terça-feira, 21 de abril de 2020



Brasil tem 2.741 mortes e 43.079 casos (3)

Balanço divulgado nesta terça-feira (21) apontou 166 óbitos a mais com relação ao dia anterior. Taxa de letalidade é de 6,4%.

O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (21) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:

2.741 mortes – na segunda, eram 2.575 (aumento de 6,4%)

43.079 confirmados – na segunda, eram 40.581 (aumento de 6,1%)

6,4% é a taxa de letalidade

São Paulo tem 1.093 mortes e 15.385 casos confirmados

22.991 recuperados

56,7% é a taxa de recuperação

Os estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo (1.093), Rio de Janeiro (461), Pernambuco (260), Ceará (215) e Amazonas (193).



Casos e número de mortes 
no Brasil em 21 de abril (2)

Coronavírus: três hospitais municipais de SP 
não têm vagas para pacientes da Covid-19

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 15h50 desta terça-feira (21), 41.325 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 2.629 mortes pela Covid-19.

As mortes estão concentradas nos estados de São Paulo (1.037), no Rio de Janeiro (422) e em Pernambuco (260), e crescem em ritmo acelerado: quase mil delas ocorreram nos últimos sete dias.

Sistema de saúde no limite
Dados da Associação Brasileira Médica apontam que, em um mês, médicos registraram 3.181 denúncias sobre falta de equipamentos de proteção individual (EPI) no atendimento a pacientes com Covid-19.

São Paulo, Rio e Porto Alegre são as cidades com mais registros de reclamações.

No estado do Rio de Janeiro, em quatro semanas, mais pessoas foram internadas por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que em todo o ano de 2019, segundo levantamento do G1 com base em dados da Fiocruz. Os dados, segundo especialistas, apontam para a subnotificação dos casos do novo coronavírus.

Em São Paulo, por outro lado, a fila de testes de Covid-19 que aguardam análise caiu de mais de 20 mil na semana passada para 4,1 mil nesta nesta segunda-feira (20), segundo informações do Instituto Butantan.

As unidades de terapia intensiva (UTI) de Manaus já chegavam ao seu limite de atendimento. Por falta de vagas e de pessoal, os hospitais já não conseguem atender todos os pacientes. O governo do estado declarou que o sistema de saúde do Amazonas está entrando em colapso.

Fonte: G1






Kim Jong-un pode estar à beira da morte, 
segundo inteligência americana

O estado de saúde do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, seria grave, após ele ter sido submetido a uma cirurgia cardiovascular, supostamente em 12 de abril. As informações são da CNN, que cita fontes da inteligência dos Estados Unidos. Apesar disso, devido ao fechamento do regime norte-coreano, não é possível ter certeza sobre o real estado de saúde de Jong-un, ressalva a mídia norte-americana.

Os rumores sobre a saúde do ditador começaram após ele não ter comparecido às comemorações de 15 de abril, data importante no país, quando se recorda o aniversário do avô, Kim Il-sung. Fatores como o tabagismo e a obesidade parecem afetar a saúde de Jong-un há algum tempo.

Ainda assim, já houve episódios anteriores em que o atual ditador não apareceu em público, mas nada havia ocorrido.

Autoridades do governo da Coreia do Sul afirmaram que não viram atividade fora do normal no país vizinho. Já uma fonte do governo americano confirmou que existe o rumor, mas disse que Washington não tem como confirmá-lo.

Outra autoridade do governo dos Estados Unidos afirmou que a Casa Branca sabia sobre relatos surgidos no fim da segunda-feira de que a saúde do ditador poderia estar frágil. A fonte disse que havia informações sobre uma cirurgia e que esta teve complicações, mas ressaltou que os EUA não têm nada para confirmar que essa cirurgia de fato ocorreu ou sobre eventuais complicações.

Fonte: Gazeta do Povo



Casos e número de mortes 
no Brasil em 21 de abril

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 11h10 desta terça-feira (21), 40.940 casos confirmados de infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 2.598 mortes pela Covid-19.

