Meu primo Ibsen
No dia 26 de outubro de
2019, realizamos mais um encontro dos primos. Foi no recanto maravilhoso que a
Naninha e o Darcy Filho tem na beira da
Lagoa da Pinguela. Um paraíso.
Antes, no aniversário de
60 anos do Darcy, numa festa inesquecível na Fazenda Boiatuva, decidimos a data
do encontro dos primos e, por sugestão minha, decidimos convidar, como surpresa
para os demais, o Ibsen. O Alceu, o Bola, o Darcy e eu, escolhidos como
organizadores do encontro, vibramos com a possibilidade da presença do Ibsen.
Fiz o convite e ele prontamente aceitou. Marcamos o dia 26 de outubro, um dia
antes do aniversário de nascimento do Dilamar, e tratamos de organizar a festa.
Ontem, ao voltar de um
galeto na casa do Raul e da Tânia, em Tramandai Sul, olhei meu celular e vi
duas chamadas do Previdi. Antes mesmo que eu ligasse para ele, a Ana recebeu,
do André Machado, a informação da morte do Ibsen.
Não foram necessários
muitos segundos para que eu lembrasse de uma vida toda. O Ibsen, principalmente
nos últimos anos, fez parte de grandes passagens de minha vida. Foi a convite
dele que sai da praia e fui encontrar com ele e o Clivis, nosso primo mais
velho que saiu de Porto Alegre e foi morar no Rio. O encontro foi ao lado do
Colégio Pãos dos Pobres, onde o Clivis estudou.Sinceramente, não sei se o
Clivis ainda vive, mas sei que ficamos os três como os únicos primos vivos da
família, filhos da Dona Célia, da tia Lilia e da tia Talina.
Quando eu era repórter esportivo,
não lembro se da rádio ou da TV Gaúcha, fui entrevistar o Ibsen que, na
ocasião, era um dos “mandarins” do Internacional. O Ibsen, por ser o mais moço
dos filhos da tia Lilia, era chamado de Nenê, enquanto eu, por ter o nome de
meu pai, era chamado de Carlinhos.
Entrei no ar solenemente,
e perguntei: Dr. Ibsen, nos fale um pouco do Inter e do Beira Rio. Ele: Pois o
Inter, Carlinhos, está muito bem... Quando terminou a entrevista eu disse para
ele: Toda vez me chamares de Carlinhos, vou te chamar de Nenê. E demos muitas
risadas.
Desde ontem não consigo
rir. A lembrança de um jornalista, de um colorado, de um político, de um primo,
de uma pessoa especial como o Ibsen Pinheiro, é maior do que qualquer outro
sentimento. Riso não, lágrimas, quem sabe!
A foto que ilustra minhas
lembranças, foi feita no encontro dos primos, em 26 de outubro de 2019. Nela
estamos eu, minha comadre e cunhada Lea, viúva do Dilamar, e o Ibsen. Mais do
que ampliar e colocar na parede do meu escritório, vou levar a foto no meu
coração, para sempre. Foi a última que tirei ao lado do MEU PRIMO IBSEN!
Machado Filho