terça-feira, 5 de novembro de 2019

Consumidor em Pauta - 04.11.2019 - Direito do Consumidor - Prof. Claudio Bonatto

Consumidor em Pauta - 01. 11.2019 - Direito Previdenciário - Dr. Luiz Gustavo F. Ramos



Caso JBS: Dilma e senadores
 intimados pela PF

A ex-presidente Dilma Rousseff também recebeu intimação nesta terça-feira (5) para prestar esclarecimentos à Polícia Federal sobre a propina paga pela JBS ao PMDB, em 2014. Dilma recebeu a intimação nas primeiras horas da manhã e, por meio da assessoria, não comentou porque não conhece o conteúdo da investigação. Também foram alvos da operação os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Jader Barbalho (MDB-PA) e o ex-senador Vital do Rego (PB), atualmente ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).



Paulo Guedes:
“Governo é o primeiro a propor
a descentralização de recursos”

Na apresentação do pacote de reformas do pacto federativo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo Bolsonaro é o primeiro a propor a descentralização de recursos para estados e municípios. A descentralização está prevista na proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacto federativo, também chamada de PEC DDD, pois desvincula, desindexa e desobriga o Orçamento federal, além de transferir royalties e participações especiais a todos os entes federativos. "Governo centralizado anda fazendo muita besteira com o dinheiro público. Eu confio nessa descentralização, ao invés de ficar meia dúzia de pessoas decidindo tudo em Brasília", disse.

"Criação do Conselho Fiscal da República
é novo marco institucional"
Dentre as medidas do conjunto de PECs do pacto federativo, uma das mais caras ao ministro da Economia, Paulo Guedes, é a criação do Conselho Fiscal da República. Trata-se de um conselho, com representantes dos três poderes, para zelar pelas contas públicas da União, estados e municípios. Esse conselho deve se reunir a cada três meses, segundo Guedes. "Precisamos consolidar um novo marco institucional que garanta as finanças da República Brasileira. Esse fórum se reúne e observa os desempenhos", disse. A criação do conselho está prevista na PEC do Pacto Federativo, também chamada de PEC DDD.
Além de avaliar a sustentabilidade financeira da Federação e garantir fundamentos sólidos para as contas públicas, o conselho vai uniformizar a interpretação de conceitos orçamentário-financeiros para evitar divergências entre tribunais de contas de estados e municípios.






Projeto de Moro reduz em 
47% casos de homicídio

O projeto-piloto "Em Frente Brasil", do ministro Sergio Moro, reduziu em 47% o número de homicídios em quatro das cinco cidades onde foi implantado. Em Ananindeua (PA) a queda foi de 73%, em Goiânia (GO) 59%, em Paulista (SP) 25% e em Cariacica (ES), 11%. As informações foram publicadas pelo presidente Jair Bolsonaro (veja abaixo) e levam em conta a comparação entre os meses de setembro e outubro de 2018 e 2019. Ainda segundo Bolsonaro, só na cidade de São José dos Pinhais (PR) é que houve acréscimo no número de assassinatos. "Segundo o Ministério da Justiça, o aumento aconteceu porque está em curso uma disputa no município entre facções criminosas, o que teria aumentado o número de mortes", twittou. O número de mortes no período mencionado, passou de 10 para 14. No primeiro mês de programa, houve redução nos crimes nas cinco cidades.



Desencantado com Bolsonaro? 
Pense mais uma vez

Desanimado, talvez, com o estado geral da República nestes dias? Meio cansado de ser lembrado na mídia, de hora em hora, que o Brasil está à beira do abismo? Com a paciência já perto do fim diante dos alertas de que você vive, Santo Deus, num regime cada vez mais “ditatorial?” Cheio dos três filhos do presidente, do presidente, do Congresso, do STF, dos porteiros de condomínio que contam mentiras, da Rede Globo, da situação, da oposição, do “ritmo lento” na retomada da economia?

Ninguém vai dizer aqui que nós temos a solução para o seu problema, porque artigos na imprensa jamais foram a solução para problema algum. Mas um texto de estreia na equipe de colaboradores da Gazeta do Povo exige do autor, pelo menos, uma tentativa sincera de sugerir ao leitor algum tipo de pensamento positivo, como se dizia antigamente. Vamos combinar o seguinte, então, como diz o mestre dos mestres dos atores ingleses, Sir Anthony Hopkins: ninguém vai sair vivo disso aqui. Faz sentido, portanto, aproveitar todas as oportunidades que a vida lhe oferece de não ser infeliz. Pode ter certeza que o contrário é muito pior.

