sexta-feira, 3 de maio de 2019





CBF oficializa amistoso da seleção no Beira Rio


A CBF oficializou nesta sexta-feira os amistosos que a seleção brasileira realizará antes da disputa da Copa América, em casa. Como previsto, os adversários serão Catar e Honduras, nos dias 5 e 9 de junho, em Brasília e Porto Alegre, respectivamente. Serão os últimos testes de Tite para o torneio continental, que será realizado entre 14 de junho e 7 julho. A convocação final sai em 17 de maio.

O confronto diante do Catar já havia sido oficializado pela federação de futebol do país asiático, mas ainda não era confirmado pela CBF. Entretanto, a partida tinha previsão de ser disputada no Maracanã - mas acabou sendo marcada para o Mané Garrincha, em Brasília, para o dia 5 de junho, às 21h30. Será a primeira vez que o Brasil enfrentará o Catar, campeão da Copa da Ásia neste ano.

Já era previsto que o segundo confronto ocorreria em Porto Alegre, com Honduras como adversário. A CBF oficializou a partida, que será disputada no dia 9, no Beira-Rio, às 16h (de Brasília).

Após os amistosos, a Seleção de Tite seguirá treinando, de olho na estreia na Copa América, que acontece em 14 de junho, diante da Bolívia, no Morumbi, em São Paulo. Quatro dias depois, o adversário será a Venezuela, na Arena Fonte Nova, em Salvador, e o último jogo da fase de grupos ocorrerá contra o Peru, em 22 de junho, na Arena Corinthians, também em São Paulo.






Justiça homologa indenizações individuais 
de vítimas de Brumadinho

Vale tem cinco dias para depositar 
dinheiro na conta dos beneficiários

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) homologou os primeiros acordos de indenizações individuais em favor de vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Intermediados pela Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), os acordos possibilitam maior celeridade para o pagamento de indenizações, sem prejudicar eventuais direitos que porventura venham a ser reconhecidos em ação coletiva futura.

A partir da homologação do acordo, feita ontem (2), a Vale terá cinco dias para depositar o dinheiro na conta dos beneficiários. Os valores das indenizações, bem como outros detalhes do termo de compromisso, não foram divulgados sob a justificativa de preservar a segurança e a privacidade dos atingidos.


Firmados por meio de termo de compromisso celebrado entre a Defensoria e a Vale - empresa responsável pela barragem localizada no córrego Mina do Feijão - os acordos foram firmados “com o objetivo de agilizar o pagamento de indenizações extrajudiciais, individuais ou por núcleo familiar, por danos materiais e morais, aos atingidos pelo rompimento da barragem”, informou a DPMG por meio de nota.

“De acordo com o termo, não serão descontados da indenização pecuniária tratada nos acordos valores recebidos pelo atingido a título de pagamento emergencial acertado na audiência de 20 de fevereiro deste ano, ou doações recebidas da Vale – emergenciais ou de caráter alimentar”, acrescenta a nota.

Quando o termo de compromisso entre a Vale e a Defensoria Pública de Minas Gerais foi assinado, foi objeto de preocupação manifestada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Na época, o promotor André Sperling argumentou em favor de negociações coletivas, de forma a evitar que vítimas da tragédia que estejam passando por necessidades se vejam obrigadas a aceitar a proposta da Vale.

“A Vale se aproveita da situação criada pela tragédia que ele mesma provocou para fazer com que as pessoas aceitem acordos violadores. E depois que tiver vários acordos individuais, a empresa poderá apresentá-los à Justiça como padrão de indenização que deve ser aplicado a todos", disse, na época, o promotor.

Segundo a DPMG, o termo firmado com a Vale tem como foco as pessoas hipossuficientes, sem condições de arcar com os custos de advogados. A Defensoria reforça que o acordo não retirará dos atingidos “quaisquer direitos futuros que venham a constar de eventuais ações e/ou acordos coletivos”.

Entre os acordos homologados, há o caso de um casal indenizado por danos morais e materiais, após sua casa, onde moravam com um filho, ter sido destruída pela lama. Também recebeu o mesmo tipo de indenização um senhor que havia construído uma casa em um lote recém-adquirido.

Em outro caso, um casal que perdeu a chácara onde morava foi compensado por danos materiais que incluem, além da perda do imóvel, a de animais, automóvel e maquinários. A quarta pessoa indenizada foi um homem, pela perda do imóvel, do mobiliário e dos bens de uso pessoal, bem como pelo aumento do custo de vida e pela interrupção de suas atividades econômicas.

