terça-feira, 7 de julho de 2020




Presidente Bolsonaro testa 
positivo para covid-19

Resultado do exame realizado ontem saiu nesta terça-feira

O presidente Jair Bolsonaro informou hoje (7) que testou positivo para o novo coronavírus (covid-19). O resultado do exame realizado ontem (6) saiu nesta terça-feira por volta das 11h. Bolsonaro disse que, depois de um mal-estar, já sente que está bem. Ele informou ainda que está adotando o tratamento com hidroxicloroquina e azitromicina.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1311020&o=node

Bolsonaro contou que os sintomas tiveram início no domingo (5). "Começou no domingo com uma certa indisposição e se agravou durante a segunda-feira com mal-estar, cansaço, um pouco de dor muscular e a febre no final da tarde chegou a bater 38 graus”, disse em entrevista transmitida pela TV Brasil e outras emissoras. Com o médico da Presidência apontando para possibilidade de contaminação por covid-19, Bolsonaro passou por uma tomografia no Hospital da Forças Armadas, em Brasília, e, segundo ele, os pulmões estavam limpos.

“Mas, dados os sintomas, a equipe médica resolveu aplicar a hidroxicloroquina. Eu tomei ontem por volta das 17h o primeiro comprimido. Também a azitromicina, todo aquele composto foi ministrado e confesso, como acordo muito durante a noite, depois da meia-noite consegui sentir alguma melhora. Às 5h, tomei a segunda dose e confesso a vocês que estou perfeitamente bem”, disse.

Para ele, o pronto atendimento médico e a forma como administraram essas medicações levaram à rápida melhora. “Reforço aqui o que os médicos têm dito, que [com] a hidroxicloroquina na fase inicial a chance de sucesso chega a quase 100%”, disse. Bolsonaro sempre defendeu esse protocolo, do uso de hidroxicloroquina na fase inicial de sintomas. Assim como essa droga, outros medicamentos estão sendo testados, mas ainda não há remédio ou vacina com eficácia comprovada contra a covid-19.

O presidente cancelou as viagens previstas para a Bahia e Minas Gerais nesta semana. Nos próximos dias, Bolsonaro vai despachar por videoconferência e, em caso de necessidade, pessoalmente do Palácio da Alvorada, sua residência oficial. Segundo o presidente, ele deve repetir o exame na semana que vem. “As medidas protocolares que estou tomando é para evitar contaminação a terceiros, isso cabe a todo cidadão brasileiro, seja cidadão comum ou o presidente da República”, disse.

Fonte: Agência Brasil





Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 11.645.109 contaminados e 538.780 mortos no mundo. No Brasil são 1.623.284 contaminados e 65.487 mortos. Os números são da Universidade Johns Hopkins.

VACINA CHINESA
Os testes da CoronaVac, nome dado à vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, serão iniciados em voluntários brasileiros no dia 20 deste mês.  Segundo o governo de São Paulo, a inscrição de interessados, que devem ser obrigatoriamente profissionais de saúde que trabalham no atendimento de pacientes com Covid-19, começa na próxima segunda-feira e ocorrerá via aplicativo para celular a ser divulgado. Para participar é necessário ser maior de 18 anos e não ter histórico de infecções pelo vírus, entre outros critérios. Caso a vacina seja efetiva, o acordo preliminar prevê 60 milhões de doses para o Brasil.

BONS INDÍCIOS
O governo de São Paulo anunciou que o número de mortes no estado no acumulado de sete dias caiu pela segunda semana consecutiva. Segundo o governador João Doria, a mortalidade chegou a cerca de 5%, mesmo patamar medido em março, ainda no início da pandemia no estado. Para a gestão tucana, a redução se deu devido ao aumento de leitos de UTI para tratar pacientes com o novo coronavírus. No Brasil também houve redução . De acordo com os últimos dados oficiais, o país registrou uma queda de 10,4% no número de óbitos em relação à segunda-feira da semana passada.

REABERTURA COM CAUTELA
Após mais de três meses fechados, bares e restaurantes da cidade de São Paulo voltaram a receber clientes. O movimento no primeiro dia de reabertura, segundo relatos de funcionários e donos destes estabelecimentos, foi tímido. Os negócios ainda se adaptam à nova realidade de horário reduzido de funcionamento e capacidade máxima limitada, além de uso obrigatório de máscaras. Percival Maricato, presidente da associação brasileira da categoria, acredita que menos de 30% dos estabelecimentos irão reabrir neste primeiro momento. De qualquer forma, é um avanço para um dos setores mais atingidos pelos impactos da pandemia.

OUTRA AMEAÇA
A China identificou, na região da fronteira com a Mongólia Interior, ao norte do país, um caso de peste bubônica , popularmente conhecida como peste negra e que dizimou um terço da população da Europa durante a Idade Média. Segundo as autoridades locais, o infectado é um pastor, que está em tratamento e tem quadro estável. A doença é transmitida pela pulga de roedores e, por isso, o governo da cidade de Bayannur, com cerca de 1,6 milhão de habitantes, alertou os cidadãos para não caçar esses animais e nem se alimentar deles. A região ficará até o fim do ano sob medidas de prevenção de pragas, o que não deve envolver nenhum isolamento social. A doença é fatal em cerca de 30% a 60% dos casos não tratados.

