O fim do Mais Médicos
cubanos e o fim
da picada das barbaridades no trânsito
Hoje eu estou no Rio
Grande do Sul, não estou acompanhando Brasília de perto, mas deu para assistir
ao lançamento de outro programa que substitui o Mais Médicos: o nome é Médicos
pelo Brasil.
São 18 mil vagas com bons
salários para os médicos brasileiros. Eu não consigo deixar de comentar sobre o
contrato de trabalho escravo que nós fizemos com os cubanos via Organização dos
Estados Americanos (OEA). Vergonha para nós brasileiros. Vergonha para a OEA.
Um contrato no qual um
médico cubano era tratado como escravo: eles recebiam somente um quarto do
salário, e o resto era para o governo cubano. Essa era uma forma de ajudar o
governo cubano como se o nosso BNDES já não estivesse financiando o porto de
Mariel para a construtora brasileira pagar propina para o partido que inventou
tudo isso.
Esses pobres cubanos
escravizados há 60 anos foram usados para arrecadar dinheiro para aquele
governo podre e genocida que está caindo aos pedaços, mas resiste em cima do
pobre povo cubano.
Os cubanos que aqui
ficaram - são quase 2 mil - já receberam condições para ficar por aqui. Mas os
que quiserem exercer a medicina vão ter que prestar exame, porque o curso de
medicina de Cuba é mais ou menos uns 20% do que é o curso aqui no Brasil, em
termos de tempo e estudo.
Essa é uma nova atitude do
governo brasileiro - que vai beneficiar médicos brasileiros com um bom
programa, é claro - mas que também vai ajudar os cubanos que conseguiram ficar
aqui porque provavelmente a família não ficou lá, e eles não querem mais voltar
para aquela ditadura.
STF
O Supremo Tribunal Federal
reiniciou com tudo. Tratou do impedimento de repassar informações de corruptos
e lavadores de dinheiro no Coaf, da queixa do presidente da OAB sobre
referências ao pai dele que pegou em armas para implantar no Brasil um regime
marxista como o cubano.
Além disso, tratou das
relações com o Ministério Público; na verdade, tratou de relações com as ruas.
Nunca o Supremo esteve tanto na boca e na crítica das pessoas comuns. O Supremo
sempre esteve em uma torre de marfim. Agora não, pois a gente acompanha a
Justiça para saber se justiça é feita.
Código de trânsito
O presidente Bolsonaro
propôs algumas mudanças no Código de Trânsito e chegou a dizer que tem que
fechar as autoescolas porque elas não ensinam nada. Na quinta-feira (1), ao ir
da minha casa ao aeroporto eu observei isso.
As pessoas estão com
carteira de habilitação no bolso, mas fazem as maiores barbaridades no
trânsito. Tinha um que ia entrar na esquerda, mas ficava no lado direito e
depois diminuiu a marcha para cortar os outros que estavam com a velocidade
maior, em vez de apertar no acelerador. O exame para carteira teria que ser um
exame de inteligência também para ver se a pessoa age no trânsito de modo
racional.
Eu estou citando isso, mas
o que eu queria falar é sobre um atropelamento em São Paulo. O sujeito vinha de
Porsche em alta velocidade e atropelou uma senhora de idade na faixa de
pedestres.
Ele matou, olhou e fugiu.
Achar um Porsche é fácil e se descobriu que, em 2014, enquanto dirigia um
Mustang em alta velocidade também tinha atropelado e matado um motoqueiro. Ele
fora condenado a regime semiaberto, mas a pena foi convertida em prestação de
serviços à comunidade.
Isso prova que a
autoescola não ensina nada, e que o sujeito não aprendeu. O homem que atropelou
a senhora já foi solto por um habeas corpus, porque o desembargador argumentou
que solto ele não causaria prejuízo às investigações. É por isso que morre
tanta gente no Brasil.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo