sexta-feira, 5 de junho de 2020



Casos e número de mortes 
no Brasil em 5 de junho

Dados sobre o coronavírus no Brasil nesta sexta-feira (5), segundo levantamento junto às secretarias estaduais de saúde.

Foram registradas 34.212 mortes provocadas pela Covid-19 e 621.877 casos confirmados da doença em todo o país.

Pacientes recuperados
Conforme as secretarias de Saúde, foram recuperadas 288.652 pessoas infectadas pelo Covid 19



Número de mortes no Brasil passa 
o da Itália e chega a 34.021

O Brasil superou a Itália em número de mortos por complicações da Covid-19 nesta quinta-feira (4). Com mais um recorde diário de mortes, o país acumula 34.021 vidas perdidas durante a pandemia e está atrás apenas do Reino Unido e dos Estados Unidos, segundo o balanço mais recente do Ministério da Saúde.

Os principais dados do ministério são:

34.021 mortes, eram 32.548 na quarta (3)

Foram 1.473 registros de morte incluídos em 24 horas

614.941 casos confirmados, eram 584.016 na quarta

Foram incluídos 30.925 casos em 24 horas

325.957 pacientes estão em acompanhamento (53 %)

259.963 pacientes estão recuperados (41,5 %)

O balanço da quinta-feira, que foi divulgado por volta das 22 horas, registrou também 366 mortes que aconteceram nos últimos 3 dias. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, há mais 4.159 suspeitas que estão sob investigação.

Fonte: Ministério da Saúde



De quem é a culpa na catástrofe 
da Covid-19 no Brasil?

Por J.R. Guzzo

Houve até agora muito pouca cobrança – no mundo oficial, entre os “formadores de opinião” e no resto do Brasil que costuma se manifestar a respeito de tudo – sobre as responsabilidades pela catástrofe da Covid-19 no Brasil. Alguém tem alguma culpa nessa tragédia?

Os fatos estão aí, à vista de todos. O número de mortos, segundo os números oficiais, já passou dos 33 mil. A economia do país está em ruinas; as estimativas mais moderadas calculam que o PIB de 2020 vai cair em torno de 7%. As medidas de controle tomadas até agora paralisaram a produção, o trabalho e a vida em sociedade, sem afetar em nada a evolução da doença. Três meses depois de ter começado, a epidemia está matando mais de mil pessoas por dia. O que os responsáveis pela administração pública têm a dizer sobre isso tudo? “Fique em casa”. Só isso e nada mais.

As responsabilidades em torno da Covid-19 estão muito claras: o STF, desde o começo, entregou aos estados e prefeituras a exclusividade na administração da epidemia; ninguém, no governo federal ou no Legislativo, tem o direito de mexer uma palha a respeito do assunto. O governo pode tirar dinheiro do Tesouro para pagar as despesas que as “autoridades regionais” mandam para cima dele; não há nenhum limite quanto a isso. Mas está proibido de fazer qualquer outra coisa, e se tenta fazer é ignorado, simplesmente, pelos 27 governadores e 5.500 prefeitos do Brasil.

Muito bem: na conta de quem, então, devem ser debitados as mais de 33.000 mortes da epidemia? Se as “autoridades locais”, como decidiu o STF, têm poderes de ditadura para fazer o que lhes dá na telha em relação à doença, também tem de ter a exclusividade nas culpas.

Quem manda e desmanda em relação à epidemia (no Brasil de hoje o cidadão morre de “coronavírus” por decreto do governador) acha que a culpa é da cloroquina, da população que não entende o “distanciamento social”, da falta de patriotismo e sabe lá Deus o que mais – de qualquer um, em suma, salvo deles próprios, que tomam todas as decisões. É óbvio que governadores e prefeitos estão obtendo resultados calamitosos na sua ação de combate ao vírus.

Os seus três meses seguidos de plenos poderes, seus confinamentos e proibições, suas multas e ameaças, suas agressões aos direitos individuais e suas compras sem licitação produziram, até agora, uma montanha de mortos. Talvez seus nomes fiquem na memória da população, quando vierem pedir votos outra vez.