sexta-feira, 31 de julho de 2020




Receita paga hoje mais de 5 bilhões em restituições

Quase 4 milhões de contribuintes receberão o pagamento

A Receita Federal credita hoje (31) R$ 5,7 bilhões em restituições de Imposto de Renda para 3.985.007 contribuintes do terceiro lote. A consulta foi aberta no último dia 24.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312680&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312680&o=node

Desse total, R$ 2.056.423.308,19 são para contribuintes que têm prioridade legal de recebimento: 88.420 contribuintes idosos acima de 80 anos, 646.111 contribuintes entre 60 e 79 anos, 47.170 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 346.793 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério.

Foram contemplados ainda 2.856.513 contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 28 de março.

Para saber se teve a declaração liberada, o contribuinte deverá acessar a página da Receita Federal na internet. Na consulta à página da Receita, no Portal e-CAC, é possível acessar o serviço Meu Imposto de Renda e ver se há inconsistências de dados identificadas pelo processamento. Nesta hipótese, o contribuinte pode avaliar as inconsistências e fazer a autorregularização, mediante entrega de declaração retificadora.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que facilita consulta às declarações do IRPF e situação cadastral no CPF. Com ele é possível consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF
.
A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer requerimento por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição, ou diretamente no Portal e-CAC, no serviço Meu Imposto de Renda.

Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em nome do contribuinte, em qualquer banco.

Fonte: Agência Brasil




O que realmente importa saber 
sobre a viagem de Bolsonaro ao Nordeste

Por J.R. Guzzo

O público brasileiro, pelo noticiário que lhe foi servido nos meios de comunicação, ficou sabendo que o presidente Jair Bolsonaro foi ao interior do Piauí e da Bahia, na primeira viagem que fez após ter se recuperado da Covid, onde realizou uma série de atividades – ou, mais exatamente, foi acusado de praticar os seguintes atos:
                         
 - Causou aglomeração de gente com a sua presença em praça pública, onde compareceu para inaugurar novos serviços de fornecimento de água — que ficam, justamente, em praça pública e, em consequência disso, não podiam ser inaugurados num espaço fechado.

- Retirou a máscara na hora de falar ao público de cima de um palanque, presumivelmente para que as pessoas pudessem entender o que estava dizendo.

- Montou num cavalo e acenou para os “apoiadores”, como se diz hoje, que estavam presentes. Neste caso, não houve nenhuma denúncia específica, contra ele ou contra o cavalo, de que um dos dois estivesse ameaçando a saúde pública; o gesto foi apenas incluído no pacote geral.

Tudo isso pode ser interessante, mas nada foi publicado sobre a questão que realmente vem ao caso: como está neste momento a cotação política de Bolsonaro no Nordeste, onde os institutos de pesquisa acham que fica o seu ponto eleitoralmente mais fraco — e, ao contrário, o ponto mais forte do ex-presidente Lula e da “oposição”? Na verdade, pode ser a questão mais relevante no momento no território eleitoral.

Bolsonaro tem ido repetidamente ao Nordeste e, pelas imagens disponíveis, vem sendo recebido por muita gente e com aplausos. Os R$ 600 do auxílio de emergência em função da Covid, como indicam as realidades da vida política na região, podem estar tendo um efeito pró-governo; estão tendo mesmo? E se estiverem, qual é a sua potência? Equivalente à que o Bolsa Família teve para Lula? Mais, por que se trata de muito mais dinheiro? Menos?

Outra coisa: as visitas constantes da ministra Damares Alves ao Nordeste ,onde ela cumpre regularmente o circuito evangélico-gente-pobre-mães de família, está influindo na posição eleitoral do presidente? Quem está mais presente na região: Bolsonaro e o governo ou o consórcio Fernando Haddad—Luciano Huck—Armínio Fraga—Sergio Moro—Rodrigo Maia—PT—empreiteiros de obras públicas—banqueiros progressistas—sociólogos—artistas de novela—etc. que forma hoje a oposição no Brasil? Não estaria na hora de aparecerem alguns números a respeito disso tudo? Não dá para saber.

Em compensação, o brasileiro será abastecido com o máximo de informação sobre as aglomerações que Bolsonaro está provocando no Nordeste.


quinta-feira, 30 de julho de 2020






No Nordeste, Bolsonaro diz precisar do 
Congresso para resolver problemas do país

Presidente Jair Bolsonaro, cumprimenta populares no Aeroporto Internacional Serra da Capivara de São Raimundo Nonato, no Piauí. Foto: Alan Santos /PR

O presidente Jair Bolsonaro fez um aceno ao Congresso e aos parlamentares nesta quinta-feira (30), durante viagem ao Nordeste. “Já ouvi de parlamentares e prefeitos alguns problemas da região. Esses problemas quem vai resolver não é o Jair Bolsonaro sozinho, vai ser ele e o Parlamento brasileiro”, disse ele em discurso ao lado do presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira, um dos líderes do Centrão. Bolsonaro inaugurou uma adutora que leva água do Rio São Francisco para o município de Campo Alegre de Lourdes, na Bahia, na divisa com o Piauí. Foi a primeira viagem dele após ser diagnosticado e curado da Covid-19. Uma multidão o aguardava no aeroporto. Com chapéu de couro e máscara no queixo, o presidente montou em um cavalo, acenou e tocou nas pessoas que o receberam. Bolsonaro ainda visitou o Parque Nacional da Serra da Capivara e o Museu da Natureza na cidade de São Raimundo Nonato (PI).





