10 coisas que você precisa
saber antes
de vestir uma camiseta do Che Guevara
Digamos que tudo o que
você saiba sobre Adolf Hitler é que ele pintava paisagens, cartões-postais e
casas em Vienna, amava cachorros e batizou seu adorável pastor alemão de
“Blondie” e frequentemente expressava solidariedade para com “o povo”. Você
podia usar lima camiseta com a imagem dele, se o visse como um camarada tão
carismático e também bonito usando sua boina. Mas sua educação seria
considerada incompleta por todo mundo.
Se mais tarde você
descobrisse que o cara na sua camiseta foi um genocida, você talvez perguntasse
à sua professora por que ela deixou de lado alguns detalhes importantes.
Esse cenário hipotético se
assemelha a um fenômeno real visto hoje em vários campi universitários.
Cinquenta e dois anos depois de sua morte na Bolívia – em 9 de outubro de 1967
— o louco socialista Ernesto “Che” Guevara ainda figura nas manchetes e estraga
roupas perfeitamente boas.
No cinema e na cultura
pop, Che aparece como um motociclista aventureiro, um homem simples e humilde,
um revolucionário igualitário romântico e um intrépido símbolo sexual. Sua
assustadora história como um dos criminosos preferidos de Fidel Castro costuma
ser maquiada porque, apesar de todos os assassinatos, ele supostamente tinha
boas intenções (leia-se: odiava os ricos, adorava o poder, eliminava
dissidentes e ajudava os pobres criando ainda mais pobres).
Em seu incrível livro
Exposing the Real Che Guevara and the Useful Idiots Who Idolize Him [Expondo o
verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram], de 2007, o aclamado
jornalista Humberto Fontova compara a ficção com os fatos da seguinte forma:
Quem foi
“Che” Guevara?
Mito: Homem de todos os
povos. Humanitário. Corajoso combatente das liberdades. Amante da literatura e
da vida. Defensor dos pobres e oprimidos.
Realidade: Assassino frio.
Torturador sádico. Materialista sedento de poder. Terrorista que inspirou a
destruição e o derramamento de sangue em toda a América Latina.
Eis algumas informações
pouco conhecidas sobre o psicopata que estampa as camisetas, tiradas do livro
de Fontova e de outras fontes:
Ele elogiou publicamente a
invasão soviética da Hungria em 1956 e chamou os manifestantes que lutaram
contra os tanques soviéticos em Budapeste de “fascistas”.
Depois da vitória da
revolução comunista em Cuba, em 1959, Che tomou para si mesmo uma das mansões
mais luxuosas de Havana — com um cais para iates, uma monstruosa piscina, sete
banheiros, sauna, salão de massagem e cinco aparelhos de televisão.
Che exerceu um importante
papel na Campanha de Alfabetização cubana em 1961 e, ao mesmo tempo, ajudou a
orientar a política brutal de acabar com os dissidentes e a imprensa de
oposição ao regime. Como diz Fontova na biografia, Che “promoveu a queima de
livros e assinou sentenças de morte para autores que discordavam dele”. Os
déspotas comunistas costumam ensinar os outros a ler e escrever, mas se
esforçam ainda mais para se certificarem de que você só leia e escreva o que
eles querem. A primeira queima de livros de Che destruiu mais de 3.000 livros
numa rua de Havana.
Até mesmo o hagiógrafo de
Che, Jorge Castañeda, admite que Che “exerceu um papel fundamental na criação
da máquina de segurança de Cuba” nos primeiros dias do regime castrista. Nessa
condição, Che supervisionou a tortura e execução de milhares de cubanos sem julgamento.
Ele gostava principalmente dos pelotões de fuzilamento.
O poeta e diplomata cubano
Armando Valladares, autor de Against All Hope: My 22 Years in Castro’s Gulag
[Contra todas as esperanças: meus 22 anos num gulag de Castro], diz que Che
“era um homem cheio de ódio” que executiva pessoas “que nunca foram julgadas e
nunca foram declaradas culpadas” e que disse que “se você tem dúvida, deve
executar”.
Che não oprimia todos os
grupos igualmente. Ele odiava especialmente os gays, que prendeu em várias
prisões. Ele era também reconhecidamente racista.
Fidel Castro nomeou Che
Guevara como o primeiro “ministro da Economia” de Cuba e presidente do Banco
Nacional. Em poucos meses, o peso cubano já não valia praticamente nada. Castro
o nomeou ministro da Indústria também. Nessa função, Che se provou igualmente
incompetente. Uma vez ele importou uma frota de limpadores de neve da
Tchecoslováquia porque achava que eles seriam ótimos para colher cana, mas
infelizmente as máquinas simplesmente esmagaram e mataram as plantas.
Che era o czar da economia
de Castro, apesar de não saber nada de economia além dos slogans marxistas. O
ex-vice deChe, Ernesto Betancourt, disse que ele “ignora os princípios mais
elementares da economia”. Ainda assim, ele escreveu a lei cubana de reforma
agrária, limitando o tamanho de todas as fazendas e criando comunas estatais. A
produção despencou e hoje ainda é menor do que era antes da revolução.
Os mísseis soviéticos em
Cuba que quase provocaram uma guerra mundial em 1962 foram ideia de Che. Quando
os soviéticos foram pressionados pela administração Kennedy a retirá-los, Che
declarou publicamente que, se os mísseis estivessem sob controle cubano, eles
teriam sido disparados contra os Estados Unidos porque o socialismo valia mais
do que “milhões de vítimas de uma guerra nuclear”.
Che deixou Cuba em 1965
para fomentar insurreições violentas primeiro na África e depois na América
Latina. Ele foi capturado pelo exército boliviano em 8 de outubro de 1967 e
executado no dia seguinte.
Em resumo: pense duas
vezes (na verdade, só uma vez basta) antes de colocar uma camiseta do Che
Guevara na sua lista de presentes de Natal este ano.
Fonte: Gazeta do Povo
Obs: Baseado em texto de
Lawrence W. Reed