Agência Brasil






Mega-Sena de R$ 140 milhões pode render 
R$ 518 mil ao mês na poupança

Sorteio será no sábado (4), às 20h. Aposta mínima custa 
R$ 3,50 e pode ser feita nas lotéricas do país ou pela internet.

A Mega-Sena está acumulada há doze concursos e pode pagar um prêmio de R$ 140 milhões para quem acertar as seis dezenas do concurso 2.148. O sorteio acontece no sábado (4), às 20h (horário de Brasília), no espaço Loterias Caixa no Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo (SP).

Você já pensou em ter um salário de mais de R$ 500 mil? Pois caso apenas um ganhador leve o prêmio de R$ 140 milhões na poupança, poderá receber mais de R$ 518 mil por mês, considerando o rendimento líquido mensal atual da aplicação, que é de 0,37%.

Para receber o prêmio, é preciso ir a qualquer casa lotérica credenciada ou nas agências da Caixa. Quando o prêmio líquido é superior a R$ 1.332,78 (bruto de R$ 1.903,98), o ganhador deve resgatar o pagamento somente nas agências da Caixa. Já valores iguais ou maiores de R$ 10.000,00 são pagos dois dias depois da apresentação do ganhador em uma agência do banco.

Os prêmios podem ser sacados num prazo de 90 dias. Após esse prazo, os valores são repassados ao tesouro nacional para aplicação no FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior). Desde a criação da Mega-Sena, em 1996, mais de R$ 1,2 bilhão deixaram de ser resgatados, segundo dados da Caixa.

Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser feitas até as 19h (de Brasília) do dia do sorteio, em qualquer lotérica do país ou pela internet. A aposta mínima custa R$ 3,50.

Pela internet também é possível adquirir combos. São seis opções que inclui várias modalidades. Na seleção do combo, o apostador pode escolher entre visualizar os números selecionados em cada aposta ou o formato “Surpresinha”, no qual o sistema escolhe aleatoriamente os números da aposta, quando da sua efetivação. O valor mínimo para apostar na internet é de R$ 30 e o máximo de R$ 500 por dia.

Com Portal G1






TCU vai exigir explicações ao Supremo 
sobre compra de vinhos e lagostas


O Supremo Tribunal Federal (STF) terá de explicar ao Tribunal de Contas da União (TCU) por que decidiu fazer uma licitação de R$ 1,3 milhão para comprar medalhões de lagosta e vinhos importados — e premiados — para as refeições servidas na Corte. O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao TCU, Lucas Rocha Furtado, afirmou que a notícia, divulgada na semana passada, teve “forte e negativa repercussão popular”. Furtado também pediu a suspensão da licitação.    

“Os requintados itens que compõem as tais ‘refeições institucionais’ contrastam com a escassez e a simplicidade dos gêneros alimentícios acessíveis — ou nem isso — à grande parte da população brasileira que sofre com a crise econômica que se abateu sobre o país há alguns anos”, disse Furtado. Ele pediu ainda que se apure a prática de irregularidades pela administração do Supremo na contratação de empresa especializada no fornecimento das refeições. Na visão do procurador, a licitação “afronta o princípio da moralidade administrativa”, previsto na Constituição.
  
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) foi à tribuna do Senado para criticar a licitação e informou que entregou duas representações ao TCU, uma para suspender a licitação e outra para fazer uma auditoria nos últimos 10 contratos firmados pelo STF. “É um absurdo completo. Queremos saber cada detalhe desses contratos alimentícios, e dos contratos etílicos também”, disse.

Na semana passada, o servidor estadual Wagner de Jesus Ferreira, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), moveu ação popular na Justiça Federal do DF contra o pregão eletrônico do Supremo. Segundo o STF, o edital seguiu padrão do Ministério das Relações Exteriores.

No menu exigido pelo STF estão produtos para pratos como bobó de camarão, camarão à baiana e “medalhões de lagosta”. As lagostas, destaca-se, devem ser servidas “com molho de manteiga queimada”. A Corte exige ainda que sejam colocados à mesa pratos como bacalhau à Gomes de Sá, frigideira de siri, moqueca (capixaba e baiana) e arroz de pato. O cardápio ainda traz vitela assada, codornas assadas, carré de cordeiro, medalhões de filé e “tournedos de filé”.