Primeira-dama testa positivo para covid-19
Michelle será acompanhada pela equipe 
médica da presidência - Foto: AB

A primeira-dama Michelle Bolsonaro teve exame positivo para covid-19 hoje (30). “Ela apresenta bom estado de saúde e seguirá todos os protocolos estabelecidos”, diz a nota da Secretaria Especial de Comunicação Social.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312616&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312616&o=node

Michelle tem 38 anos e está sendo acompanhada pela equipe médica da presidência.

O presidente Jair Bolsonaro também já contraiu a doença. Ele anunciou o resultado positivo do teste no dia 7 de julho e permaneceu em isolamento no Palácio da Alvorada até o último sábado (25), quando informou que estava recuperado.

Também nesta quinta-feira, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, informou hoje que testou positivo para covid-19.

Fonte: Agência Brasil




Brasil registra 90.134 mortos e 2,5 
milhões de infectados por covid-19
Há 675.712 pacientes em acompanhamento 
1.787.419 já se recuperaram

Conforme o Boletim Epidemiológico da covid-19, divulgado ontem (29) pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou 90.134 mortos pela doença desde o início da pandemia. A soma das pessoas infectadas desde o início da contagem atingiu 2.552.265. Nas últimas 24 horas, foram 69.074 novas notificações incorporadas no sistema do Ministério da Saúde. 

Há 675.712 pacientes em acompanhamento e 1.787.419 pessoas já se recuperaram da covid-19.

Foram 1.595 novos registros de mortes nas últimas 24 horas. O alto número se deveu à inclusão dos dados de São Paulo de ontem. No balanço divulgado pelo Ministério da Saúde ontem, o painel marcava 88.539 falecimentos.

Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes por covid-19 são: São Paulo (21.676), Rio de Janeiro (13.033), Ceará (7.643), Pernambuco (6.484) e Pará (5.694). As Unidades da Federação com menos falecimentos pela pandemia são Mato Grosso do Sul (328), Tocantins (364), Roraima (493), Acre (510) e Amapá (449).

Fonte: Agência Brasil



Marcos Pontes testa 
positivo para Covid-19
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, testou positivo para Covid-19. O anúncio ocorreu na última quarta-feira (29) após transmissão ao vivo sobre a Base de Alcântara no Maranhão com o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura. Pontes afirmou que o teste foi realizado na terça (28) depois de apresentar sintomas de gripe. O ministro declarou que vai "entrar nos testes da nitazoxanida", ao fazer referência ao vermífugo testado pela pasta em pacientes com a doença.

Lava Jato descobre propinas em 
conta na Holanda e faz buscas no Rio
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) uma nova etapa da Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, foi identificado que um dos investigados da Ponto Final mantém, até hoje, conta na Holanda com valores obtidos a título de propina para beneficiar empresários do setor de transportes públicos. Agentes cumprem três mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro - um na capital e dois em Paraíba do Sul, município do interior do estado. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.





Lava Jato lembra a Chicago de 
Eliot Ness e seus intocáveis

Por Alexandre Garcia

O leilão dos lotes de diamantes e barras de ouro 24 quilates do ex-governador Sérgio Cabral, rendeu R$ 4,6 milhões. O maior diamante foi leiloado por R$ 335 mil e o menor por R$ 101 mil.

Os diamantes e o ouro estavam em um cofre na Suíça. A Justiça brasileira foi ao país e conseguiu a repatriação. O valor arrecadado é muito pouco comparado ao que foi desviado. Cabral teria tido vantagem indevida de R$ 4 bilhões.

Crise na Lava Jato
A Lava Jato está na mira do procurador-geral Augusto Aras, que disse em uma live com outros advogados que é preciso resolver os “exageros do lavajatismo”. Eu acho que Aras tem razão. Não pode haver exagero, é preciso ter um equilíbrio. Se houver excessos, o réu pode ir ao STF reclamar, algum ministro pode afirmar que o processo ou delação premiada não valem e a pessoa pode ser solta.

Eu fiquei assustado com a declaração de Aras de que a Lava Jato tem fichas de 38 mil pessoas e que a PGR não tinha conhecimento. Eles acham que viraram uma autarquia investigadora.

Parece os tempos de Chicago do Eliot Ness e os seus intocáveis. Não podemos permitir excessos por partes do Ministério Público e da Polícia Federal, mas é preciso continuar combatendo a corrupção.

Situação precária nas escolas
Muitas escolas privadas estão mantendo os alunos em casa e passando conteúdo por meios digitais. Mas, em geral, alunos do ensino fundamental público não dispõem de internet em casa e ficam sem aula.

