segunda-feira, 20 de abril de 2020



Brasil tem 2.845 mortes e 
40.581 casos, diz ministério

Balanço foi divulgado nesta segunda (20) e apontou 
383 óbitos a mais que o total do dia anterior, o que 
equivale a um aumento de 15,5%. 
Taxa de letalidade é de 7%

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda (20) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:

2.845 mortes – no domingo, eram 2.462, aumento de 15,5% e 383 óbitos a mais

40.581 confirmados – no domingo, eram 38.654, aumento de 5%

7% é a taxa de letalidade

São Paulo tem 1.037 mortes e 14.580 casos confirmados

Estados com mais mortes confirmadas são: São Paulo (1.037), Rio de Janeiro (422), Pernambuco (234), Ceará (198) e Amazonas (185).


Preço do petróleo americano opera 
negativo pela primeira vez na história

Operadores do mercado de energia estão se livrando 
freneticamente dos contratos de maio do petróleo dos 
Estados Unidos, que estão prestes a expirar

A cotação do petróleo dos Estados Unidos despencava nesta segunda-feira (20) e operava no terreno negativo, no menor nível da história, com operadores do mercado de energia se livrando freneticamente dos contratos com vencimento em maio, diante da falta de armazenamento para a commodity.
Com o preço em terreno negativo, os produtores estão pagando para que o produto permaneça estocado.

Por volta das 15h25 (horário de Brasília), o barril americano West Texas Intermediate (WTI) perdia 108,70% e era negociado a -US$ 1,59 a unidade. Ao mesmo tempo, o barril de Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, recuava 7,19%, a US$ 26,06 o barril.

O enorme spread se abriu por causa de um excesso de petróleo no mercado americano em um momento em que a demanda recua 30% devido à pandemia de coronavírus. Na semana passada, a Administração de Informações sobre Energia dos EUA informou que as reservas de petróleo subiram 19,25 milhões de barris.

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.

Busca por compradores
O contrato de barril de WTI para entrega em maio termina em breve, o que significa que aqueles que o assinaram têm de encontrar compradores físicos. Com o aumento das reservas nos Estados Unidos nas últimas semanas, o que significa que terão de baixar seus preços.

Como resultado, operadores de contratos futuros, que geralmente conseguem passar com tranquilidade do contrato vencido para o próximo, estão encontrando poucos compradores dispostos a receber os barris do vencimento maio. Conforme mais traders tentavam se livrar do contrato, ele entrou em colapso.

Fonte: G1


Casos e número de mortes no Brasil em 20 de abril  (2)

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 12h30 desta segunda-feira (20), 39.384 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 2.504 mortes.

Nesta manhã, o Tocantins registrou a segunda morte: o empresário Erlim de Andrade, de 68 anos, estava internado em um hospital particular de Goiânia e morreu na madrugada. O governo do estado confirmou que o caso será registrado no município de origem do paciente, em Paraíso do Tocantins.

Rio Grande do Sul alcançou 889 casos e 27 mortes em 98 municípios. No Ceará, o vírus já chegou a 100 cidades, infectou 3.453 pessoas e matou 189Pernambuco já acumula 234 mortes e 2.690 casos confirmados.



Casos e número de mortes 
no Brasil em 20 de abril

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 6h40 desta segunda-feira (20), 39.144 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 2.484 mortes.

Balanço divulgado pelo Ministério da Saúde no fim da tarde de domingo apontava 38.654 casos no país e 2.462.

Neste domingo (20), o estado de São Paulo, onde há o maior número de contágios no país, chegou à marca de mil mortes, com 24 novos óbitos. O total de casos confirmados no estado foi de 14.267.

Em várias capitais do país, a oferta de leitos vem diminuindo. No Amazonas, por exemplo, os hospitais públicos já entraram em colapso.
Em Manaus, até nas unidades básicas de saúde, há pacientes em estado grave.

Na quinta-feira (16), o Ceará já havia se tornado o primeiro estado a ter ocupação total dos leitos de unidade de terapia intensiva. No Rio de Janeiro, quatro emergências já estão sem vagas.



Caixa paga hoje auxílio emergencial a 6,15
milhões de beneficiários do Bolsa Família

Pagamentos para quem recebe Bolsa Família serão 
creditados de acordo com o número do benefício, e calendário 
segue até o final do mês

Caixa Econômica Federal segue com o calendário de pagamentos do auxílio emergencial de R$ 600. Nesta segunda-feira (20), serão creditados os pagamentos para 6.154.392 pessoas, entre beneficiários do Bolsa Família e inscritos via aplicativo e site, que vão receber por meio de poupança digital da CEF.