COMBINAÇÃO DE IMUNIZANTES
Até o momento, ao menos dezoito de mais de 140 projetos de vacina contra a Covid-19 criados a partir de diferentes conceitos já estão sendo testados em humanos – dois deles no Brasil. Matéria mostra como a combinação de vários antídotos poderia ampliar a proteção contra a doença. Isso porque, na avaliação de cientistas que participaram de um seminário sobre os imunizantes em teste no Brasil, eles podem se complementar na prevenção da Covid-19. Para o professor da USP Esper Kallás, que coordena o ensaio da fase 3 da CoronaVac no país, "ter várias vacinas aprovadas pode ser útil, porque é possível que a melhor estratégia para induzir uma resposta imune protetora seja combinar várias formulações".

REDUÇÃO DE JORNADA SANCIONADA
Jair Bolsonaro sancionou a Medida Provisória 936 , que permite reduzir jornada e salário durante a pandemia. A MP havia sido editada pelo próprio presidente em abril e tramitou no Congresso, onde foi aprovada no mês passado, com algumas alterações. O dispositivo prevê ainda a suspensão do contrato de trabalho por até 60 dias. No caso de redução de salário, o governo paga um benefício emergencial ao trabalhador para repor parte da perda e ajudar as empresas em um período de atividades suspensas ou reduzidas. Uma das mudanças foi a permissão que os prazos sejam prorrogados mediante decreto presidencial enquanto durar a pandemia.

Fonte: VEJA






Bolsonaro tem suspeita de Covid-19

Nesta segunda-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro sentiu sintomas associados à Covid-19 e realizou um novo teste. Ele teve contato com pelo menos seis ministros. O resultado do exame deve sair até o meio-dia desta terça (7), mas até o fim da noite ele estava em “bom estado de saúde”, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência.

Antes de ir ao hospital fazer exames, Bolsonaro avisou que sancionou a prorrogação do programa que permite suspender contratos e reduzir jornada e salários na iniciativa privada. Empregadores que já aderiram ao programa poderão suspender contratos de funcionários por mais 60 dias e reduzir a jornada e o salário por mais 30 dias. Contudo, ainda é preciso um decreto presidencial para isso.

Fonte: Gazeta do Povo




Frente Nacional Pró-Vírus não quer 
que o país volte a trabalhar

Por J.R. Guzzo

O público pode se preparar porque vem artilharia grossa por aí — um esforço concentrado, por parte das tropas da "Frente Nacional Pró-Vírus", para retomar a iniciativa na guerra contra a produção e contra o trabalho que vêm travando com tanto sucesso há três meses. Nenhum partido, nenhuma revolução de massas e nenhuma greve geral de “operários e camponeses”, como a esquerda gostava de dizer 50 anos atrás, conseguiu tanto sucesso até hoje para jogar no chão o sistema econômico de um país quanto o vírus que veio da China.

É muito natural, portanto, que as forças do movimento pró-vírus fiquem agitadas com os primeiros sinais de que a epidemia possa estar começando a ceder. Ou melhor: os governos dos estados e municípios, a quem o STF entregou a exclusividade na gestão da crise, começam a admitir que não está dando mais para manter o “distanciamento social” para sempre. Sem a sua ajuda, a paralisação do Brasil até o "Dia do Juízo Final" não tem mais o futuro que parecia ter até agora.

O contra-ataque do consórcio pró-vírus pode ter sucesso maior ou menor — depende da sua capacidade de meter medo nos governadores e prefeitos que estão encarregados de decidir sobre o que funciona, o que funciona mais ou menos e o que continua proibido de funcionar. A munição que parecem mais empenhados em utilizar são “estudos” com números apavorantes sobre mortes e infecções, que estariam em índices altos demais para permitir a abertura que começa a ser tentada. Há também as “projeções”, que prometem para o futuro uma calamidade muito maior que a de agora, caso o abrandamento da quarentena não seja interrompido já.

Médicos, cientistas e pesquisadores, que são apresentados sob o genérico de “especialistas”, multiplicam ameaças sobre o que vai acontecer. A mídia, em geral, apoia com o máximo de ruído possível a ofensiva – desde o início da epidemia, aliás, tem sido a colaboradora mais apaixonada da Frente Nacional Pró-Vírus.

Essa turma tem a seu crédito uma série de feitos realmente notáveis. Conseguiram convencer muita gente boa que ficar “em casa” é um gesto de heroísmo. Transformam fiscais da prefeitura em modelos de virtude. Baniram da discussão sobre a Covid-19 qualquer ponto de vista que não desse apoio cego à ideia do “confinamento total” até a “descoberta da vacina” – ou mesmo depois. Venderam a visão de um mundo onde ninguém precisa mais trabalhar, porque “o governo” tem de cuidar da população – ou, então, onde todos podem trabalhar em casa, pedir comida pelo “delivery” e fazer cursos de ioga pela televisão. Conseguiram, com o dilúvio de declarações dos seus “especialistas”, calar a ciência e impor uma medicina de superstição a milhões de pessoas.

O maior pesadelo para o partido do vírus é um Brasil que volte a funcionar normalmente. Vão fazer tudo o que podem para evitar isso.