Até o ensino superior público está parado. Das 65 universidades federais, somente seis estão tendo aula remotamente. São 950 mil alunos sem aula, mas os professores estão recebendo.

Na quarta-feira (29), os professores saíram para a rua, em São Paulo, em uma carreata, contestando o anúncio do governo do estado de volta as aulas presenciais no dia 8 de setembro.

Eles afirmam que grande parte das escolas não têm ventilação e instalações sanitárias adequadas. Talvez a Covid-19 tenha vindo para mostrar isso. Está cheio de escola caindo aos pedaços. Esse é o momento de rever essas condições.

Os Ministérios da Ciência e Tecnologia, e das Comunicações têm falado muito em trazer conexão as escolas, assim os alunos poderiam estudar em casa. Até o agronegócio brasileiro trabalha usando meios digitais.

Marco Aurélio diz “não”
A Câmara pediu ao STF que não permita busca e apreensão determinado por juízes de primeira instância dentro da Casa legislativa e que seja invalidado o que foi encontrado nos gabinetes dos deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Rejane Dias (PT-PI).

Uma das alegações é de que o pedido foi feito por um juiz de primeira instância e eles têm foro privilegiado. O ministro Marco Aurélio, relator do caso, disse não ao pedido argumentando que as operações se referem a fatos ocorridos antes do mandato.

quarta-feira, 29 de julho de 2020






PF faz operação contra tráfico 
de armas em oito estados
As armas de fogo eram importadas do Paraguai

Policiais federais fazem hoje (29) uma operação contra o tráfico internacional de armas e acessórios. A Operação Mercado das Armas cumpre um mandado de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão em oito estados brasileiros: Paraná, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312470&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312470&o=node

A operação foi desencadeada depois que investigações da Polícia Federal identificaram a atuação de um grupo criminoso na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios a vários estados brasileiros.

As armas de fogo eram importadas do Paraguai, com a ajuda de atravessadores, e transportadas, por correios ou transportadoras privadas, para seus destinos no Brasil escondidas dentro de equipamentos, como rádios, climatizadores e panelas elétricas.

“Um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelos investigados é o denominado Kit Roni que, em um de seus modelos para uso exclusivo com pistolas de airsoft, era transformado para uso com armas de fogo e munições reais, tornando o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas. A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais”, informa nota divulgada pela Polícia Federal.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

Fonte: Agência Brasil




STF precisa decidir se mantém 
santuário para bandidos ou aplica a lei

Por Alexandre Garcia

Há um tempo, o ministro Edson Fachin atendeu ao pedido do PSB e concedeu uma liminar proibindo a polícia de entrar nas comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia da Covid-19. Agora, o Supremo Tribunal Federal está votando se mantém essa liminar ou não. Os três primeiros votos foram a favor: Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

O primeiro voto contra aconteceu na terça-feira (28) e foi do ministro Alexandre de Moraes, que foi ministro da Justiça. Para ele, se a liminar continuar em vigor, a segurança da população das comunidades será retirada. E completou afirmando que isso não é atribuição do STF.

Com essa liminar, a Corte estabelece que o fator de segurança é quem comete crimes e não a polícia, ou seja, que se a polícia entrar é um fator de insegurança, um absurdo. E que essas favelas são territórios soberanos de bandidos, fora da lei nacional. Em tempos de guerra do Vietnã, a gente costumava chamar isso de santuário.

Crime não compensa
Está sendo leiloado o lote de 15 diamantes e cinco barras de ouro 24 quilates do Ali Babá carioca, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O dinheiro arrecadado vai para o Ministério da Justiça e o Fundo Antidrogas.

Essa era a riqueza que o ex-governador podia guardar em casa. Cabral foi condenado, pela Lava Jato, a 281 anos de prisão por corrupção. Há muitos casos em que o crime não compensa.

Hidroxicloroquina
A médica nigeriana Stella Immanuel, que mora e trabalha em Houston (EUA), fez um desabafo recentemente sobre o uso da hidroxicloroquina. Muitos de vocês já devem ter visto o vídeo.

Stella disse que já salvou 350 pacientes que tinham coronavírus, inclusive pessoas com diabetes, pressão alta, asma e idosos. Afirmou que é um absurdo pessoas morrerem de Covid-19.

Para ela, o tratamento com hidroxicloroquina, zinco e azitromicina deve ser usado. Stella afirma que os médicos que falam que ainda não há provas consistentes de que o uso desses medicamentos é eficaz não trataram ninguém com o vírus.

A médica diz que essa é a prova. Lá na Suíça também há uma prova: quando o tratamento com a hidroxicloroquina foi suspenso, a quantidade de mortes por milhão aumentou e quando o uso foi retomado, as mortes caíram novamente.

Regime de terror
Novamente um decreto municipal passou por cima dos direitos constitucionais. Dessa vez aconteceu em Balneário Camboriú (SC). Decretos municipais estão permitindo que a polícia entre na casa de pessoas sem mandado judicial.

