quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Consumidor em Pauta 16.10.2019 - Direito Previdenciário - Dr. Luiz Gustavo F. Ramos



Em 4 anos consecutivos, mais empresas
fecharam do que abriram no Brasil

As empresas que fecharam as portas no Brasil representaram um número maior do que aquelas que abriram no período entre 2014 e 2017. Nesses anos de saldos negativos consecutivos, o Brasil perdeu 316.680 empreendimentos. Os dados são do levantamento Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2017 e foram divulgados nesta quinta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Só em 2017, 22.932 empreendimentos encerraram suas atividades, em uma taxa de saída que chegou a 15,7%. Do total de empresas ativas naquele ano, 84,8% já estavam ativas no ano anterior, enquanto 15,2% de empresas entravam em atividade.
A extinção de empresas afeta também o total de pessoas empregadas com carteira assinada. Em quatro anos de dificuldades e fechamentos de empreendimentos, mais de 3,3 milhões de trabalhadores assalariados foram demitidos no setor formal. No ano de 2017, foram quase 135 mil postos de trabalho perdidos.



STF: Villas Bôas fala em risco de ‘convulsão social’ 

Na véspera do início do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de três ações que contestam a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância, o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou, pelo Twitter, que houve “grande esforço para combater a corrupção e a impunidade” e que o País tem de seguir este caminho, sob risco de ocorrer uma “convulsão social”. Ele não citou diretamente o julgamento que a Corte fará nesta quinta-feira.

 “Experimentamos um novo período em que as instituições vêm fazendo grande esforço para combater a corrupção e a impunidade, o que nos trouxe — gente brasileira — de volta a autoestima e a confiança. É preciso manter a energia que nos move em direção à paz social, sob pena de que o povo brasileiro venha a cair outra vez no desalento e na eventual convulsão social”, escreveu Villas Bôas logo após ter recebido a visita do presidente Jair Bolsonaro em sua casa.

Citando Rui Barbosa, ele diz que, “de tanto triunfar as nulidades, de tanto prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. 

Na véspera do julgamento de Lula, em abril do ano passado, o general repudiou a impunidade e acrescentou o Exército estaria ainda “atento às suas missões institucionais”, sem detalhar o que pretendeu dizer com a expressão.

Villas Bôas retornou para casa no último sábado, depois de fazer uma traqueostomia. O general, apesar do procedimento, está conseguindo se comunicar por meio de um aparelho especial. Na terça-feira, em vídeo que circulou entre os militares, Villas Bôas avisou que “não se calaria”. 

Fonte: Estadão



Correios anunciam reajuste nas tarifas

Os Correios reajustaram em 6,34% a tarifa média dos serviços Sedex Hoje, Sedex 10 e Sedex 12. O reajuste vale desde a segunda-feira (14), mas foi confirmado nesta quarta (16) pela estatal. Os Correios afirmam que o aumento é uma média ponderada nacional, variando de acordo com origem, destino e tipo de encomenda.
De acordo com a empresa, "a atualização dos preços ocorre para equilibrar o impacto dos custos na prestação dos serviços". A estatal afirmou ainda que o reajuste não se aplica a clientes que possuem contratos com os Correios.