Eis aqui uma dessas oportunidades: lembre-se, a cada vez que lhe jogarem em cima alguma das aflições expostas ali nas primeiras linhas, como estaria a sua vida se há um ano atrás o Brasil tivesse elegido Fernando Haddad para presidente da República. Que tal? É possível que o próprio Haddad fique alarmado com a ideia. Pense um pouco em quem seria o ministro da Fazenda, por exemplo, e sobretudo no que ele estaria fazendo.

Pense na Petrobras. Pense nos negócios da Petrobras. Pense nos diretores da Petrobras. Pense nos empreiteiros de obras públicas, nos empresários “campeões nacionais”, na roubalheira praticada nas três formas conhecidas de infinito – o atual, o potencial e o absoluto. Pense nos empréstimos que estariam fazendo, com o seu dinheiro, à Venezuela, Cuba ou Angola. Pense em Dilma Rousseff como ministra de alguma coisa.

Já deu para ver onde estaria amarrado o nosso burro, não é mesmo? Então: um pouco mais de ânimo, pessoal, pois o atual governo, seja lá o julgamento que você faça dele, é artigo de primeiríssima qualidade perto do que poderiam estar lhe servindo agora.

Não se trata apenas de imaginar pesadelos que não aconteceram. Trata-se de olhar para os fatos. Em 2015, o último ano-cheio do PT no governo, a inflação foi superior a 10%, indo para 11. Em 2019 será de 3%, e na sua última medição mensal foi zero. Os juros estavam em 14,25% ao ano. Hoje estão três vezes menores, em 5% – o nível mais baixo em 33 anos, quando se começou o trabalho de fazer a sua computação anual. O risco do Brasil como devedor passou dos 500 pontos em 2015; hoje está um pouco acima de 100.

Dilma, em sua reta final, deu ao Brasil uma recessão inédita: o PIB caiu em quase 4% no ano. Em 2019 vai subir 1%. O crédito imobiliário está em 6,5% ao ano, um número recorde. Nos seis primeiros meses deste ano, segundo a indiscutível OCDE, o Brasil foi o quarto país do mundo que recebeu mais investimentos estrangeiros. Até 30 de setembro foram criados 760 mil novos empregos.

Até esse dia 30, também, a União arrecadou mais de R$ 95 bilhões com privatizações, concessões e vendas de empresas estatais – quatro vezes mais do que tinha planejado. A BR Distribuidora não é mais da Petrobras. O índice da Bolsa de São Paulo está chegando perto dos 110 mil pontos. Fechou abaixo dos 40 mil em 2015.

Desencantado, ainda? Pense mais uma vez.


J.R.Guzzo é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo. Foi diretor de redação de Veja durante quinze anos, a partir de 1976, período em que a circulação da revista passou de 175.000 exemplares semanais para mais de 900.000. Nos últimos anos trabalhou como colunista em Veja e Exame.




Leite recua e IPVA será parcelado em 2020

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, confirmou na manhã desta terça-feira que desistiu das medidas anunciadas para o IPVA de 2020. Leite também assegurou que o imposto poderá ser pago em parcelas, como foi feito em anos anteriores. As datas, no entanto, não foram anunciadas pelo Piratini. 

Ao falar da decisão anterior, Leite puxou a responsabilidade para si, considerando que houve falha de gestão política. "Só erra quem faz e este governo tem feito muito e se expõe. Fizemos isso na questão do IPVA e nos expusemos a uma incompreensão da população, que é legítima. Cada um vive as suas dificuldades. O governo, revendo isso, vai permitir que continue a forma de pagamento anterior", explicou.  

Leite afirmou, porém, que governo seguirá propondo medidas duras e amargas para amenizar a situação financeira do Rio Grande Sul. "Vivemos um quadro dramático. Eu trago para mim esta decisão, sem problema nenhum. Falhei em não observar a repercussão política. Tudo o que estamos propondo é duro e amargo. Diante do tamanho das coisas que vamos fazer, a questão do IPVA se perdeu na nossa gestão política. Os deputados apresentaram os argumentos e a base do governo, que tem ajudado na busca de soluções para o Rio Grande do Sul, também foi ouvida. É deles o mérito desta decisão. Quero, no entanto, deixar claro que o Estado não se afastará da discussão de decisões amargas", avisou.

Fonte/Foto: Correio do Povo