Isso é um regime de terror. Digo isso porque nesta terça-feira (28) completou 236 anos que Maximilien de Robespierre, o líder do regime do terror, foi guilhotinado em Paris durante a Revolução Francesa.

Sem foro privilegiado
A Câmara está reclamando ao STF que a polícia não pode fazer busca e apreensão nos gabinetes dos deputados. Só que algumas operações não são referentes ao período de mandato do parlamentar.

Quando uma investigação se refere a um fato anterior ao mandato, um juiz de primeira instância pode determinar a busca e apreensão porque o caso não tem mais foro privilegiado. O próprio Supremo decidiu isso.

terça-feira, 28 de julho de 2020




Covid-19: país tem 88,5 mil mortes 
2,48 milhões de casos acumulados
Até o momento, 1.721.560 pessoas já se recuperaram da doença

A atualização diária do Ministério da Saúde mostra que já ocorreram no Brasil 88.539 mortes em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram registrados 921 óbitos. A soma marcou um aumento de 1% em relação a ontem (27), quando o balanço trazia 87.618 falecimentos.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312454&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312454&o=node

Ainda de acordo com a pasta, foram acrescidos às estatísticas 40.816 novos caso nas últimas 24 horas. Com isso, o total de casos acumulados chegou a 2.483.191. O número representa elevação de 1,6% em comparação com ontem, quando o painel marcava 2.442.375 pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Segundo o boletim, há 673.092 pacientes em acompanhamento. Até o momento, 1.721.560 pessoas já se recuperaram da covid-19. Há também 3.842 óbitos em investigação. 

A taxa de letalidade (número de mortes pelo total de casos) ficou em 3,6%. A mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) atingiu 32,1. A incidência dos casos de covid-19 por 100 mil habitantes é de 1181,6.

Dificuldade para exportar dados
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que teve "dificuldade para exportar a base de dados a tempo de atualizar o painel nacional". As informações serão agregadas amanhã(29). Já a Secretaria de Saúde do Pará fez uma revisão dos dados, reduzindo o total de mortes do estado.

Covid-19 nos estados
Os estados com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus são: São Paulo (21.676), Rio de Janeiro (13.033), Ceará (7.613), Pernambuco (6.421) e Pará (5.716). As Unidades da Federação com menos óbitos causados pela pandemia são: Mato Grosso do Sul (328), Tocantins (357), Roraima (479), Acre (500) e Amapá (558).

Fonte: Agência Brasil




Palmas para o profissional que 
semeia suor para colher prosperidade

Por Alexandre Garcia

Terça-feira, 28 de julho, é uma data para festejar: é dia do agricultor. Profissionais que sustentam e alimentam esse país e uma boa parte do mundo com comida brasileira, principalmente proteína. O agricultor é um herói que semeia suor para colher prosperidade para o país.

Nesse primeiro semestre a indústria caiu e quem está sustentando o país é o agronegócio. O agro teve um crescimento de 25% nas exportações, enquanto a indústria amargou uma queda de 15% nas exportações. A produção de aço, por exemplo, caiu 18%.

Mas os portos de Paranaguá e Santos estão exportando bastante. O superávit na balança comercial deste ano é de US$ 28,7 bilhões, enquanto que o do ano passado foi de US$ 27,7 bilhões — isso mesmo com a paralisação da atividade econômica devido à Covid-19.

Parabéns ao agricultor, esse profissional que mantém o país unido, guarda as nossas fronteiras. Depois de Pedro Álvares Cabral chegar ao Brasil só houve avanço para o interior do país. Começando por Pedro Teixeira, que mandou para os Andes quem não falava português. Com isso, ganhamos toda a Amazônia.

Depois vieram os bandeirantes e o presidente Juscelino Kubitschek, que colocou a capital do país no centro-oeste. Agora nós temos um grande centro-oeste que alimenta o mundo e garante as contas brasileiras positivas. Por tudo isso, a regularização fundiária é necessária e urgente.

PF na Câmara outra vez
A Polícia Federal entrou em mais um gabinete da Câmara. No começo do mês havia sido no de Paulinho da Força (Solidariedade) e agora foi no gabinete de Rejane Dias (PT).

Ela é casada com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Rejane Dias é acusada de superfaturar dinheiro público por meio de contratos para prestação de serviço de transporte escolar.

Isso aconteceu logo depois de o Congresso Nacional votar a permanência do Fundeb. Será que esse dinheiro da educação básica está indo mesmo para a educação? A gente fica pensando nisso depois dessa operação. A Câmara permitiu que a PF entrasse e cumprisse o mandado de busca e apreensão, diferentemente do Senado.

Quem se lembra do Silvinho Land Rover?
Vocês lembram do ex-secretário-geral do PT, Silvinho Pereira? Depois de 15 anos, ele foi condenado na Lava Jato por receber uma Land Rover como propina da GDK, uma fornecedora da Petrobras.

Ele vai ter que cumprir pena de quatro anos e cinco meses em regime semiaberto. Isso aconteceu na época em que a Petrobras era de partidos políticos, isso mudou agora, por isso vemos essa chiadeira toda.