O artigo que Veja não publicou
O jornalista J R Guzzo trabalhava na Revista Veja desde sua inauguração, em 1968. Ultimamente tinha um artigo quinzenal publicado pela revista. Na semana que passou, Guzzo foi demitido pela Veja que se negou a publicar um artigo dele sobre o STF.
Para que todos conheçam a opinião de J R Guzzo, publico o artigo que não foi publicado pela Veja. Tirem suas conclusões.
Machado Filho
A fila anda
Um dos grandes amigos do Brasil e dos brasileiros de hoje é o calendário. Só ele, e mais nenhum outro instrumento à disposição da República, pode resolver um problema que jamais deveria ter se transformado em problema, pois sua função é justamente resolver problemas – o Supremo Tribunal Federal.
O STF deu um cavalo de pau nos seus deveres e, com isso, conseguiu promover a si próprio à condição de calamidade pública, como essas que são trazidas por enchentes, vendavais ou terremotos de primeira linha. Aberrações malignas da natureza, como todo mundo sabe, podem ser resolvidas pela ação do Corpo de Bombeiros e demais serviços de salvamento. Mas o STF é outro bicho. Ali a chuva não para de cair, o vento não para de soprar e a terra não para de tremer – não enquanto os indivíduos que fabricam essas desgraças continuarem em ação.
Eles são os onze ministros que formam a nossa “corte suprema”, e não podem ser demitidos nunca de seus cargos, nem que matem, fritem e comam a própria mãe no plenário. Só há uma maneira da população se livrar legalmente deles: esperar que completem 75 anos de idade. Aí, em compensação, não podem ser salvos nem por seus próprios decretos. Têm de ir embora, no ato, e não podem voltar nunca mais. Glória a Deus.
Demora? Demora, sem dúvida, e muita coisa realmente ruim pode acontecer enquanto o tempo não passa, mas há duas considerações básicas a se fazer antes de abandonar a alma ao desespero a cada vez que se reúne a apavorante “Segunda Turma” do STF – o símbolo, hoje, da maioria de ministros que transformou o Supremo, possivelmente, no pior tribunal superior em funcionamento em todo o mundo civilizado e em toda a nossa história.
A primeira consideração é que não se pode eliminar o STF sem um golpe de Estado, e isso não é uma opção válida dos pontos de vista político, moral ou prático. A segunda é que o calendário não para. Anda na base das 24 horas a cada dia e dos 365 dias a cada ano, é verdade, mas não há força neste mundo capaz de impedir que ele continue a andar. Levará embora para sempre, um dia, Gilmar Mendes, Antônio Toffoli, Ricardo Lewandovski. Antes deles, já em novembro do ano que vem e em julho de 2021, irão para casa Celso Mello e Marco Aurélio – será a maior contribuição que terão dado ao país desde sua entrada no serviço público, como acontecerá no caso dos colegas citados acima. E assim, um por um, todos irão embora – os bons, os ruins e os horríveis.
Faz diferença, é claro. Só os dois que irão para a rua a curto prazo já ajudam a mudar o equilíbrio aritmético entre o pouco de bom e o muitíssimo de ruim que existe hoje no tribunal. Como é praticamente impossível que sejam nomeados dois ministros piores do que eles, o resultado é uma soma no polo positivo e uma subtração no polo negativo – o que vai acabar influindo na formação da maioria nas votações em plenário e nas “turmas”.
Com mais algum tempo, em maio de 2023, o Brasil se livra de Lewandovski. A menos que o presidente da época seja Lula, ou coisa parecida, o ministro a ser nomeado para seu lugar tende a ser o seu exato contrário – e o STF, enfim, estará com uma cara bem diferente da que tem hoje. O fato, em suma, é que o calendário não perdoa. O ministro Gilmar Mendes pode, por exemplo, proibir que o filho do presidente da República seja investigado criminalmente, ou que provas ilegais, obtidas através da prática de crime, sejam válidas numa corte de justiça. Mas não pode obrigar ninguém a fazer aniversário por ele. Gilmar e os seus colegas podem rasgar a Constituição todos os dias, mas não podem fugir da velhice.
O Brasil que vem aí à frente, por esse único fato, será um país melhor. Se você tem menos de 25 ou 30 anos de idade, pode ter certeza de que vai viver numa sociedade com outro conceito do que é justiça. Não estará sujeito, como acontece hoje, à ditadura de um STF que inventa leis, censura órgãos de imprensa e assina despachos em favor de seus próprios membros.
Se tiver mais do que isso, ainda pode pegar um bom período longe do pesadelo de insegurança, desordem e injustiça que existe hoje. Só não há jeito, mesmo, para quem já está na sala de espera da vida, aguardando a chamada para o último voo. Para estes, paciência. (Poderiam contar, no papel, com o Senado – o único instrumento capaz de encurtar a espera, já que só ele tem o poder de decretar o impeachment de ministros do STF. Mas isso não vai acontecer nunca; o Senado brasileiro é algo geneticamente programado para fazer o mal).
Para a maioria, a vitória virá com a passagem do tempo.