Os vinhos exigiram um capítulo à parte. Se forem tintos, por exemplo, têm de ser tannat ou assemblage, contendo esse tipo de uva, de safra igual ou posterior a 2010 e que “tenham ganhado pelo menos quatro premiações internacionais”. “O vinho, em sua totalidade, deve ter sido envelhecido em barril de carvalho francês, americano ou ambos, de primeiro uso, por período mínimo de 12 meses”, especifica o edital.







Reintegração de posse é para gente séria. 
Se necessário, chamem o Exército!

A Advocacia-Geral da União está insistindo para a Suíça devolver mais 700 milhões de francos suíços. Esse dinheiro é referente aos corruptos da Lava Jato que tinham contas na Suíça. O dinheiro está bloqueado. O país já devolveu 300 milhões de francos suíços. Isso tudo dá quase R$ 5 bilhões.

Olha só onde esse pessoal tem conta: Mônaco, Lichtenstein, Rússia, Panamá, nas ilhas do Canal da Mancha – Jersey e Guernsey -, Estados Unidos, Chile, França, Luxemburgo, Singapura e Reino Unido.

Pois é, o período da corrupção aqui no Brasil se estendeu por muito tempo. Felizmente alguns já estão presos e tomara que outros também sejam.

A propósito, eu vi que a Odebrecht está mudando de nome, vai usar a sigla OEC. Eu me lembro daquela piada do marido que flagrou a mulher no sofá e resolveu o assunto vendendo o sofá. Mas é uma grande empreiteira que acabou se envolvendo, talvez por não ter outra saída, nas grandes negociatas com as maiores autoridades da nossa República Federativa do Brasil.

Guri na linha certa
Eu queria falar um pouquinho de um jovem deputado que foi o mais votado do Rio Grande do Sul – ele tem ascendência holandesa – Marcel Van Hattem. Ele estudou na Holanda. É nascido em novembro de 1985. Ele está brilhando em Brasília, como brilhou na Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

Já querem incluí-lo naquela fofocada de jogar uns contras os outros para enfraquecer. Estão dizendo que a bancada governista está com ciúmes dele. Ele defende ideias liberais, está muito próximo de Paulo Guedes e é brilhante.

Ele é do partido Novo – eu tenho ouvido muitos elogios a esse partido. Novidade na política e de valor – tem outros de muito valor lá dentro. Ainda bem. Ele está na Câmara de Deputados porque 350 mil eleitores gaúchos o puseram lá.

Decisões óbvias que importam
Gente, finalmente o Governo tomou uma decisão óbvia. Se houver alguma invasão de órgão público tem que chamar a Polícia – Federal, Estadual ou o Exército, se for necessário – tanto para impedir a invasão, quanto para expulsar os invasores.

Não tem essa de reintegração de posse. Essa ação de reintegração é para gente séria e que está discutindo na Justiça quem é o proprietário de um determinado imóvel. Não é um invasor, é alguém que estava fazendo o uso do imóvel ou tinha uma escritura parecida com a do outro e o imóvel estava sobre o domínio da pessoa errada, e aí se pede a reintegração de posse comprovando a propriedade.

Mas em um caso desse, gente, interrompe uma prestação de serviço público. O órgão fica impedido de prestar o serviço que é esperado pelo contribuinte. Essa é a medida mais óbvia e que precisa ser praticada.

Assim como é óbvio que o proprietário tem o direito de defender seu imóvel, já que a propriedade é sagrada. Isso é óbvio. A pessoa tem o direito de defender sua própria vida – isso é óbvio. A Polícia tem o direito de tirar de circulação o bandido. Isso também é óbvio.

São coisas óbvias e que aqui no Brasil não estavam valendo, porque veio uma história de inversão de valores. Foi disso que o país sofreu nestes últimos anos.

Alexandre Garcia
Gazeta do Povo






MOBILIDADE
Em função das obras no Salgado Filho, a EPTC informa que haverá necessidade de bloqueio na avenida Severo Dullius a partir desta sexta-feira, 3, por tempo indeterminado, entre as ruas Lenea Gaelzer e Eugênio Rubbo, sentido da avenida Dique para o aeroporto, para colocação de postes de energia na via. O trânsito, inclusive o transporte coletivo, será desviado pela avenida das Indústrias. Os trabalhos acontecerão entre 8h e 17h, com monitoramento dos agentes de fiscalização da EPTC.