Chance do STF se redimir
O presidente Jair Bolsonaro apresentou, ao Supremo Tribunal Federal, uma ação para tentar reverter a suspensão de contas de empresários, políticos e influenciadores bolsonaristas no Twitter e no Facebook.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade, ADIN, está com a relatoria do ministro Fachin. Agora vamos entender porque o próprio STF não está obedecendo as liberdades de expressão, opinião, trabalho e diversos outros direitos constitucionais.

O STF triturou diversos direitos constitucionais e é preciso que a Corte se explique sobre isso. Essa vai ser uma boa oportunidade para o Supremo voltar a caminhar paralelo à Constituição.




Estudantes podem se inscrever 
no Fies a partir de hoje
Prazo vai até sexta-feira (31) - Foto: Agência Brasil

De hoje até esta sexta-feira (31) estarão abertas, no site do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) as inscrições no processo seletivo para o segundo semestre de 2020. O resultado será divulgado no dia 4 de agosto. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o período para complementação da inscrição dos candidatos pré-selecionados será de 4 a 6 de agosto.https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1312387&o=nodehttps://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1312387&o=node

As inscrições no programa, que começariam na semana passada, foram adiadas depois que o MEC identificou inconsistências no processamento da distribuição das vagas ofertadas pelas instituições de ensino superior. 

Lista de espera
Quem não for pré-selecionado na chamada única do Fies pode disputar uma das vagas ofertadas por meio da lista de espera. Diferentemente dos processos seletivos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade Para Todos (Prouni), para participar da lista de espera do Fies não é necessário manifestar interesse, a inclusão é feita automaticamente.

A convocação da lista de espera vai do dia 4 até as 23h59 de 31 de agosto.

Requisitos
Pode se inscrever na seleção do Fies o candidato que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010, e tenha alcançado nota média nas provas igual ou superior a 450 pontos.

O interessado não pode ter zerado a redação e deve ter renda familiar mensal bruta, por pessoa, de até três salários mínimos.

Programa
O Fies é um programa do MEC que concede financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, em instituições de educação superior particulares. O fundo é um modelo de financiamento estudantil moderno, divido em diferentes modalidades, podendo conceder juro zero a quem mais precisa. A escala varia conforme a renda familiar do candidato.

Fonte: Agência Brasil




A esquerda brasileira se supera 
ao trabalhar contra a cloroquina

Por J.R. Guzzo

A esquerda brasileira já defendeu as causas mais assombrosas ao longo de sua história, mas está empenhada neste ano de 2020 num esforço “de superação”, como dizem os manuais de autoajuda, para ir ainda mais adiante.

Sua atual bandeira deixou um pouco de lado a denúncia do capitalismo e passou a ser a luta contra uma substância química – sim, pois a química pode parecer uma coisa neutra para você, mas não para o chamado “campo popular”, onde se transformou no grande farol político do momento para as massas. Essa substância é a cloroquina. É curioso, porque até seis meses atrás, no máximo, os próprios esquerdistas não saberiam dizer se eram contra ou a favor da cloroquina – a maioria, na verdade, nunca tinha ouvido falar nela. Mas com a Covid-19 tudo mudou.

A esquerda brasileira, por razões que talvez um dia se tornem mais compreensíveis para o público em geral, tomou desde o início uma posição radical a favor do vírus. Como essa cloroquina, no entender dos milhares de médicos que estão fazendo uso dela para seus pacientes, pode ajudar na recuperação dos infectados nos estágios iniciais da doença, os militantes progressistas fecharam questão: qualquer medicamento que possa oferecer riscos de ter algum efeito positivo contra a Covid-19 precisa ser combatido.

O raciocínio, tanto quanto foi possível deduzir até o momento, é que a cloroquina pode reduzir o ritmo da contabilidade diária de mortos. Essa redução é considerada um perigo político claro e imediato – pois menos mortos significa mais possibilidades de fazer o Brasil funcionar de novo, e tudo o que de alguma maneira venha a colaborar com a volta da normalidade é considerado “inaceitável” pela esquerda nacional.

É o que se pode ouvir em qualquer mesa redonda mais cabeça, das tantas que há por aí: o “sistema produtivo” que existia no país até o início da epidemia não pode ser retomado, garantem os especialistas chamados a nos ensinar como tem de ser o mundo daqui para a frente. As mortes causadas pela Covid-19 não são resultado da ação de um vírus; foram causadas pelas “formas capitalistas de produção”. É preciso, portanto, mudar “tudo isso que está aí”, etc, etc, etc.

A palavra de ordem, na questão específica da cloroquina, é que não se provou até agora, cientificamente e além de qualquer dúvida, qual o seu grau de eficácia no combate à Covid-19. Conclusão: ela não deve ser aplicada até que a medicina, ao longo dos próximos anos, demonstre com exatidão os seus efeitos. Também não se pode garantir com 100% de certeza o efeito de antibióticos, corticóides, anti-inflamatórios e mais uma penca de medicamentos utilizados todos os dias nos hospitais do mundo inteiro. Pode haver variações de acordo com o organismo do paciente, seu histórico de saúde, o estágio da doença e outras particularidades; nem por isso há campanhas políticas para proibir a sua utilização.

