quinta-feira, 9 de julho de 2020




PT tem contas bloqueadas pelo WhatsApp 
por disparo em massa
O Partido dos Trabalhadores (PT) teve nove contas no WhatsApp bloqueadas em razão de disparados em massa de mensagens – o que é proibido pela plataforma. Desde o bloqueio, no fim de junho, quatro contas foram restabelecidas depois de denúncias de spam político. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz a Folha de S.Paulo, afirmou que a retirada do ar das contas ocorre no contexto do projeto de lei das fake news, apoiado pela sigla. Na última segunda-feira (6), segundo o jornal, a petista encaminhou carta ao Facebook, dono da plataforma, com ameaça de processo judicial se a empresa não apresentar os motivos que levaram o bloqueio das contas.

Maia diz que é “grave” Bolsonaro 
defender hidroxicloroquina
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na quarta-feira (8) que o fato do presidente Jair Bolsonaro, diagnosticado com Covid-19, recomendar o uso de hidroxicloroquina para tratamento da Covid-19 é “grave”. "Eu não acho que o presidente, nem eu, nem ninguém, deve ficar aqui tratando de qual remédio orientar a sociedade a tomar", disse, em entrevista ao canal CNN. "Isso é questão da área médica. E é até grave que o presidente trate desse assunto", afirmou. Bolsonaro chegou a publicar um vídeo nas redes sociais na terça-feira tomando o medicamento que teve os estudos sobre a eficácia contra a Covid-19 suspensos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Partidos de direita são os “preferidos” 
em janela partidária antes das eleições
Partidos de direita foram os preferidos de prefeitos que buscam a reeleição ou desejam emplacar sucessores nas eleições municipais 2020, a primeira após a onda conservadora ter ajudado a eleger o presidente Jair Bolsonaro. Um levantamento da Folha de S. Paulo mostra que DEM, PSD, PP e Republicanos foram os partidos que mais ganharam novos prefeitos por meio da migração partidária de 2017 a 2020. Por outro lado, segundo os dados, legendas ligadas ao Centrão, como MDB e PSDB, e partidos mais à esquerda, como PSB, PDT e PT, foram os que mais perderam espaço em relação ao número de prefeitos eleitos nas últimas eleições municipais.




Gabinete do ódio está a todo 
vapor – e não é no Planalto

Por Alexandre Garcia

O Ministério da Saúde liberou quase R$ 14 bilhões para os municípios usarem no combate ao coronavírus. Eu acompanhei uma reunião entre o ministro Eduardo Pazuello e prefeitos. Quando cheguei na reunião quem falava era a prefeita Tânia Terezinha da Silva, de Dois Irmãos (RS). Ela pedia recursos em caráter imediato para o seu município.

Depois houve elogios dos prefeitos Firmino Filho, de Teresina (PI); Marquinhos Trad, de Campo Grande (MS); Edvaldo Nogueira, de Aracaju (SE); e de Jonas Donizete, de Campinas (SP), direcionados ao ministro Pazuello.

Prefeitos de diferentes partidos aprovaram os critérios técnicos dele. Onde é preciso ajudar a população o dinheiro aparece, não interessa o partido do prefeito. Agora eles podem aplicar essa verba onde é necessário.

Coquetel salvador
Nesta quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro tomou a quarta dose de hidroxicloroquina. Ele começou a tomar o medicamento logo que teve os primeiros sintomas da doença.

O presidente me confirmou que também está tomando a azitromicina, com recomendação do médico que o está assistindo. Eu perguntei se ele tinha tomado a ivermectina, como eu, para se prevenir, Bolsonaro disse que não.

Ele não se preveniu, e acabou infectado com o vírus já que viaja bastante e sempre está em locais com muita aglomeração de pessoas. Mas o presidente disse que está muito bem, sem febre e sem dores.

É mais ou menos esse o quadro que relatam os médicos, com os quais eu conversei, quando a hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina são aplicados logo no início da doença em pessoas saudáveis.

Por que tanto ódio?
O gabinete do ódio estava a toda velocidade na imprensa escrita e na internet, tem gente desejando a morte do presidente. O ódio expressado por essas pessoas é tamanho que chega a ser ridículo e risível.

Quando uma informação é risível, ela perde a credibilidade. É bom a gente lembrar aos jornalistas que sem credibilidade a profissão deixa de existir. O Fernão Lara Rezende fez um artigo com o título “Notícia de falecimento”, na segunda-feira (6).

O texto trata sobre a morte do jornalismo. Ele cita Joseph Pulitzer “primeiro morre a imprensa, depois a democracia”. A profissão pode morrer por causa de discurso de ódio. Precisamos ficar atentos nisso.

O interessante é que os ditos discursos de ódio nas redes sociais só saem do ar quando é atribuído a um lado, quando se atribui ao outro lado não. Se as pessoas que pediram a morte do presidente, tivessem pedido a morte do ministro Alexandre de Moraes estavam presas.

As pessoas sensatas entendem que a democracia está no equilíbrio, no contraponto de ideias, na discussão de ideia e no respeito. Todo mundo sabe que o básico é o respeito à vida humana.