Brasil tem 77 mortos
O Ministério da Saúde
anunciou nesta quinta-feira (26) que outras 20 pessoas morreram no Brasil em
decorrência da Covid-19. Esse é, até agora, o maior número registrado de óbitos
em um único dia no país. Há 2.915 casos confirmados da doença até agora, um incremento
de 20% em relação ao dia anterior. Por enquanto, o país contabiliza 77 óbitos
no total (o que representa 2,7% do total de casos confirmados). Segundo o
ministério, a maioria das pessoas que morreram tinha mais de 70 anos. Seis em
cada dez vítimas fatais tinham também problemas cardíacos e quatro em cada dez,
diabetes. O ministério também informou que 194 pacientes da Covid-19 se
encontram em UTIs.
Câmara aprova ajuda de R$
600
para informais e autônomos
O projeto de lei que prevê
auxílio mensal de R$ 600 para trabalhadores que estão fora do mercado formal
foi aprovado pela Câmara dos deputados em sessão virtual na noite desta
quinta-feira (26). Devem receber o valor os profissionais autônomos e também
trabalhadores informais, os mais afetados pela crise do coronavírus em
decorrência do isolamento social orientado por especialistas da área de saúde.
O auxílio será concedido durante três meses para as pessoas de baixa renda
afetadas pela crise sanitária e de acordo com o relator, deputado Marcelo Aro
(PP-MG), o auxílio poderá chegar a R$ 1.200 - como no caso de mulheres
provedoras de família. De acordo com nota divulgada pelo governo federal, o
valor proposto pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo Congresso deverá
beneficiar mais de 24 milhões de brasileiros. Ainda conforme o posicionamento
do Planalto, a provação da medida "é uma demonstração cabal do bom
relacionamento entre os dois Poderes da República para encontrar soluções
imediatas que afligem a população brasileira". A proposta segue agora para
o Senado. Mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro havia adiantado que o valor
seria majorado; as discussões entre os deputados apontavam que o valor seria de
R$ 500, já o montante inicial anunciado pela equipe econômica do Planalto era
de R$ 200.
Governo lança campanha com
slogan
“O Brasil não pode parar”
O governo federal prepara
uma campanha em meio à pandemia do novo coronavírus. O perfil oficial do
Instagram da Secretaria de Comunicação da Presidência da República compartilhou
uma mensagem com slogan “o Brasil não pode parar”, apesar das recomendações do
próprio Ministério da Saúde e da OMS para manter o distanciamento social. A
publicação traz um texto que afirma serem raros os casos "de vítimas
fatais do #coronavírus entre jovens e adultos”, cita que as mortes
ocorrem na maioria dos casos em idosos e ressalta que “é preciso proteger estas
pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco". O texto encerra com a
recomendação de manter distanciamento e “com cuidado e consciência, voltar à
normalidade”
Câmara aprova dispensa de
atestado
médico para faltas por covid-19
A Câmara aprovou nesta
quinta-feira (26) em suau segunda sessão virtual da história, um projeto que
dispensa o trabalhador infectado por coronavírus de apresentar atestado médico
para justificar a falta e garantir o recebimento de salário. O objetivo é evitar
uma corrida aos hospitais para quem tem sintomas leves apenas em busca do
atestado e conter a propagação o vírus. A matéria precisa ser aprovada pelo
Senado para virar lei. A proposta, de autoria do deputado Alexandre Padilha
(PT-SP), garante afastamento por sete dias, dispensado o atestado médico. Em
caso de quarentena imposta, o trabalhador poderá apresentar, a partir do oitavo
dia, documento eletrônico regulamentado pelo Ministério de Saúde ou documento
de unidade de saúde do SUS.
Deputados propõem corte
nos próprios salários
Ao menos seis propostas
foram apresentadas na Câmara dos Deputados com a previsão de usar parte dos
salários dos parlamentares federais com o objetivo de injetar recursos no
enfrentamento à Covid-19. Três dos projetos de decretos legislativos preveem
corte de 50% nos subsídios: seriam mais de R$ 10,5 milhões ao mês com a redução
temporária dos salários que sairiam dos atuais R$ 33.763,00 e seriam fixados em
R$ 16.881,50. A outra metade seria direcionada para ações da Saúde contra o
coronavírus, que já soma quase 3 mil diagnosticados no país e 77 mortes,
segundo atualização mais recente do Ministério. Protocoladas individualmente
pelos deputados Ruy Carneiro (PSDB/PB), Kim Kataguiri (DEM/SP) e Rodrigo Coelho
(PSB/SC). Outra medida, do deputado Celso Maldaner (MDB/SC) prevê que o salário
integral dos parlamentares iria para o SUS sempre que houver pandemia ou
declaração de calamidade pública. Menos agressiva, um PDL da deputada Clarissa
Garotinho (PROS/RJ) define reduzir em 20% o subsídio de deputados
federais e senadores enquanto persistir à emergência de saúde em decorrência do
coronavírus. Já projeto do deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS) cria uma
contribuição extraordinária, a ser cobrada dos parlamentares federais, para
colaborar com as ações de saúde contra a Covid-19.
Justiça põe Cunha em
prisão
domiciliar
para aguardar teste de coronavírus
A juíza substituta
Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, colocou o ex-presidente da
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) em prisão domiciliar, após o
emedebista ser submetido a um exame de coronavírus. Cunha realizou uma cirurgia
na semana passada com um médico que foi diagnosticado com a covid-19. Como o
ex-deputado tem 61 anos e problemas de saúde, como anemia, a defesa alegou que
ele se enquadrava no grupo de risco da doença. O resultado do exame deve ficar
pronto em até 48 horas. Cunha foi condenado na Lava Jato a 14 anos e seis meses
de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em um contrato da Petrobras. O
ex-deputado foi responsável por deflagrar o processo de impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff (PT).