sexta-feira, 31 de julho de 2020




Receita paga hoje mais de 5 bilhões em restituições

Quase 4 milhões de contribuintes receberão o pagamento

A Receita Federal credita hoje (31) R$ 5,7 bilhões em restituições de Imposto de Renda para 3.985.007 contribuintes do terceiro lote. A consulta foi aberta no último dia 24.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312680&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312680&o=node

Desse total, R$ 2.056.423.308,19 são para contribuintes que têm prioridade legal de recebimento: 88.420 contribuintes idosos acima de 80 anos, 646.111 contribuintes entre 60 e 79 anos, 47.170 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 346.793 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Foram contemplados ainda 2.856.513 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 28 de março.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita Federal na internet. Na consulta à página da Receita, no Portal e-CAC, é possível acessar o serviço Meu Imposto de Renda e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF
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A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no Portal e-CAC, no serviço Meu Imposto de Renda.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em nome do contribuinte, em qualquer banco.

Fonte: Agência Brasil




O que realmente importa saber 
sobre a viagem de Bolsonaro ao Nordeste

Por J.R. Guzzo

O público brasileiro, pelo noticiário que lhe foi servido nos meios de comunicação, ficou sabendo que o presidente Jair Bolsonaro foi ao interior do Piauí e da Bahia, na primeira viagem que fez após ter se recuperado da Covid, onde realizou uma série de atividades – ou, mais exatamente, foi acusado de praticar os seguintes atos:
                         
 - Causou aglomeração de gente com a sua presença em praça pública, onde compareceu para inaugurar novos serviços de fornecimento de água — que ficam, justamente, em praça pública e, em consequência disso, não podiam ser inaugurados num espaço fechado.

- Retirou a máscara na hora de falar ao público de cima de um palanque, presumivelmente para que as pessoas pudessem entender o que estava dizendo.

- Montou num cavalo e acenou para os “apoiadores”, como se diz hoje, que estavam presentes. Neste caso, não houve nenhuma denúncia específica, contra ele ou contra o cavalo, de que um dos dois estivesse ameaçando a saúde pública; o gesto foi apenas incluído no pacote geral.

Tudo isso pode ser interessante, mas nada foi publicado sobre a questão que realmente vem ao caso: como está neste momento a cotação política de Bolsonaro no Nordeste, onde os institutos de pesquisa acham que fica o seu ponto eleitoralmente mais fraco — e, ao contrário, o ponto mais forte do ex-presidente Lula e da “oposição”? Na verdade, pode ser a questão mais relevante no momento no território eleitoral.

Bolsonaro tem ido repetidamente ao Nordeste e, pelas imagens disponíveis, vem sendo recebido por muita gente e com aplausos. Os R$ 600 do auxílio de emergência em função da Covid, como indicam as realidades da vida política na região, podem estar tendo um efeito pró-governo; estão tendo mesmo? E se estiverem, qual é a sua potência? Equivalente à que o Bolsa Família teve para Lula? Mais, por que se trata de muito mais dinheiro? Menos?

Outra coisa: as visitas constantes da ministra Damares Alves ao Nordeste ,onde ela cumpre regularmente o circuito evangélico-gente-pobre-mães de família, está influindo na posição eleitoral do presidente? Quem está mais presente na região: Bolsonaro e o governo ou o consórcio Fernando Haddad—Luciano Huck—Armínio Fraga—Sergio Moro—Rodrigo Maia—PT—empreiteiros de obras públicas—banqueiros progressistas—sociólogos—artistas de novela—etc. que forma hoje a oposição no Brasil? Não estaria na hora de aparecerem alguns números a respeito disso tudo? Não dá para saber.

Em compensação, o brasileiro será abastecido com o máximo de informação sobre as aglomerações que Bolsonaro está provocando no Nordeste.