PF apura envolvimento de
mais um hacker
A cópia do depoimento do
suspeito de hackear o ministro Sérgio Moro, Walter Delgatti Neto, à Polícia
Federal fica claro que os delegados ainda apuram o envolvimento de outro
suspeito no caso. Delgatti confessou a polícia que foi o autor dos ataques ao
ministro Sérgio Moro e outras autoridades da Lava Jato.
No depoimento, porém,
Delgatti se reservou ao direito de permanecer em silêncio quando perguntado se
conhece alguém que não teve o nome divulgado no documento. O mesmo acontece
quando a PF pergunta se Delgatti comprou dólares a pedido dessa pessoa. O lugar
do documento onde deveria aparecer o nome do quinto suspeito da PF aparece com
a marcação [RASURADO] para não prejudicar as investigações. Além de Delgatti,
outras três pessoas foram presas na operação Sooofing na última terça-feira.
Ameaça de expulsão abre
brecha para Tabata deixar PDT
Ao ameaçar expulsar a
deputada Tabata Amaral (PDT-SP) e outros parlamentares dissidentes pró-reforma
da Previdência, as cúpulas do PDT e do PSB podem ter aberto uma brecha para que
eles mudem de legenda sem perder o mandato. Há precedente no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) para que a advertência seja entendida como uma discriminação, o
que justificaria a saída sem descumprir a regra de fidelidade partidária.
Oito deputados do PDT e 11
do PSB votaram a favor do texto-base da reforma da Previdência, contrariando
orientação das siglas. Os dois partidos abriram procedimentos internos para
avaliar a conduta dos parlamentares, o que pode culminar na expulsão dos
"infiéis".
Programa que substitui
Mais Médicos
O governo lançará o novo
programa Mais Médicos na próxima semana. "A Casa Civil e a Presidência da
República deram o OK e na semana que vem a gente lança o Médico Pelo Brasil, o
novo programa que vai rever o programa Mais Médicos", disse o ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na sexta-feira (26), informa o G1.
Em maio, o Ministério
da Saúde disse que o novo programa priorizará atendimento médico nos municípios
com maior vulnerabilidade social. Mandetta disse também que está estudando
alternativas para o exercício profissional dos médicos cubanos que ficaram no
Brasil, depois que Cuba se retirou do programa.
Governo estanca indenizações
a perseguidos do regime militar
A proporção de pedidos
aprovados de indenização a perseguidos políticos do regime militar é menor com
o presidente Jair Bolsonaro comparado a gestões anteriores. Até agora, no atual
governo, menos de 1% dos mais de mil requerimentos analisados pela Comissão de
Anistia foram deferidos.
Na última quinta-feira
(25) foram avaliados mais 105 pedidos de indenização. Destes, somente dois
tiveram parecer totalmente favorável e um foi deferido parcialmente. Em uma
análise de 98 processos feita no final de junho, nenhum requerimento foi
deferido plenamente e cinco foram deferidos parcialmente. Antes disso, o
governo já havia avaliado 1.123 processos e indeferido todos eles. Ou seja,
entre 1.326 pedidos considerados, somente dois foram aprovados totalmente e
seis parcialmente.
Nos anos anteriores, a
proporção de pedidos deferidos foi mais alta. Em 2016, por exemplo, 27,4% dos
requerimentos foram aprovados. Em 2017, 15,9%. No ano passado, 2,4%. É
importante ressaltar que já havia uma tendência de queda no número de processos
deferidos. Em 2013, 66% dos pedidos foram aprovados.