Até as 21h de sexta-feira, já haviam sido pagos R$ 11,36 bilhões para 16,6 milhões de brasileiros. Entre os que já receberam a primeira parcela do benefício, estão 9,29 milhões de inscritos Cadastro Único que não recebem Bolsa Família; 3,85 milhões de beneficiários do Bolsa Família; e 3,44 milhões de cadastrados via aplicativo e site que já tinham conta poupança na Caixa. No sábado, a Caixa creditou ainda o benefício para outros 1,4 milhão de inscritos via app e site.

Ao todo, 45,2 milhões de pessoas já haviam sido aprovadas para receber o auxílio emergencial, segundo a Dataprev.




Bolsonaro participa de manifestação 
e afirma que “acabou a patifaria”

Por Alexandre Garcia

Ontem nas manifestações houve uma presença muito significativa, a do presidente Jair Bolsonaro. Lá na frente do QG do Exército, os manifestantes foram para lá e ele resolveu ir também. Só a presença dele significou mais que as palavras. O presidente subiu em cima de uma caminhonete, deu de novo o mesmo recado ao Rodrigo Maia, dizendo que não vai negociar coisas com ele. Um tipo de diálogo, esclareceu mais tarde Bolsonaro na CNN, que Rodrigo Maia quer, mas que ele não quer. É aquela história de ceder cargos do Executivo para deputados e senadores em ministérios, estatais - para partidos políticos principalmente.

Disse que o povo está com ele, que o que tinha de velho ficou para trás e que acabou a época da patifaria, e que a obrigação de lutar pelo país é do povo, com base na democracia e liberdade. Disse também para o povo que estava lá: “Chega da velha política! Juramos dar a vida pela Pátria”. Significativamente estava atrás dele, respaldando o presidente, a fachada do QG do Exército. Eu achei estranha a presença dele em uma manifestação política na frente do QG do Exército, mas ele decidiu dar esse significado; afinal é o comandante supremo das Forças Armadas. Aconteceram manifestações assim na frente de instalações militares pelo país inteiro.

Diretor da OMS respalda Bolsonaro
Bom, eu estava ouvindo de novo - porque quase não acreditei - uma declaração do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, que parecia o presidente Bolsonaro falando três semanas atrás. Ele, o diretor-geral da OMS, disse que nem todos os países são iguais. Países ricos que têm recursos podem fechar tudo, mas países mais pobres que têm grande parte da população na pobreza, não. Aqui eu vi 75 milhões de pessoas saíram atrás de R$ 600,00 [da contribuição do governo]. Então, com essas populações não é justo; que aquele que trabalha para alimentar uma família no dia a dia não possa trabalhar, que a criança fique em casa correndo até risco de abusos e perca a comida da merenda escolar, que o “fique em casa” seja à custa dos direitos humanos. Isso saiu da boca, não do presidente Bolsonaro, mas do diretor-geral da OMS, órgão da ONU.

Coronavírus: Brasil x EUA 
Eu estava comparando números do coronavírus. Os Estados Unidos, com 40 mil mortos, têm 300 milhões de habitantes. O Brasil que tem menos, pouco mais de 200 milhões de habitantes, está com menos de 2,5 mil óbitos. Será que isso significa que a nossa medicina é muito melhor que a medicina americana, cheia de prêmios Nobel? Acho que não. Talvez sejam as características diferentes da população ou do clima dos países.

Então a gente não pode fazer igual a países do hemisfério norte que têm outro tipo de aglomeração, outro tipo de faixa etária, outros tipos de hábitos alimentares, outro tipo até de etnia. Aqui nós teríamos de ter, se comparados com os Estados Unidos, na mesma proporção, 26 mil mortos e a gente não chega a 2,5 mil. Não tem um décimo disso. Só para a gente pensar a respeito do tratamento.

Aliás eu estou vendo aqui, o único número que é ponderável é o número de mortos. O número de infectados, diz respeito aos exames que foram feitos e que deram positivo. É provável que haja milhões de infectados no Brasil que nem ficaram sabendo. Mas esses números estão mais ou menos estáveis; não estão subindo: 99, depois 105, depois 204, depois 204 de novo, depois cai para 188, depois sobe para 206, agora caiu para 115.

Tudo isso é para gente pensar a respeito da maneira de conduzir a pandemia aqui. Eu vejo que não se pode abrir e superlotar hospitais, mas não se pode manter tudo parado e deixar os hospitais ociosos. Então é preciso encontrar um meio termo, sensato, inteligente, e de acordo com a situação do país. Não é apenas sair prendendo gente que está na rua, isso aí é terrível. Isso até a OMS condena: a agressão a direitos humanos em nome do “fica em casa”.