Mas aí é uma questão de fatos, e fatos são o que menos interessa na presente cruzada contra a cloroquina. A única atitude permitida é: “fique em casa”, esperando que um dia seja descoberta uma vacina infalível, que também vai ter de enfrentar uma batalha morro acima até ser autorizada pelas nossas forças populares, democráticas e progressistas.

segunda-feira, 27 de julho de 2020




Após Toffoli barrar PF no Senado, 
Rosa Weber autoriza operação na Câmara
Menos de uma semana após ser barrada na porta no Senado, a Polícia Federal voltou ao Congresso nesta segunda-feira (27) para executar mandados de busca e apreensão no gabinete da deputada federal Rejane Dias (PT-PI). Desta vez, porém, houve uma autorização prévia da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, para que a operação fosse realizada. Na terça-feira passada, dia 21, agentes da PF tentaram cumprir mandados no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP) relativos a outra ação, mas foram impedidos pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-RJ). Advogados da Casa, então, recorreram ao presidente do Supremo, Dias Toffoli, que barrou o cumprimento da ordem de busca no gabinete de Serra.

Empresário bolsonarista pede a Toffoli 
desbloqueio das redes sociais
A defesa do empresário bolsonarista Otávio Fakhoury apresentou reclamação ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, para que seja suspensa a ordem de bloqueio de redes sociais impostas pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura ofensas, ameaças e "fake news" contra a Corte. A medida foi ajuizada em paralelo com outra ação, encabeçada pelo presidente Jair Bolsonaro e a Advocacia-Geral da União, para delimitar o entendimento do STF sobre o tema. Segundo o advogado João Manssur, que representa Fakhoury, a decisão de Moraes viola jurisprudência da Corte, que entende ser inconstitucional a censura à liberdade de expressão, manifestação e de imprensa.

Desvios na educação do Piauí 
somam R$ 96 milhões, segundo PF
A Polícia Federal apura um suposto esquema de desvios em contratos na área da educação do governo do Piauí que somam R$ 96,5 milhões para a prestação do serviço de transporte escolar, celebrados em 2019 e 2020, de acordo com o G1. A investigação é a terceira etapa da operação Topique deflagrada nesta segunda-feira (27) que envolve o governador Wellington Dias (PT) e a esposa e deputada federal Rejane Dias. O montante se soma a outros R$ 50 milhões supostamente desviados entre 2015 e 2016 por servidores da Secretaria estadual de Educação. Além do gabinete da deputada, agentes cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em Teresina e em Brasília.

Governador do Piauí diz que operação 
da PF é “mais um espetáculo”
O governador Wellington Dias, alvo de busca e apreensão na manhã desta segunda-feira (27), lamentou e repudiou a forma como se deu a operação da Polícia Federal em sua casa onde mora seu filho e família, "que nunca tiveram nenhuma função no estado". "Seu filho é médico e trabalha na linha de frente do combate ao coronavírus e desde março o governador mantém distanciamento recomendado pelas organizações para a preservação da saúde. O governador classifica a operação como mais um espetáculo e destaca que a vida toda ele e sua família sempre agiram respeitando as leis e as instituições", informou em nota a assessoria do governador. A deputada Rejane Dias informou que "recebe com tranquilidade os desdobramentos da referida Operação" e que está à disposição para esclarecer o caso.




Bolsonaro se recupera; está provado 
o tratamento da Covid-19?

Por Alexandre Garcia

Um jovem de 27 anos, de Blumenau, morreu duas vezes. A primeira vez foi em um acidente de carro, ele foi levado para a UTI e faleceu no leito seis dias depois no Hospital Santa Isabel. A mulher dele e a filha pequena morreram na hora.

A segunda vez aconteceu agora, porque o nome dele aparece na lista de mortos por Covid-19. É incrível como se tira partido dessa pandemia. Não só desviam dinheiro público na compra de respiradores ou na construção de hospitais de campanha, mas também nessas campanhas para que nós esperemos por uma vacina.

Querem que tomemos uma vacina de quase 40 dólares e estão fazendo campanha contra a compra e utilização de um remédio barato; temos que tomar um remédio caríssimo! Deve ser porque aquele medicamento não tem patente.

Aliás, já tem gente estocando ivermectina. A Anvisa interferiu na compra, exigindo que se tenha receita, porque senão ia faltar nas farmácias. A agência também está pedindo que a produção aumente nos laboratórios.

Houve, em Brasília, uma compra de R$ 50 mil em ivermectina, essa pessoa queria estocar em casa e ter um lucro alto na venda. É obrigação do órgão controlar o mercado.

China dificulta exportações
O governo chinês está exigindo que todos os funcionários de frigoríficos brasileiros, que fornecem carne ao país asiático, façam o teste de coronavírus. Isso é praticamente impossível.