J R Guzzo




STF e a prisão após 2ª instância

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar hoje três ações que devem definir o posicionamento da Corte sobre quando uma pessoa condenada começa a cumprir a sentença: se após condenação em segunda instância ou quando se esgotarem todos os recursos possíveis. Saiba o que está em jogo e veja também perguntas e respostas sobre o tema.
O voto do relator, no entanto, só deve ser lido na próxima semana. Segundo o presidente do STF, Dias Toffoli, a sessão de hoje será destinada à leitura do resumo do caso e às sustentações orais. O julgamento pode beneficiar Lula, José Dirceu e mais 36 condenados da Lava Jato no Paraná.


Ex-comandante do Exército, Villas Boas faz novo alerta ao STF
O general Eduardo Villas Boas, ex-comandante do Exército, usou o Twitter na quarta-feira (16) para fazer um novo alerta ao Supremo Tribunal Federal (STF) às vésperas do julgamento da prisão após condenação em segunda instância. Não é a primeira vez que Villas Boas usa as redes sociais para alertar a Corte. Em abril de 2018, antes do julgamento de um habeas corpus de Lula, ele disse que repudia a “impunidade”.

PIS-Pasep
Começa a ser pago hoje o abono salarial PIS-Pasep do calendário 2019-2020, ano-base 2018, para os nascidos em outubro. O PIS é pago na Caixa Econômica Federal. Também será liberado o Pasep, que é pago para servidores públicos por meio do Banco do Brasil, para quem tem final da inscrição 2.

Buscas por sobreviventes do prédio que desabou em Fortaleza
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Luis Eduardo Holanda, confirmou mais uma morte em decorrência do desabamento do Edificío Andrea, em Fortaleza. O corpo foi retirado da área dos escombros por volta das 6h40 desta quinta-feira (17), terceiro dia seguido de buscas. Segundo o coronel, o corpo é de um homem, mas ainda não há identificação da vítima.
Até a última atualização, havia 4 mortos e 7 resgatados com vida, segundo o comando do Corpo de Bombeiros. Pelo menos 6 pessoas estão desaparecidas sob os escombros. Mais de 300 profissionais trabalham no local dos escombros do prédio.
O último corpo identificado foi o de Izaura Marques Menezes, de 81 anos. A idosa é avó de Fernando Marques, de 20 anos, o primeiro sobrevivente resgatado do desastre. Izaura também é esposa de Vicente de Paula Vasconcelos de Menezes, de 87 anos, e mãe de Rosane Marques de Menezes, de 55 anos, que ainda estão desaparecidos.

Saque do FGTS para não correntistas da Caixa começa nesta sexta (18)
A Caixa Econômica Federal inicia, nesta sexta-feira (18), o pagamento das contas ativas e inativas do FGTS para quem não é correntista do banco. Os trabalhadores nascidos em janeiro recebem primeiro os até R$ 500 (consulte o calendário dos próximos meses). Para facilitar o atendimento, 2.302 agências vão abrir em horário estendido sexta, segunda (21) e terça-feira (22). As unidades também abrem neste sábado (19), das 9 às 15 horas. A estimativa é de que 4,1 milhões de brasileiros tenham dinheiro a receber nesta etapa. Veja nosso guia de perguntas e respostas sobre o FGTS.

Bolsonaro ganha dedicatória de Felipe Melo após gol do Palmeiras
O presidente da República, Jair Bolsonaro, foi lembrado pelo jogador do Palmeiras Felipe Melo na noite de quarta-feira (16) durante entrevista. O jogador marcou o gol da vitória sobre a Chapecoense nos acréscimos e fez uma série de agradecimentos, entre eles ao presidente. Nas redes sociais, Bolsonaro, que é torcedor do Palmeiras, postou o vídeo e agradeceu.



