de unidades da vacina serão disponibilizadas gradativamente, a partir de março de 2021. O medicamento está sendo desenvolvido pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em conjunto com a Universidade de Oxford, e já se encontra em fase de testes clínicos em vários países, incluindo o Brasil.

Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca

A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini. Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.

“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos.

Fonte: Agência Brasil



Condenado a 124 anos de prisão já está em casa com tornozeleira. Isso é Brasil

Por Alexandre Garcia

Sucesso do agronegócio brasileiro. Neste ano, até agora, o setor vendeu mais do que no ano passado. Além disso, metade do que será produzido no ano que vem já foi vendido. São produtos que ainda nem foram plantados.

Essa é a dinâmica do agro. Está cheio de gente que fala mal desse setor. O agricultor brasileiro é um multidisciplinar. Ele faz de tudo, desde consertar a cerca até entender de legislação tributária.

É um lutador, mas é um lutador vencedor. É bom que se diga isso, porque está cheio de especialista do meio urbano que pensa que a comida sai da fábrica e fica dando palpite em campanha contra o Brasil feita pela concorrência. Nós, brasileiros, alimentamos uma sexta parte do planeta. 

Os europeus não vão entender

O ex-diretor da Petrobras Renato Duque virou réu mais uma vez. Ele é acusado de receber propina da Multitek por fraudes em contratos da Petrobras. Duque já foi condenado sete vezes; a pena dele chega a 124 anos.

Apesar disso, o ex-diretor cumpriu cinco anos em sistema fechado e agora vai ficar em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Isso vocês não podem contar para um europeu, porque eles vão achar que é mentira. 

Outra situação: a Justiça liberou bens, que estavam bloqueados, de Marcelo Odebrecht por conta da delação premiada; o valor é alto R$ 143 milhões.

Mas dizem que a delação aconteceu porque a construtora Odebrecht pagou R$ 217 milhões para Marcelo Odebrecht. Vocês entendem isso? Pois é, os europeus também não entenderiam. 

Um juiz bloqueou bens do ex-governador Geraldo Alckmin e de um tesoureiro da campanha dele. O total do valor bloqueado é de R$ 11,3 milhões. Segundo a Polícia Federal, esse capital é relativo a caixa 2 recebido da Odebrecht.

Isso corresponde a quatro vezes o que gastou o candidato vencedor da campanha presidencial — Bolsonaro gastou cerca de R$ 2,5 milhões. Aliás, nessa mesma campanha teve candidato que gastou R$ 60 milhões. Não contem isso também para um europeu porque ele não vai acreditar.

Os bilhardários do Líbano

Um amigo libanês, que está aqui no Brasil, contou-me que tem mais de dez políticos do Líbano que são bilhardários. O presidente da Câmara de Deputados do país está  no cargo há décadas, apoiado por forças estrangeiras.

Essas pessoas que têm mais de 10 bilhões de dólares na conta deveriam devolver esse dinheiro para o povo libanês, já que a população está passando dificuldade depois da explosão no porto em Beirute.

Como se não bastasse o coronavírus ainda teve esse desastre. A causa da explosão foi o mal armazenamento de fertilizantes — 2,7 toneladas de nitrato de amônia, que é usado para fazer o adubo que todo mundo usa na agricultura.



Vereadores aprovam abertura de processo
de impeachment de Marchezan

A Câmara Municipal de Porto Alegre aprovou o pedido de admissibilidade do processo de impeachment contra o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Jr (PSDB), em sessão virtual realizada nesta quarta-feira (5). Dos 36 vereadores, 31 deles foram favoráveis e apenas quatro contrários. O presidente do Legislativo, vereador Reginaldo Pujol (DEM), votaria somente em caso de empate, o que não aconteceu. A abertura do processo contou, inclusive, com apoio de parlamentares da base governista. A decisão foi tomada a quase cem dias das eleições, reprogramadas para 15 de novembro em função da pandemia do novo coronavírus. Este foi o sexto pedido de impeachment protocolado desde o início da gestão Marchezan. A candidatura do tucano para reeleição é dada como certa pelo PSDB em Porto Alegre. Com mais de 120 páginas, o processo questiona o fato de a prefeitura ter ordenado a retirada de R$ 3,1 milhões do Fundo Municipal da Saúde para aplicar em ações de publicidade. Os autores do pedido sustentam que Marchezan cometeu crimes de responsabilidade ao alocar os recursos em meio à crise ocasionada pela pandemia da Covid-19. A peça foi assinada por empresários e representantes da sociedade civil, dentre eles uma pré-candidata a vereadora pelo PRTB. O processo chegou ao Legislativo na última sexta-feira (31). Na segunda (3), Marchezan encaminhou ofício ao Parlamento esclarecendo que todo o gasto em saúde a partir do Fundo Municipal, incluindo o valor orçado para publicidade, recebeu aval da Câmara, em 2019.


Lava Jato prende secretário de Transportes de São Paulo

O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, foi preso nesta quinta-feira (6) no âmbito de operação da força-tarefa Lava Jato que apura contratações dirigidas entre empresários e agentes públicos, principalmente na área da saúde. Todos os mandados de prisão e busca e apreensão cumpridos em três estados e no Distrito Federal foram expedidos pela Justiça Federal no Rio de Janeiro. Baldy, que atualmente ocupa cargo no governo João Doria (PSDB), é ex-ministro das Cidades de Michel Temer.

 Operação contra desvios na saúde

Seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal no Rio de Janeiro são cumpridos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (6) em Petrópolis (RJ), São Paulo, São José do Rio Preto (SP), Goiânia e Brasília. Os mandados ocorrem no âmbito da Operação Dardanários em desdobramento de ações da Lava Jato. A investigação apura suposto esquema entre empresários e agentes públicos com contratações dirigidas na área da saúde. Entre os crimes investigados estão corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a PF, a ação desta quinta é um desdobramento das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.