terça-feira, 7 de abril de 2020



Brasil tem 13.717 casos
 confirmados e 667 mortes
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça (7) uma nova atualização sobre a expansão do coronavírus no Brasil. O país tem 13.717 casos da doença, com 667 mortes. Até agora, 4,9% dos pacientes diagnosticados com coronavírus morreram no Brasil. São Paulo tem 371 mortes, e o Rio de Janeiro, 89. Em seguida, com maior número de mortes, vêm os estados de Pernambuco, com 34, e Ceará, com 31.

Juiz bloqueia fundos partidário e eleitoral 
e libera para combate ao coronavírus
O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara Federal Cível de Brasília, determinou, nesta terça (7), o bloqueio dos fundos eleitoral e partidário, cujos valores não poderão ser depositados pelo Tesouro Nacional, à Disposição do Tribunal Superior Eleitoral. Na mesma decisão, afirmou que o montante fica à disposição do governo Jair Bolsonaro para ser usado "em favor de campanhas para o combate à Pandemia de Coronavírus - COVID19, ou a amenizar suas consequências econômicas". Segundo o magistrado, a "pandemia que assola toda a Humanidade é grave, sendo descabidas, aqui, maiores considerações sobre aquilo que é público e notório". De acordo com o juiz, os "sacrifícios que se exigem de toda a Nação não podem ser poupados apenas alguns, justamente os mais poderosos, que controlam, inclusive, o orçamento da União". "Nesse contexto", escreve Catta Preta Neto, "a manutenção de fundos partidários e eleitorais incólumes, à disposição de partidos políticos, ainda que no interesse da cidadania, se afigura contrária à moralidade pública, aos princípios da dignidade da pessoa Humana, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e, ainda, ao propósito de construção de uma sociedade solidária".



Casos no Brasil em 7 de abril (2)

Secretarias estaduais de saúde contabilizam 12.610 infectados em todos os estados e 586 mortos.

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 15 horas desta terça-feira (7), 12.610 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 586 mortes pela Covid-19.

A Bahia confirmou sua 11ª morte nesta manhã: um homem de 64 anos que estava internado em um hospital público de Salvador. Ele era diabético e tinha problemas cardíacos. Amazonas está com 23 mortos pela doença e no Maranhão o número de mortos passou de 4 para 8.

No Ceará são 35 mortos pela Covid-19 e Minas Gerais tem registro de 11 mortes. Pernambuco chegou aos 352 casos e 34 mortos pela doença, e o Amazonas alcançou 636 casos.

Fonte: G1



Presidente do Solidariedade, Paulinho da Força 
é denunciado por corrupção
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro envolvendo a Odebrecht. Citado na delação da empreiteira, o parlamentar é acusado de receber propina de R$ 1,8 milhão em espécie para atuar a favor dos interesses da companhia. De acordo com a PGR, o destino do "dinheiro de corrupção" foi o "bolso" do próprio deputado. Segundo a denúncia, em quatro ocasiões ao longo de 2014, Paulinho cobrou e recebeu "vantagens indevidas". Em sua defesa, o deputado informou que todas as contribuições recebidas da Odebrecht "pelo partido foram regularmente declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Osmar Terra nega ter sido convidado por 
Bolsonaro para assumir lugar de Mandetta
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) negou nesta terça-feira (7) ter recebido convite do presidente Jair Bolsonaro para ocupar o lugar do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Terra disse que apenas foi chamado por Bolsonaro para almoço no Palácio do Planalto para tratar do uso da hidroxicloroquina. "É melhor que o ministro Mandetta se afine com o presidente. Acho que não precisa trocar ministro. Não sou candidato. Pode ser qualquer um, se tivesse que trocar. Tem muita gente competente aí, mais competente do que eu", disse, em entrevista ao apresentador Datena, na Rádio Bandeirantes. Ex-ministro da Cidadania, Terra concorda com Bolsonaro e defende "experimentar" hidroxicloroquina para pacientes com sintomas iniciais da Covid-19.

Caixa lança canais de cadastro para 
auxílio emergencial de R$ 600
A Caixa Econômica Federal lançou, na manhã desta terça-feira (7), os canais para cadastramento dos trabalhadores informais que não estão no Cadastro Único, mas precisam receber o auxílio informal de R$ 600. Em coletiva de imprensa, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, afirmou que o aplicativo que permite o cadastro já está disponível para celulares com sistemas Android e iOS (saiba identificar o original). Inicialmente, o download só estava disponível para os celulares do sistema iOS, mas o problema foi corrigido. O trabalhador também pode se inscrever por meio de um site, que apresentava instabilidade na manhã desta terça (7).

No TSE, grupo avalia condições 
para realizar eleições em outubro
Um grupo de trabalho para avaliar as condições para a realização das eleições municipais em outubro, diante da pandemia do novo coronavírus, foi criado pela presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. O ato está alinhado a declarações de seu sucessor na presidência da Corte, Luís Roberto Barroso, que disse considerar prematuro o debate por causa da crise, mas admitiu a possibilidade de adiar de outubro para, no máximo, dezembro. O grupo será composto por um representante do Gabinete da Presidência do TSE; um representante do Gabinete da Vice-Presidência; um da Corregedoria-Geral Eleitoral; um da Diretoria-Geral; um da Secretaria de Tecnologia da Informação; e um da Assessoria de Gestão Eleitoral. O grupo poderá solicitar informações aos Tribunais Regionais Eleitorais.



