Os dois tipos de
quarentena
que estão ocorrendo no Brasil
Por Alexandre Garcia
Vocês notaram que nessa
quarentena existem dois tipos de separações que agridem a justiça social? Tem
quem está bem abonado e que tem reservas no banco. Está em casa, pega o celular
e faz transferências bancárias, recebe tudo em casa sem preocupação.
Tem também quem precisa
trabalhar para ter dinheiro para alimentar os filhos e estão na rua buscando
renda de alguma forma. Ou está implorando sob chuva em filas da Caixa
Econômica, como aconteceu no Maranhão.
Até mesmo atividades de
produção de alimentos. Os maiores estão exportando carne para a China, com o
dólar nas alturas. Já os menores estão jogando fora a própria mercadoria,
porque as feiras não estão funcionando.
Por outro lado, eu vejo
que o brasileiro que vai pagar o imposto, que vai sustentar a arrecadação das
prefeituras, dos estados e da União. A União vai ter que compensar os estados e
os municípios pela perda de arrecadação.
A União vai ter que tirar
essa verba de algum lugar, ou seja, dos nossos impostos. Não existe outro
lugar. A China não vai decidir indenizar os países que ficaram enfraquecidos na
economia por conta do vírus.
Tem o pessoal que está com
a folha de pagamento garantida e o outro pessoal que tem que correr atrás para
pagar imposto e a comida dos seus filhos. Essa falta de justiça social aparece
agora.
O uso da
cloroquina
A Sociedade Brasileira de
Cancerologia mandou um ofício para o ministro Luiz Henrique Mandetta. Nela, o
órgão afirma que o uso da cloroquina é benéfico. Eles até mencionam qual seria
a dose adequada.
O Correio da Manhã, no dia
27 de outubro de 1918, noticiava que 519 pessoas já tinham morrido de gripe
espanhola no Rio de Janeiro. Eles entrevistaram o doutor Carlos Chagas, um dos heróis
da medicina brasileira.
Chagas disse “a quina é um
antiinfeccioso geral e aconselho o seu emprego. Uso em meus pacientes e na
minha própria família. Não é específico para essa gripe, porque isso não
existe, mas é um medicamento muito recomendável”.
O medicamento já tem toda
uma história. Mas está cheio de gente que, por razões políticas e ideológicas,
quer impedir que as pessoas sejam tratadas com a hidroxicloroquina e se curem.
É só dar uma olhada nos
hospitais Einstein e Sírio Libanês para ver o índice de sobrevivência com o
remédio. São 400 casos e uma morte. Já no hospital público não é bem assim
porque demora.
Por exemplo, o caso do
motorista de Uber que eu venho comentando. O sujeito foi mandado para casa, ele
ficou até o último momento, o que ampliou a gravidade do caso. Depois de um
tempo já não tem mais como reverter a situação.
As últimas informações que
eu tenho do motorista é que ele ainda está em estado grave, mas está se
recuperando, com o uso da cloroquina combinado com outros medicamentos.
Rasgaram a
Constituição
As Câmaras Municipais, as Assembleias
Legislativas e o Ministério Público já deram uma lida no artigo 5°,
cláusula pétrea, da Constituição que fala sobre a liberdade de locomoção, por
exemplo?
Esses órgãos públicos já
descobriram que os chefes do Executivo, tanto municipal, quanto estadual,
rasgaram a Constituição? Eles cometeram, portanto, um sério crime de
responsabilidade.