TRABALHO
Celebrando a semana do trabalhador, a Secretaria de Desenvolvimento Social e Esporte (SMDSE) promove o seminário "O Presente e o Futuro no Mercado de Trabalho" nesta sexta-feira, 3, das 14h às 18h30,  no Plenário Ana Terra, na Câmara Municipal (avenida Loureiro da Silva, 255).. Em fevereiro deste ano, Porto Alegre voltou a ter saldo positivo na criação de empregos com carteira assinada. O resultado é o dobro de oportunidades registradas para o mesmo mês do ano passado. O encontro vai abordar os novos rumos do mercado de trabalho, suas tecnologias e as qualificações necessárias para esse novo cenário de recuperação do setor. O evento é aberto ao público, não é necessária inscrição prévia.

MAIO AMARELO
Nesta sexta-feira, 3, das 9h às 11h30, o Salão de Atos 2 da UFRGS recebe o ciclo de palestras sobre os mais frágeis da mobilidade urbana. O evento é aberto ao público, gratuito e integra as atividades da programação do Maio Amarelo em Porto Alegre, que terá a cerimônia de abertura na próxima semana, com a divulgação do cronograma oficial. O professor Carlos Félix, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e representante do Maio Amarelo no Rio Grande do Sul, fala sobre segurança no trânsito e mobilidade urbana. A enfermeira da Secretaria Municipal de Saúde, Karla Livi, apresenta quem são os mais frágeis, segundo dados do Programa Vida no Trânsito. Marcelo Temoteo, chefe de Operações da Polícia Rodoviária Federal, tem como tema de sua apresentação a segurança nas rodovias federais em fiscalizações baseadas em estatística e educação consciente.

EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
A prefeitura, pela Coordenação de Educação para a Mobilidade (CEM) da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), informa que já estão abertas as inscrições para 12º Prêmio EPTC de Educação para o Trânsito. Moradores, estudantes e trabalhadores do município de Porto Alegre podem obter mais informações sobre o concurso neste link até o dia 16 de agosto. Os trabalhos devem ser entregues na av. Erico Verissimo, nº 100, bairro Menino Deus, acompanhados da ficha de inscrição. O objetivo do concurso, aberto ao público, é estimular crianças, jovens e idosos, além de educadores das instituições de ensino, profissionais da comunicação e público em geral, a adotarem comportamentos e hábitos que tornem o trânsito mais seguro, civilizado e humano para todos nas relações do dia a dia da circulação.

VACINAÇÃO
As salas de vacina abertas da Secretaria Municipal de Saúde passam a atender todos os grupos prioritários: crianças, gestantes, puérperas até 45 dias após o parto, idosos, professores, indígenas, trabalhadores da saúde e pessoas com comorbidades (doenças preexistentes). Esta é a 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra gripe (influenza) realizada no Brasil e se estende até 31 de maio. De 15 a 18 de abril foram vacinadas crianças entre seis meses e menos de seis anos e gestantes. Em Porto Alegre, o atendimento será feito em dias úteis, de segunda a sexta-feira. O horário varia: unidades de saúde atendem das 8h às 17h; a Clínica da Família, na Restinga, das 8h às 20h; e a US Rubem Berta, no bairro Rubem Berta, zona Norte, atende das 7h às 22h. As quatro unidades de saúde com horário estendido (São Carlos, Ramos, Tristeza e Modelo) atendem das 8h às 22h. Veja aqui a relação das unidades que estão vacinando em Porto Alegre. No sábado, 4, oitenta e três locais estarão abertos no Dia D de mobilização nacional.





Como deputados ‘compram’ a aposentadoria 
antes da reforma da Previdência


Em meio às discussões sobre a reforma da Previdência, deputados novos ou reeleitos buscam formas de ampliar o valor da própria aposentadoria. Eles têm conseguindo autorização da Câmara para averbar (aproveitar) mandatos anteriores em câmaras de vereadores, prefeituras ou assembleias legislativas, mediante o pagamento de contribuições retroativas. Na prática, eles podem comprar uma generosa aposentadoria. As regras são antigas e foram mantidas no projeto de reforma das regras previdenciárias.