Bolsonaro deveria dizer, em público, 
que é a favor daquilo que é contra

Por J.R. Guzzo

Agora, para esse caso do coronavírus, já é tarde demais. Mas para uma próxima vez, se houver uma próxima vez, o presidente Jair Bolsonaro deveria fazer exatamente o contrário do que fez, se quiser sair no lucro numa disputa desse amanho. É simples: basta dizer, em público, que ele é a favor daquilo que é realmente contra, em particular – ou vice versa.

O senhor quer que aconteça “A”, presidente? Então diga que quer que aconteça “Z”. As forças vivas da nação, de Fernando Henrique ao PCC, de Rodrigo Maia a Dilma Rousseff, do STF à Assembleia Geral da ONU, e assim por diante, vão cair matando em cima do que Bolsonaro disser, seja lá o que for. Pronto: daí fica todo mundo contra o que ele, na verdade, também é contra, e a favor do que ele, em segredo, é de fato a favor

Se Bolsonaro tivesse saído por aí dizendo que o Brasil tinha de se submeter a um confinamento radical – todo mundo trancado em casa, fecha tudo, para tudo, mata, prende e arrebenta - não haveria mais, já há muito tempo, confinamento nenhum neste país. Tinha de dizer, também, que qualquer sugestão de que existe algum tratamento médico possível para o Covid-19 é mentira, traição e coisa de comunista.

Em suma: precisava fazer o que os seus inimigos, sobretudo os que se enxergam como grandes forças na campanha eleitoral de 2022, querem que seja feito. Daí o Brasil voltava a funcionar, na hora.

É verdade que o presidente ia ser acusado de genocídio, e denunciado pelos “juristas brasileiros” nas “cortes internacionais de justiça” por crimes contra a humanidade; ele estaria obrigando os 200 milhões de brasileiros a saírem de casa, irem trabalhar e se contagiarem com o coronavírus, para exterminar a população e ficar mandando no Brasil sozinho, junto com o gabinete do ódio.

Mas e daí? Ele já está sendo acusado de fazer justamente isso. Em compensação, a epidemia estaria sendo tratada pelos médicos e pela ciência, e não pelo guarda noturno e gigantes como os governadores Witzel, Doria, Caiado, Barbalho e mais do mesmo.

O coronavírus, no Brasil, conseguiu o fenômeno de rebaixar questões da química, da farmacologia e da aptidão de gerir a saúde pública ao nível moral dos seus políticos – sobretudo dos governadores, prefeitos e fiscais que todo brasileiro sabe, muito bem, quem são e para o que servem.

Gerou uma massa de mentiras como nunca se viu antes, possivelmente, na história deste país. Levou os meios de comunicação a abrirem mão da lógica, renunciarem ao dever de informar ao público e divulgarem alguns dos mais espetaculares disparates que alguém pode ter lido na vida – como o de que a epidemia pode causar “mais de 600.000 mortos” no Brasil se as medidas de confinamento forem “relaxadas”. Todos, de uma forma ou de outra, se engajaram numa causa que acabou por se tornar maciçamente política – a campanha para impedir a reeleição do atual presidente em 2022.

Bolsonaro pode ser um péssimo presidente. Pode ser, para quem não gosta de nenhum aspecto do seu comportamento, das suas posições ou da sua própria existência, o pior de toda a história do Brasil – passada e futura. Mas a solução para tudo isso está em construir uma candidatura de oposição coerente, ir às urnas e ganhar dele. Tirar vantagem pessoal da desgraça comum, como estão fazendo tantos dos nossos políticos, apenas coloca mais um prego no caixão dessa democracia falida que há por aí.



Casos no Brasil em 7 de abril

Secretarias estaduais de saúde contabilizam 12.240 infectados em todos os estados e 567 mortos. Pernambuco confirma morte de adolescente de 15 anos, o mais jovem até agora.

As secretarias estaduais de Saúde divulgaram, até as 8h desta terça-feira (7), 12.240 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2) no Brasil, com 567 mortes pela Covid-19.

A Bahia confirmou sua 11ª morte nesta manhã: um homem de 64 anos que estava internado em um hospital público de Salvador. Ele era diabético e tinha problemas cardíacos.

Na segunda-feira, (6) o Acre registrou a primeira morte e, agora, apenas o Tocantins não apresenta casos fatais.

Veja alguns dados sobre a Covid-19 no Brasil até as 6h20 desta terça:

São Paulo é a cidade com mais casos: 4.886

Além de São Paulo, Rio de Janeiro (1.110 casos) e Fortaleza (925 casos) aparecem na frente como cidades com mais registros da doença
Tocantins é o único estado que não registrou mortes

O mais jovem a morrer foi um adolescente de 15 anos

O mais idoso a morrer foi um homem de 96 anos, no Rio das Ostras (RJ), no dia 25 de março

Coronavírus no mundo

A China não registrou morte por Covid-19 nas últimas 24 horas, algo inédito desde o início da publicação de estatísticas sobre a epidemia do coronavírus em janeiro, informaram as autoridades de saúde nesta terça-feira.

O país asiático, onde o novo coronavírus, o Sars-Cov-2, surgiu no fim de 2019, informou sua primeira morte por Covid-19 no dia 11 de janeiro. Desde então, registrou 3.331 óbitos.

Porém, o número diário de mortes está caindo há semanas e na segunda-feira (6) G1 ocorreu apenas uma morte.

Fonte: G1