A China afirmou que está com medo de que o vírus seja transportado pela carne congelada, o que a FAO e a OMS dizem que não acontece. Que ironia, a doença surgiu justamente do mercado de carnes do país.

Agora o governo chinês está querendo prejudicar os preços e os contratos da carne brasileira. Mas eles são 1,3 bilhão e precisam de proteína, porque o corpo humano necessita de proteína.

Bolsonaro se recupera
O presidente testou negativo para a Covid-19. Ele mostrou novamente a caixa de hidroxicloroquina que estava tomando. O remédio o ajudou, porque o presidente não parou de trabalhar, ele apenas ficou isolado.

Foi interessante ver os meus colegas repórteres negacionistas, vendo a prova viva de que o tratamento precoce com a hidroxicloroquina funciona, e falando que não há provas científicas suficientes para que o medicamento seja usado no tratamento do coronavírus.

Como que não há provas? Será que esse repórter não está vendo? Será que ele está na lua ou em marte? Está na sua frente.

Jair Bolsonaro saiu da residência presidencial de moto. Ele foi até a península norte visitar a deputada Bia Kicis, que ele destituiu do cargo de vice-líder do governo no Congresso Nacional.

O motivo dela ser retirada do cargo é que ele surpreendeu o governo votando contra a renovação do Fundeb. Ela surpreendeu Bolsonaro, e o presidente a surpreendeu. Ele fez isso duas vezes, a segunda foi ter ido até a casa dela para dar um abraço.

Isso prova que está tudo bem, que não há problemas e que a vida segue nas relações políticas. O presidente sentiu que precisava mudar um pouco o tipo de relacionamentos no Congresso Nacional.

Correios
É preciso que os Correios entre em um acordo. A diretoria do órgão está percebendo que há muita despesa e que a estatal não se aguenta. Por exemplo, os funcionários recebiam dois terços de férias, o dobro dos demais brasileiros.

Outro exemplo, eles recebem o vale refeição para todos os dias do ano, mesmo nos fins de semana ou nas férias. Isso é diferente da iniciativa privada. Sempre em estatal as coisas são mais fáceis. Aliás, os funcionários públicos nem foram atingidos pela epidemia do coronavírus, o STF não permitiu cortes.






O dia da censura

Por Gazeta do Povo

Na última sexta-feira, a sociedade brasileira teve notícia de mais uma decisão equivocada do Supremo Tribunal Federal (STF), que atenta contra princípios básicos de liberdade de expressão. O bloqueio de contas em redes sociais de Twitter e Facebook de aliados do Presidente Jair Bolsonaro aconteceu por decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news. A decisão foi proferida em maio, quando os investigados eram alvos de mandados de busca e apreensão, mas só foi cumprida agora pelas empresas que administram as redes. Na ocasião, o ministro alegou que o bloqueio era necessário "para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática".

Entre os perfis bloqueados pelo Twitter, estão o do presidente do PTB, Roberto Jefferson; dos empresários Luciano Hang, Edgard Corona, Otávio Fakhoury e Bernardo Küster; do jornalista Allan dos Santos; do pré-candidato a vereador por São Paulo, Edson Salomão; além da ativista Sara Giromini, de Marcelo Stachin e Reynaldo Bianchi Júnior. No Facebook, foram afetados os perfis de Bernardo Pires Kuster, Eduardo Fabris Portella, Enzo Leonardo Suzi Momenti, Marcelo Stachin, Marcos Dominguez Bellizia, Rafael Moreno, Paulo Gonçalves Bezerra, Rodrigo Barbosa Ribeiro, Reynaldo Bianchi Junior e Winston Rodrigues Lima.

Durante todo o dia, as pessoas afetadas deram declarações de repúdio em diversas canais no sentido de criticar a afronta à liberdade de expressão, a censura e o cerceamento de direitos básicos. De fato, o bloqueio das contas não só parece ter pegado muita gente de surpresa, como atenta frontalmente contra princípios básicos de nosso sistema jurídico.

Liberdade de expressão é direito fundamental. É no seu aspecto individual, no sentido de ser condição mesma para o florescimento da personalidade humana, mas também no seu aspecto sistêmico, enquanto garantia da possibilidade de existência da democracia. Requer amplo gradiente de legalidade, que se traduz em grande tolerância ao que se diz e a como se diz também. Isso inclui muitas expressões que podem ser sumamente desagradáveis.

A Constituição brasileira alinha-se entre as mais generosas do mundo em termos de dispositivos que versam sobre o tema, sobretudo com relação às liberdades referentes à comunicação, aí compreendidas. Obviamente, não se trata de direito absoluto. A liberdade de expressão de ideias é ampla, mas estão proibidas a injúria (devendo haver conteúdo injurioso e dolo ou intenção de injuriar) a apologia de crimes, a defesa de ruptura institucional, o racismo e seus congêneres, e mais alguns poucos crimes pontuais, claramente definidos. Alguns dos dispositivos que a limita no ordenamento jurídico brasileiro, é importante ressaltar, são herdeiros do regime militar, como a Lei de Segurança Nacional (LSN), cuja necessidade de reforma já foi apontada anteriormente em outro editorial. Porém, a sua invocação reiterada nos últimos meses, ao contrário do que acontecia no passado, tem sido objeto de preocupação.