Sinal verde para o megaleilão

A mesma “ressaca pós-canonização” de Santa Dulce dos Pobres que inviabilizaria o segundo turno da reforma da Previdência no plenário do Senado, como argumentaram os próprios senadores, não foi suficiente para impedir que a casa aprovasse de forma unânime o projeto de lei que define o compartilhamento dos recursos do megaleilão do pré-sal previsto para 6 de novembro. A expectativa do governo é arrecadar, de imediato, R$ 106,5 bilhões em bônus de assinatura caso todas as áreas sejam arrematadas. É esse dinheiro que o Congresso já dividiu no projeto de lei aprovado nesta terça-feira.

De acordo com a divisão, sempre considerando a previsão de sucesso completo no leilão, R$ 33,6 bilhões irão para a Petrobras; do que sobrar, 15% (ou quase R$ 11 bilhões) serão divididos entre municípios e outros 15%, entre os estados, seguindo as regras dos fundos de participação – e, no caso dos estados, também do Fundo de Exportação e da Lei Kandir. Sobrarão para a União quase R$ 49 bilhões. O governo federal não era obrigado a abrir mão dos 30% agora destinados a estados e municípios, mas vários governadores convenceram as bancadas de seus estados no Senado a colocar o Planalto na parede, exigindo a divisão como condição para a aprovação final da reforma da Previdência.

O recurso ao dinheiro de leilões e 
concessões para atenuar o rombo fiscal 
se tornou quase uma necessidade da qual 
o país não deve abrir mão tão cedo

Mesmo perdendo a chance de colocar mais R$ 22 bilhões nos cofres públicos, o montante final que o governo federal receberá não é nada desprezível em um ano no qual as previsões de déficit primário continuam acima dos R$ 100 bilhões. No entanto, percebe-se a continuação de um hábito criado anos atrás, ainda nos governos petistas, de contar sempre com receitas extraordinárias para conseguir fechar as contas – quando fecham. Com a “nova matriz econômica” mergulhando o país na recessão e em déficits primários gigantescos, o recurso ao dinheiro de leilões e concessões para atenuar o rombo se tornou quase uma necessidade da qual o país não deve abrir mão tão cedo, já que a recuperação da saúde fiscal do Brasil é tarefa árdua que não conseguirá ser concluída no curto prazo.

Mais alentador é o fato de que o ganho com os leilões não se resume ao dinheiro que entrará imediatamente nos cofres dos governos. Centenas de bilhões de reais ainda virão em forma de royalties e impostos, e o governo está consciente de que os projetos de exploração precisam ser acelerados, já que a corrida por formas mais limpas de energia pode reduzir a demanda por petróleo no longo prazo, desvalorizando-o. “A oportunidade para o pré-sal é agora, não podemos deixar passar. Precisamos concentrar esforços e explorar o pré-sal antes que seja tarde”, afirmou o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Um ponto positivo a ressaltar é o fato de cada vez mais atores de peso estarem interessados nos ativos brasileiros. Assim como ocorre nos aeroportos, em que operadoras dos principais terminais mundiais têm participado dos leilões, também no ramo de exploração do petróleo o Brasil está atraindo gigantes. No último dia 10, uma rodada de concessões de blocos do pós-sal terminou com R$ 8,9 bilhões arrecadados, superando as expectativas de retorno, apesar de apenas 12 dos 36 blocos terem sido arrematados. Os consórcios vencedores contaram com BP, Chevron, Exxon e Petronas – esta última, de origem malaia, entrando agora no Brasil. É um movimento que poderia ter ocorrido mais cedo, caso os governos anteriores não tivessem se apegado demasiadamente ao protagonismo da Petrobras ao mesmo tempo em que saqueavam a estatal e lhe impunham prejuízos graças a seu uso político. Felizmente, essa distorção foi corrigida a tempo de criar um ambiente mais benéfico tanto para o capital estrangeiro quanto para a própria Petrobras, que ficou livre de obrigações com as quais não podia arcar e agora pode montar sua estratégia de negócios.

Gazeta do Povo