Alberto Fernández diz que
Evo poderá
se asilar na Argentina
depois de sua posse
O presidente eleito da
Argentina, Alberto Fernández, disse nessa quinta-feira, 14, que o ex-presidente
boliviano Evo Morales poderá se asilar no país sul-americano depois que ele
iniciar seu mandato no dia 10 de dezembro. "A Argentina é a casa de todos
os bolivianos, e para mim, no dia em que chegar à presidência, será uma honra
receber Evo Morales e (o ex-vice-presidente boliviano) Álvaro García Linera no
país" disse Fernández em uma entrevista coletiva na capital uruguaia,
Montevidéu.
"Se eu fosse
presidente neste momento lhes teria oferecido asilo desde o primeiro dia. A
Argentina é sua casa, por isso os receberei com gosto", acrescentou o
presidente eleito. A Argentina faz divisa com a Bolívia e, de acordo com o
último censo, a comunidade boliviana constitui a segunda maior coletividade de
estrangeiros do país, assim como a segunda mais ativa economicamente. O governo
do atual mandatário argentino, Mauricio Macri, ainda não se pronunciou sobre a
legitimidade das novas autoridades bolivianas.
Morales responderá à
Justiça se voltar
à Bolívia, diz presidente
interina
A autoproclamada
presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, afirmou nesta sexta-feira (15)
que o ex-presidente Evo Morales pode voltar ao país de seu exílio no México,
mas teria de "responder à Justiça por fraude eleitoral". Em
entrevista a veículos internacionais, Jeanine disse que Morales "sabe que
tem contas pendentes com a Justiça".
Ontem, Morales havia dito
à Associated Press que continua como presidente legítimo do país, já que o
Congresso boliviano não aceitou oficialmente sua carta de renúncia, entregue no
domingo. Ele classifica como um "golpe de Estado" a ação de oficiais
das Forças Armadas que o pressionaram para que renunciasse. Jeanine Áñez, por
outro lado, diz que o ex-presidente "deixou o país por conta própria.
Ninguém o expulsou".
Rússia reconhece Jeanine
Añez
como a “nova líder” da
Bolívia
A Rússia considerará a
presidente interina da Bolívia, Jeanine Añez, a nova líder do país
sul-americano, disse o vice-ministro de Relações Exteriores Sergey Ryabkov à
imprensa nesta quinta-feira (14), de acordo com a agência de notícias russa Tass.
Ele evitou usar a palavra presidente e lembrou que não houve quórum no
parlamento quando da proclamação de Añez. "Tomamos nota do fato de que, no
momento em que ela foi aprovada nessa condição, não havia quórum no parlamento,
então, vemos aqui alguns pontos que, é claro, consideramos. Claramente, ela
será considerada líder da Bolívia até a escolha de um novo presidente em uma
eleição", disse Ryabkov, salientando que o tema é assunto interno da
Bolívia.
Guaidó convoca população
da Venezuela
para protestos contra
Maduro
O líder opositor da
Venezuela Juan Guaidó convocou os cidadãos de todo o país a saírem às ruas no
sábado em uma grande mobilização, a quase um ano do início de sua campanha para
derrubar o presidente Nicolás Maduro. "Não temos opção na Venezuela",
disse Guaidó em um comício nesta semana, acrescentando que as circunstâncias
são difíceis. "A alternativa para a situação hoje é a morte. Queremos a
vida".
O novo chamado de Guaidó
irá por à prova sua capacidade para atrair as massas, apesar da diminuição do
número de gente que o acompanhou em seus atos nos últimos meses, um indício de
descontentamento. Guaidó tem feito vários atos nos últimos dias, lembrando a
população de que as condições de vida não estão normais. O opositor visitou
bairros e falou com universitários, instando-os a voltar às ruas. A oposição a
Maduro publicou vídeos de "Acorda Venezuela!" nas redes sociais para
promover a manifestação.