No presente caso, independente do conteúdo dos discursos das pessoas afetadas, é importante ter em mente que nenhuma delas foi condenada pelo STF, mesmo no inquérito em questão, em que o tribunal ocupa a descabida posição de vítima, acusador e juiz. De certo modo, a própria decisão do relator já denuncia disposição pela condenação das pessoas em questão, assumindo a forma de uma punição prévia e sem chance de defesa. Afinal, se o que se julga é o tom e o conteúdo do discurso, as palavras do ministro na decisão já denunciam o sentido de sua disposição em julgamento, não cabendo muita coisa aos acusados além de esperarem a decisão final do tribunal.

Mas a decisão surpreende sobretudo pelo seu alcance. Retirar do ar o perfil de alguém numa rede social equivale a impedir que essa pessoa se comunique, se esse era o canal habitual de seu contato com amigos, conhecidos, admiradores ou não. Significa a aplicação de uma sanção duríssima, de amplo espectro, que não está prevista em nenhuma das normas penais de abuso da liberdade de expressão. Ou seja, ainda que mais adiante houvesse a condenação de qualquer um deles por abusos realmente praticados, não seria essa a pena. Aplicá-la assim, em sede de inquérito, preventivamente, é, portanto, uma barbaridade inominável. Falemos francamente: impedir preventivamente as pessoas de se expressarem é censura, nada mais. Até mesmo políticos acusados e condenados pela Justiça anteriormente, no foro adequado e contando com amplo direito de defesa, como é o próprio caso do ex-presidente Lula, jamais foram impedidos de se manifestarem publicamente contra decisões judiciais ou sobre o que quer que seja. Lula inclusive permaneceu com sua conta no Twitter ativa mesmo enquanto estava cumprindo pena em regime fechado, sendo atualizada provavelmente por assessores ou familiares. A presente decisão comporta, por isso, um elemento evidente de punição contra os investigados e punição sem previsão legal. Reproduz a mesma lógica por trás da prisão do jornalista Oswaldo Eustáquio e da apreensão dos equipamentos do Jornal Folha Política, também no âmbito do presente inquérito. Não é disposição de investigação que está em jogo, mas sanha punitiva.

O que é realmente escandaloso em tudo isso é que se trata da instância mais alta do Judiciário brasileiro. A confirmação reiterada de equívocos jurídicos pela Corte tem colocado as pessoas afetadas numa situação de descrença na justiça, com a sensação de que simplesmente não há a quem recorrer. Mais ainda, mesmo depois da decisão do STF que reconhecia a legalidade do inquérito, contando com a manifestação de vários ministros no sentido de que era necessário disponibilizar amplo acesso ao seu conteúdo aos investigados, conforme manda a lei, os advogados de defesa continuam se queixando da dificuldade para ter acesso ao processo. Em face disso, vários deles já iniciaram um movimento de internacionalização de queixas contra o STF em tribunais internacionais. Ou seja, poderemos chegar a testemunhar a vexatória situação em que uma corte constitucional de uma democracia consolidada pode se tornar réu em outra corte internacional, por violação de direitos humanos.

Esse estado de coisas poderia ter sido evitado desde o início, conforme temos apontado aqui em várias publicações, caso as investigações tivessem sido realizadas pelas instâncias competentes. É sempre bom lembrar que não se trata de julgar a inocência ou não das pessoas em questão, mas de tomar o Direito como um conjunto racional e impessoal de regras e procedimentos para a resolução de conflitos. No âmbito penal, ele existe para que acusados possam ser investigados conforme os procedimentos legais estabelecidos, com amplo direito de defesa e garantia que serão julgados por um tribunal imparcial, no foro adequado. Isso não está acontecendo agora e as consequências desses fatos podem ser muito danosas para o Estado Democrático de Direito, abrindo precedentes perigosos que podem, inclusive, servir para outros processos, contra pessoas de outros espectros políticos, em outras instâncias do Poder Judiciário.

O respeito devido ao STF e aos demais poderes da República, bem como o reconhecimento de sua legitimidade, não pode ser encarado como blindagem contra críticas por decisões equivocadas daqueles que as ocupam momentaneamente. As pessoas passam, as instituições ficam. O que aconteceu ontem foi mais um fato grave. A sociedade tem o direito e o dever de se manifestar contra aquilo que considera decisões injustas, inclusive do Poder Judiciário. Não pode ser alienada dessa possibilidade, enquanto ainda vigorar o regime democrático no país, nem deve ela mesma manter-se à margem desse debate. As consequências da inação, por conveniência política ou passividade, podem cobrar um preço caro mais na frente, talvez de forma mais grave do que a que estamos vivendo nesses tempos de polarização. Como bem lembram os liberais americanos do início do século 19, o preço da liberdade é a eterna vigilância.