Dia ruim para Temer, bandidos e mosquitos
O ex-presidente Temer – que já era réu três vezes – agora
é réu pela quarta vez. Na segunda-feira, ele tinha sido denunciado pelo
Ministério Público federal (MPF), em São Paulo, por lavagem de dinheiro na
construção de Angra 3, onde já aplicaram quase R$ 10 bilhões de reais, e a
usina está lá, interminada desde que começou a ser feita em 1984. Usaram R$ 1,6
milhão desse dinheiro na reforma da casa da filha de Temer, Maristela, no
bairro de Alto Pinheiros.
O juiz ontem (4) já aceitou a denúncia e Temer virou réu
junto com a filha, Maristela; o coronel Lima e a mulher do coronel Lima, que
teriam sido supervisores da reforma desta casa.
Vocês hão de lembrar que, na segunda-feira, o juiz
Marcelo Bretas aceitou outra denúncia também de dinheiro desviado de Angra 3, e
Temer se tornou réu no Rio de Janeiro.
Ele já era réu outras duas vezes. Uma vez foi referente
àquela mala de R$ 500 mil do Joesley Batista e da ‘corridinha’ do Rocha Loures.
O ex-presidente Temer já é réu quatro vezes, e só perde
para o Lula, que é réu cinco vezes e tem duas condenações. Daqui a pouco sai
mais uma sentença…
Dia ruim para bandidos…
Não foi um dia bom para bandido. Uma superquadrilha
chegou com carros blindados em Guararema, na região metropolitana de São Paulo,
para assaltar o banco Santander e o Banco do Brasil. Mas eles foram recebidos
pela Rota (Rondas Ostensivas de Tobias Aguiar), da Polícia Militar de São
Paulo.
Onze foram mortos. Deixaram de existir em nosso meio 11
bandidos. Essa é uma excelente notícia!
Pela primeira vez neste país, a Polícia Militar, a ROTA,
recebeu elogios do governador e do presidente da República, tal como costuma
acontecer em países civilizados.
Eu acrescento os parabéns ao trabalho da Polícia, porque
não houve nenhuma ação que tenha prejudicado qualquer pessoa que estivesse
perto, que não fosse bandido. Tampouco houve baixa entre os policiais, ou seja,
foi uma operação muito bem feita.
O ministério Público participou dessa operação na parte
de inteligência porque já vinha acompanhando esse bando há nove meses.
Já no Rio de Janeiro eu ouvi preocupações quanto à volta
do status quo ante bellum. Eu vou traduzir o latim para o português: a volta ao
estado que estava antes da intervenção federal na segurança pública. Pouco a
pouco voltando à situação anterior. Isso, sem dúvida, é preocupante.
Enquanto isso, no Supremo
O mesmo Supremo – que julgou se poderiam botar aditivos
sabor chocolate ou hortelã em cigarros – está julgando se pode combater
mosquito da dengue com avião pulverizador.
Não era para ser uma corte Constitucional? Seriam esses
assuntos Constitucionais? Que coisa estranha, né?
Reunião do presidente com presidentes
Já no poder executivo, o presidente da República recebeu
no Palácio do Planalto os presidentes de partidos políticos cujos deputados
federais formam 187 assentos na Câmara dos Deputados.
Recebeu pelo DEM: o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o
governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Recebeu pelo MDB: o ex-senador Romero Jucá
(RR). Recebeu pelo PSDB: o presidente do partido, Geraldo Alckmin, que foi
candidato à presidência da República. Além de receber o Marcus Pereira, pelo
PRB, e o Gilberto Kassab, pelo PSD.
O que está em pauta? O óbvio: a reforma da Previdência.
Sem ela, as aposentadorias simplesmente quebram prejudicando os mais pobres, os
que têm aposentadorias menores. Não tem saída!
Tem gente, como vimos na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara, no depoimento de Paulo Guedes, que prefere afundar o
barco em que todos nós estamos. Ou queimar a ponte para a gente não conseguir
atravessar.
E para terminar…
Uma informação passada pelo ministro das Relações
Exteriores, Ernesto Araújo.
Teve gente que se escandalizou quando Bolsonaro foi a
Israel, e declarou amores a Israel. Gente: há mais de 20 anos o Brasil dá as
costas para esse país, que é uma das nações mais importantes do mundo em
avanços de ciência e tecnologia. É uma democracia republicana.
Para dar equilíbrio a essa balança que estava capenga, o
presidente Bolsonaro anunciou que vai aos países árabes tratar, principalmente,
de assuntos comerciais e de amizades, já que o Brasil abriga uma população
árabe muito grande.
Alexandre Garcia
Gazeta do Povo