sexta-feira, 17 de abril de 2020



Brasil tem 2.141 mortes e 33.682 casos

Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (17) o mais recente balanço dos casos de coronavírus no Brasil. Os principais dados são:

2.141 mortes, na quinta eram 1.924, aumento de 11,2%

33.682 casos confirmados, eram 30.425, aumento de 10,7%

Em 7 dias, foram mais 1024 mortes confirmadas, aumento de 90,4%

Total de 2 mil mortes é verificado um mês depois de a 1ª morte ser confirmada no Brasil

São Paulo tem 928 mortes e 12.841 casos confirmados



Tem muita gente usando o coronavírus 
para enfraquecer o governo

Por Alexandre Garcia

Temos um novo ministro da Saúde. Vamos ver se agora acaba o tititi, os mexericos da Candinha. Acho que não vão acabar, porque tem muita gente usando o coronavírus para enfraquecer o governo.

São pessoas que já em outros governos não aceitaram o resultado das eleições. Isso faz parte do totalitarismo que é intrínseco a eles. Há certas ideologias que não suportam uma eleição se ela não convir.

Nelson Teich, 62 anos, o novo ministro, é um médico oncologista. Ele tem PhD pela universidade de York, na Inglaterra. O médico tem seis filhos, e um deles é superintendente de economia da saúde no Albert Einstein.

A Sociedade Brasileira de Cancerologia mandou um ofício para o então ministro Mandetta dizendo que não há problemas em tratar pacientes com os primeiros sintomas de coronavírus com cloroquina.

Mas os “pró-coronavírus” dizem que esse remédio tem sérias restrições. Claro que os testes são com doses maiores dos que as recomendadas e é por isso que o medicamento causa reações adversas.

O que a gente espera agora é que esse radicalismo acerca do isolamento horizontal seja calibrado com sensatez, técnica, sem influências políticas. Foi o que deu a entender o novo ministro da saúde quando apresentado pelo presidente Bolsonaro.

O ministro Mandetta fez a sua parte no momento em que ninguém entendia bem sobre a Covid-19. Agora as pessoas começam a entender um pouco sobre a doença, mas ainda existem muitas surpresas.

Por exemplo, esse vírus ataca o sangue produzindo muito ferro, substância que vai para o pulmão e assim há as complicações respiratórias. Em um de seus artigos, Teich fala sobre a histeria em que nos envolveram.

Estão usando o pânico como massa de manobra contra o governo. Infelizmente em torno dessa doença tem muita política, muita segunda, terceira, quarta intenção, que não é a vida, nem a saúde física e financeira das pessoas.

A conta da paralisação
Nós vamos pagar essa conta dessa paralisação na atividade econômica. Os que são ligados aos governos não estão pagando nada. Os governadores e prefeitos são os responsáveis pelas consequências do isolamento.

Segundo o Supremo Tribunal Federal, esses chefes de governos vão receber indenizados da União pela queda de arrecadação. A União não vai ter dinheiro para pagar esses valores e vão precisar cobrar mais impostos. Não tem outra saída.

Aqueles que não vendem mais, não produzem mais, ou precisam jogar fora os alimentos que colhem, não têm mais dinheiro para alimentar os filhos. Esses saberão quem são os causadores dessa situação.

Os números da Covid-19
As mortes por coronavírus pararam de crescer. Na terça-feira (14) e na quarta-feira (15) foram 204 óbitos e na quinta-feira (16) caiu para 188 mortes. Tomara que seja uma tendência.

Para acabar logo com a crise tem que aumentar a quantidade de infectados e imunizados pela Covid-19 e assim diminuir o número de mortes no momento em que a gente vai dominando o tratamento.


Numero de mortes no Brasil em 17 de abril


As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 6h20 desta sexta-feira (17), 30.961 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 1.956 mortes.

No início da madrugada, o Pará confirmou mais cinco mortes de pacientes infectados e registra até o momento 26 óbitos por Covid-19. São 557 casos confirmados no estado.