As mortes estão concentradas nos estados de São Paulo (1.037), no Rio de Janeiro (422) e no Ceará (206), e crescem em ritmo acelerado: quase mil delas ocorreram nos últimos sete dias.

Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no fim da tarde de segunda (20) indicava 40.581 casos e 2.575 mortes no país.



Clima ruim na política brasileira

Por J.R. Guzzo

Há um clima ruim na política brasileira, possivelmente o pior até onde a memória alcança nos anos mais recentes. Já não estava bom antes da chegada do coronavírus ao Brasil, por volta de dois meses atrás, com o conflito cada vez mais aberto, mais rancoroso e mais intransigente entre o governo do presidente Jair Bolsonaro, de um lado, e as chefias que dão o tom à atuação do Congresso Nacional, de outro. O Judiciário, no meio, não tem a confiança de nenhuma das duas partes, e menos ainda da população; não tem estatura, nem moral, para mediar nada. Agora, com o desastre trazido pela epidemia, a disputa ficou ainda mais perniciosa. Será tão ruim quanto o vírus se ela degenerar em guerra.

É verdade que não se pode subestimar os altos teores de mentira que envolvem o presente confronto; é possível, de um lado e do outro, que haja mais gente fazendo cena para a plateia do que operando a sério para virar a mesa. Mas, do ponto de vista das cenas exibidas ao público, nunca a situação pareceu tão complicada como agora. Vai se ver mais adiante, inevitavelmente, se isso é mais uma batalha de Itararé, a que nunca aconteceu, ou se é uma briga à vera. No momento, o que temos é um estado de hostilidade declarada entre os poderes.

Este domingo foi um marco. Em Brasília, para surpresa e susto de muita gente, o presidente da República decidiu discursar diante de uma multidão que se juntou em frente ao Quartel General do Exército – logo onde – pedindo “intervenção militar já”, fechamento do Congresso e do STF, a volta do Ato Institucional número 5, que boa parte dos manifestantes nem saberia explicar direito o que foi, e por aí afora. De cima de uma caminhonete, cercado por um cordão de isolamento composto por cerca de 200 militares do Exército, Bolsonaro veio com artilharia pesada. “Nós não vamos negociar nada”, disse ele. “Temos de acabar com essa patifaria. Esses políticos têm de entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro.”

Foram as palavras mais pesadas que Bolsonaro já utilizou em público desde o começo da briga com o Congresso. “É o povo no poder”, resumiu ele, enquanto oficiais do Exército tiravam selfies e sorriam para a multidão. Foi uma maneira de dizer ao mundo político que, no seu entendimento, a massa da população está com ele, e não com os deputados, senadores e magistrados – e que pretende apostar no apoio da rua para enfrentar o inimigo. Parece convencido, também, que as Forças Armadas estão fechadas com ele. (No mesmo momento, o general Edson Pujol, comandante do Exército, declarou que a epidemia é “uma das maiores crises vividas Brasil nos últimos tempos”. A “força terrestre está em sintonia com as necessidades e aspirações do país” disse ele. “Somos 220.000 combatentes dispostos a lutar”.)

O general Pujol estava falando da disposição dos militares em combater o vírus, mas é pouco provável que o Exército tenha se empenhado a sério em dissuadir os organizadores da manifestação de escolherem justamente o espaço púbico em frente ao Quartel General para pedir o fechamento do Congresso e do Supremo. Há o direito constitucional à livre expressão, é claro, e as Forças Armadas não podem impedir que as pessoas se manifestem – mas por enquanto ninguém ainda viu os militares assinarem proclamações de apoio ao deputado Rodrigo Maia, ou ao presidente do Senado, ou aos altos magistrados dos nossos tribunais superiores.

Se não podem contar com a devoção das Forças Armadas, muito menos é o povo nas ruas que vai salvar os políticos numa briga de verdade, não é mesmo? Nem eles acreditam nisso. A coisa realmente não está boa.