O deputado de primeiro mandato Marcelo Nilo (PSD-BA), por exemplo, teve autorizada, em 5 de abril, a averbação onerosa de 28 anos de exercício de mandato na Assembleia Legislativa da Bahia. Ele filiou-se ao Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC) no primeiro dia de mandato, em 1º de fevereiro deste ano. Essa prática já era permitida aos congressistas de legislaturas anteriores e foi estendida aos parlamentares eleitos em 2018, desde que se filiem ao plano especial de previdência do Congresso.

Para aproveitar os 28 anos, Nilo terá que pagar R$ 2,5 milhões. Mas terá um aumento de R$ 27 mil na sua aposentadoria, que poderá chegar a R$ 33,7 mil se completar pelo menos mais dois mandatos como deputado federal. Em sete anos, ele recupera o dinheiro “investido”. Mas o deputado ainda não tomou a sua decisão. Afirmou, por meio da assessoria, que já tem 33 anos de contribuições ao INSS e vai esperar o final do atual mandato para decidir o que será averbado.

O deputado poderá aproveitar quantos mandato de deputado estadual quiser, desde que pague as contribuições correspondentes. Ou seja, ele poderá escolher o valor da própria aposentadoria, numa combinação entre contribuições ao INSS e ao PSSC.

Regras favoráveis
Para completar os 35 anos de contribuições, exigência do PSSC, os parlamentares podem usar o tempo vertido ao INSS, mas essas contribuições não contam para a definição do valor da aposentadoria. Após a promulgação da PEC da reforma da Previdência, para se aposentar, os atuais deputados terão que pagar um pedágio de 30% do tempo que faltar para os 35 anos de contribuição, além de idade mínima de 65 anos.

Até agora, 45 novos deputados – eleitos em 2018 – já se filiaram ao PSSC. Ao todo, o plano conta com 195 deputados filiados. Alguns deles, como Ciro Nogueira (PP-PI), Esperidião Amin (PP-SC) e Jarbas Vasconcellos (MDB-PE), estão agora exercendo mandato como senador, mas os seus nomes constam na lista de filiados da Câmara.

Deputados reeleitos
Com um mandato de deputado federal, Ronaldo Carletto (PP-BA) conseguiu, em 7 de março, a autorização para averbar 12 anos de mandato de deputado estadual, mediante o pagamento de R$ 1 milhão. Com essa medida, ele terá o acréscimo de R$ 11,5 mil na sua aposentadoria. O cálculo é o mesmo: em sete anos, recupera o investimento. Mas terá que completar a idade mínima exigida e 35 anos de contribuição – mais o pedágio – para se aposentar futuramente.

O deputado Mauricio Dziedricki (PTB-RS) ficou fora da Câmara por um mandato. Retornou neste ano e já conseguiu autorização para averbar seis anos de mandato como vereador em Porto Alegre, entre 2005 e 2011. A operação vai custar R$ 554 mil. O acréscimo na aposentadoria será de R$ 5,8 mil – igual ao teto do INSS.

Com quatro mandatos de deputado federal, Pompeo de Mattos (DST-RS) assegurou, em 4 de abril, o direito de aproveitar 15 anos de mandatos de vereador e prefeito de Santo Augusto (RS), de 1983 a 1990; e de deputado estadual, de 1991 a 1999. Pagando R$ 1,35 milhão, poderá ampliar em R$ 14,4 mil o valor da sua aposentadoria.

Daniel Almeida (PCdoB-BA) tinha quatro mandatos como deputado federal e se reelegeu em 2018. Em 8 de março, teve aprovado o aproveitamento de oito anos de mandato como deputado federal, de 2003 a 2011. Terá que pagar R$ 713 mil pela averbação. A operação foi possível porque, para ampliar o tempo de aposentadoria, os parlamentares também podem pagar contribuições retroativas do próprio mandato.

Fora do mandato
Deputados que não se reelegeram em 2018 também buscam um reforço da aposentadoria. Givaldo Carimbão (Avante-AL) já tinha cinco mandatos de deputado federal, além de dois mandatos e meio como vereador. Em 8 de abril, conseguiu a aprovação, sem custos, de 34 anos de contribuição ao INSS. A Câmara informou que não serão contados períodos concomitantes ou já considerados para concessão de outro benefício.

Deputado federal de 2003 a 2007, Fernando de Fabinho (DEM-BA) teve autorizada, em 7 de março, a averbação de 27 anos de contribuição ao INSS, entre 1975 e 1999. Como não há contagem de tempo em duplicidade, poderá atingir os 35 anos mínimos de contribuição.