São Paulo registra 853 mortes em todo o estado provocadas pela doença e 11.568 casos confirmados. O Rio de Janeiro tem 3.944 casos e 300 mortes.



O que o brasileiro mais quer 
é que a Covid-19 vá embora

Por J.R. Guzzo

Lá se foi, enfim, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O que estava fazendo ainda no cargo é coisa que não sabe; há semanas ele vive em conflito aberto com o presidente Jair Bolsonaro, e em regime presidencial ministro não pode fazer isso, e nem o presidente pode aceitar que faça. Fim da linha, portanto.

A demora de duas ou três semanas na demissão se deve, provavelmente, à dificuldade natural de se encontrar um ministro da Saúde à esta altura dos acontecimentos, com o coronavírus deitando e rolando, os meios de comunicação anunciando “mais tantos mortos” hoje e a população, em grande parte, tomada por um medo de morrer que nunca havia se manifestado desta forma até hoje. Quem quer segurar esse rojão? Mas ministério, por natureza, nunca fica vazio. A pergunta é: o sucessor vai ser melhor que o antecessor?

Essa é, no fundo, a única questão que interessa a população. Como em geral acontece em trocas de ministro, o cidadão não está muito preocupado com esse ou aquele nome – não é como num time de futebol, onde cada torcedor tem o seu preferido para centroavante ou lateral direito.

Na verdade, o público não tem a menor ideia de quem são os doutores que estão nas manchetes; nunca soube quem foi esse Mandetta, nem quem é Nelson Teich, seu sucessor, e amanhã já terá esquecido de ambos. O que a população quer, mais que já quis qualquer outra coisa nos últimos anos, é que a peste vá embora. Com A, B ou C no ministério, tanto faz: quem tem de ir embora é o vírus.

Parece fútil, assim, ficar tentando adivinhar se o governo “ganha” ou “perde” politicamente no episódio, pois o que importa é como vai ser a evolução da epidemia. Também não se vai longe com essas dúvidas quando se leva em conta que não havia outra decisão possível, na vida real do aqui e do agora, do que demitir o ministro; não dava para continuar vendo os dois, Bolsonaro e Mandetta, discutindo em público todo o dia diante de uma calamidade dessas.

Ou o presidente e o seu ministro tem a mesmíssima posição sobre como enfrentar o problema, ou um dos dois tem de ir embora. O presidente só pode ir em 2022; então tem de sair quem pode ir já.

Mandetta, segundo a maioria dos julgamentos, parece ter ido bem no começo da crise. Foi elogiado, em geral, por aliados e adversários do governo. Fez, tanto quanto se saiba, o que um ministro podia fazer quando a epidemia chegou ao Brasil. Buscou um equilíbrio entre a turma do “fecha tudo” e a turma da “gripezinha”. Não se afobou, nem inventou moda e nem se inscreveu num dos dois partidos políticos que funcionam hoje no Brasil – o PPV e o PCV, o Partido Pró Vírus, ou “da oposição”, e o Partido Contra o Vírus, ou “do governo”.

O problema é que não deu para continuar nessa trilha. O vírus cresceu, ficou mais forte que a prudência, passou por cima da habilidade, moderação e outras virtudes semelhantes e levou o ministro, inevitavelmente, a pender mais para um lado. O presidente da República, por sua vez, pendeu para o outro. Deu nisso.

É pouco provável, no ambiente de desordem legal, de partidarismo e de interesses criado no Brasil por conta da Covid-19, que alguma autoridade, em qualquer nível, seja capaz de exercer um papel realmente decisivo no combate à doença. Dentro de mais algumas semanas vai se ver, na prática, se a situação está piorando, parou de piorar ou começou a melhorar - não há outra possibilidade.

Nos “cenários” benignos, os dois lados vão dizer que estavam com a razão: “Ganhamos do vírus”. No cenário do horror, um jogará a culpa no outro, e nenhum dos dois vai ganhar nada.