sábado, 25 de janeiro de 2020

MUITO TRISTE

Meu primo Ibsen

No dia 26 de outubro de 2019, realizamos mais um encontro dos primos. Foi no recanto maravilhoso que a Naninha e o Darcy Filho  tem na beira da Lagoa da Pinguela. Um paraíso.

Antes, no aniversário de 60 anos do Darcy, numa festa inesquecível na Fazenda Boiatuva, decidimos a data do encontro dos primos e, por sugestão minha, decidimos convidar, como surpresa para os demais, o Ibsen. O Alceu, o Bola, o Darcy e eu, escolhidos como organizadores do encontro, vibramos com a possibilidade da presença do Ibsen. Fiz o convite e ele prontamente aceitou. Marcamos o dia 26 de outubro, um dia antes do aniversário de nascimento do Dilamar, e tratamos de organizar a festa.

Ontem, ao voltar de um galeto na casa do Raul e da Tânia, em Tramandai Sul, olhei meu celular e vi duas chamadas do Previdi. Antes mesmo que eu ligasse para ele, a Ana recebeu, do André Machado, a informação da morte do Ibsen.

Não foram necessários muitos segundos para que eu lembrasse de uma vida toda. O Ibsen, principalmente nos últimos anos, fez parte de grandes passagens de minha vida. Foi a convite dele que sai da praia e fui encontrar com ele e o Clivis, nosso primo mais velho que saiu de Porto Alegre e foi morar no Rio. O encontro foi ao lado do Colégio Pãos dos Pobres, onde o Clivis estudou.Sinceramente, não sei se o Clivis ainda vive, mas sei que ficamos os três como os únicos primos vivos da família, filhos da Dona Célia, da tia Lilia e da tia Talina.

Quando eu era repórter esportivo, não lembro se da rádio ou da TV Gaúcha, fui entrevistar o Ibsen que, na ocasião, era um dos “mandarins” do Internacional. O Ibsen, por ser o mais moço dos filhos da tia Lilia, era chamado de Nenê, enquanto eu, por ter o nome de meu pai, era chamado de Carlinhos.

Entrei no ar solenemente, e perguntei: Dr. Ibsen, nos fale um pouco do Inter e do Beira Rio. Ele: Pois o Inter, Carlinhos, está muito bem... Quando terminou a entrevista eu disse para ele: Toda vez me chamares de Carlinhos, vou te chamar de Nenê. E demos muitas risadas.

Desde ontem não consigo rir. A lembrança de um jornalista, de um colorado, de um político, de um primo, de uma pessoa especial como o Ibsen Pinheiro, é maior do que qualquer outro sentimento. Riso não, lágrimas, quem sabe!

A foto que ilustra minhas lembranças, foi feita no encontro dos primos, em 26 de outubro de 2019. Nela estamos eu, minha comadre e cunhada Lea, viúva do Dilamar, e o Ibsen. Mais do que ampliar e colocar na parede do meu escritório, vou levar a foto no meu coração, para sempre. Foi a última que tirei ao lado do MEU PRIMO IBSEN!


Machado Filho