Deputados que não se reelegeram em 2018 poderão voltar ao mandato após a promulgação da PEC da Previdência. Nesse caso, terão o direito de se reinscrever no PSSC e voltar a pagar contribuição. Após concluídos um ou mais mandatos, terão ampliado o valor da aposentadoria. É a chamada reaposentadoria, uma prática que foi vedada pelo Supremo Tribunal Federal para os segurados do INSS. O motivo: não havia lei prevendo isso. Ao criar o PSSC, em 1997, os parlamentares não esqueceram de regulamentar a própria reaposentadoria. Então, eles podem!

Lúcio Vaz
Gazeta do Povo






Quem é racista?


O caderno Donna, de ZH, publicou um comentário no mínimo excêntrico da blogueira Duda Buchmann, sobre expressões que ela considera racistas.

Acho que vocês devem fazer como os mais de trezentos (até o meio da tarde de ontem) que leram a matéria e postaram no Facebook, comentários ridicularizando a autora que ilustrou a matéria com uma foto, não sei se dela, pois é uma desconhecida para mim e, pelo que li, para a maioria dos que leram, com o cabelo coberto por dreads claros, mesmo depois de ter declarado sua defesa ao cabelo das negras: “Cabelo ruim/pixaim/duro/de bom bril – Não existe cabelo ruim. Existe cabelo afro, crespo, cacheado e que muitas vezes é mais macio que qualquer outro.”

Se tudo é verdade, se um dos orgulhos dos negros é ter um cabelo como o que afirmou a moça, para que esconde-lo, principalmente com dreads claros? Não seria racismo? Não seria vergonha dos cabelos naturais? Não sei!

Esqueceu a blogueira,, quem sabe propositalmente, que existe um grupo de pagode chamado Raça Negra, que o gaúcho fala muito em “preteou o olho da gateada”, que lista negra vem da expressão blacklist, que João Gilberto gravou “ai essa mulata quando dança, é luxo só”, que o maravilhoso samba Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, fala em “mulato inzoneiro”, que o termo mulata, que ela diz que é racista, tem definido a beleza da mulher negra, ou quase, desde muitos anos?

“O teu cabelo não nega mulata, porque és mulata na cor...mulata eu quero o teu amor”

Quanto racismo (?) embalou nossos carnavais e embala até hoje. Na opinião da blogueira, essa marchinha certamente estaria proibida.

Esquece a blogueira, que existem movimentos como Professores Negros, Mulheres Negras, que existe a semana do negro, que existem cotas raciais usadas, na maioria das vezes, por quem se declara negro sem ser, ou por negros que podem pagar uma faculdade particular, mas se aproveitam da lei. E nada disso foi lembrado por ela.

Já pensaram se surgisse o movimento dos professores brancos, das mulheres brancas, ou loiras, ou de qualquer outra cor que não fosse a negra, se comemorássemos a semana do branco? Seria no entender da colunista (?) o extremo racismo.

Não tenho absolutamente nada contra os negros, tenho inúmeros amigos, colegas, parceiros de festas, futebol, problemas, que são negros e com os quais convivo perfeitamente, sem nenhum preconceito ou diferença. Assim como sou moreno, minha mulher e meus filhos são brancos, eles são negros. Simples assim.

Mas o cumulo do preconceito demonstrado claramente pela moça de dreads, está colocado na explicação dela sobre “da cor do pecado”. Diz ela que essa expressão deve ser banida do nosso vocabulário, pois “Normalmente usada como elogio, refere-se a uma pele branca queimada do sol. É uma total objetificação do corpo negro. Não é um pecado ter a pele negra. Não é um elogio.”

Acho que somente tal parte do artigo serve para mostrar quem é verdadeiramente racista. Imaginem que ela afirma que a expressão “refere-se a uma pele branca queimada pelo sol”. Não é de rir?

Nos meus tempos de guri, era chamado de baixinho e minha turma tinha o negão, o gordo, o sarrafo e todos conviviam normalmente, sem que ninguém fosse acusado de bullying, racismo ou coisa parecida. Hoje é moda, ou politicamente correto!

Propositalmente usei a mesma foto, que não sei se é dela, para  ilustrar, como ela fez em sua matéria, o meu Bom Dia de hoje.

Machado Filho