sexta-feira, 5 de abril de 2019






Dia ruim para Temer, bandidos e mosquitos

O ex-presidente Temer – que já era réu três vezes – agora é réu pela quarta vez. Na segunda-feira, ele tinha sido denunciado pelo Ministério Público federal (MPF), em São Paulo, por lavagem de dinheiro na construção de Angra 3, onde já aplicaram quase R$ 10 bilhões de reais, e a usina está lá, interminada desde que começou a ser feita em 1984. Usaram R$ 1,6 milhão desse dinheiro na reforma da casa da filha de Temer, Maristela, no bairro de Alto Pinheiros.

O juiz ontem (4) já aceitou a denúncia e Temer virou réu junto com a filha, Maristela; o coronel Lima e a mulher do coronel Lima, que teriam sido supervisores da reforma desta casa.

Vocês hão de lembrar que, na segunda-feira, o juiz Marcelo Bretas aceitou outra denúncia também de dinheiro desviado de Angra 3, e Temer se tornou réu no Rio de Janeiro.

Ele já era réu outras duas vezes. Uma vez foi referente àquela mala de R$ 500 mil do Joesley Batista e da ‘corridinha’ do Rocha Loures.

O ex-presidente Temer já é réu quatro vezes, e só perde para o Lula, que é réu cinco vezes e tem duas condenações. Daqui a pouco sai mais uma sentença…

Dia ruim para bandidos…

Não foi um dia bom para bandido. Uma superquadrilha chegou com carros blindados em Guararema, na região metropolitana de São Paulo, para assaltar o banco Santander e o Banco do Brasil. Mas eles foram recebidos pela Rota (Rondas Ostensivas de Tobias Aguiar), da Polícia Militar de São Paulo.

Onze foram mortos. Deixaram de existir em nosso meio 11 bandidos. Essa é uma excelente notícia!

Pela primeira vez neste país, a Polícia Militar, a ROTA, recebeu elogios do governador e do presidente da República, tal como costuma acontecer em países civilizados.

Eu acrescento os parabéns ao trabalho da Polícia, porque não houve nenhuma ação que tenha prejudicado qualquer pessoa que estivesse perto, que não fosse bandido. Tampouco houve baixa entre os policiais, ou seja, foi uma operação muito bem feita.

O ministério Público participou dessa operação na parte de inteligência porque já vinha acompanhando esse bando há nove meses.

Já no Rio de Janeiro eu ouvi preocupações quanto à volta do status quo ante bellum. Eu vou traduzir o latim para o português: a volta ao estado que estava antes da intervenção federal na segurança pública. Pouco a pouco voltando à situação anterior. Isso, sem dúvida, é preocupante.

Enquanto isso, no Supremo

O mesmo Supremo – que julgou se poderiam botar aditivos sabor chocolate ou hortelã em cigarros – está julgando se pode combater mosquito da dengue com avião pulverizador.

Não era para ser uma corte Constitucional? Seriam esses assuntos Constitucionais? Que coisa estranha, né?

Reunião do presidente com presidentes
Já no poder executivo, o presidente da República recebeu no Palácio do Planalto os presidentes de partidos políticos cujos deputados federais formam 187 assentos na Câmara dos Deputados.

Recebeu pelo DEM: o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Recebeu pelo MDB: o ex-senador Romero Jucá (RR). Recebeu pelo PSDB: o presidente do partido, Geraldo Alckmin, que foi candidato à presidência da República. Além de receber o Marcus Pereira, pelo PRB, e o Gilberto Kassab, pelo PSD.

O que está em pauta? O óbvio: a reforma da Previdência. Sem ela, as aposentadorias simplesmente quebram prejudicando os mais pobres, os que têm aposentadorias menores. Não tem saída!

Tem gente, como vimos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, no depoimento de Paulo Guedes, que prefere afundar o barco em que todos nós estamos. Ou queimar a ponte para a gente não conseguir atravessar.

E para terminar…

Uma informação passada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Teve gente que se escandalizou quando Bolsonaro foi a Israel, e declarou amores a Israel. Gente: há mais de 20 anos o Brasil dá as costas para esse país, que é uma das nações mais importantes do mundo em avanços de ciência e tecnologia. É uma democracia republicana.

Para dar equilíbrio a essa balança que estava capenga, o presidente Bolsonaro anunciou que vai aos países árabes tratar, principalmente, de assuntos comerciais e de amizades, já que o Brasil abriga uma população árabe muito grande.

Alexandre Garcia
Gazeta do Povo






Não haverá horário de verão este ano

 
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que este ano o Brasil não terá o horário de verão e sinalizou que para o futuro a tendência é que a mudança nos relógios seja eliminada do calendário do País. "Decidi que neste ano não teremos horário de verão", disse Bolsonaro durante café da manhã com jornalistas. 

Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que a pasta vai finalizar nos próximos dias os estudos sobre o tema. O material será entregue ao presidente Bolsonaro, que decidirá em caráter definitivo pela continuidade ou não do horário de verão no País.   

Segundo o ministro, a decisão tem que ser tomada neste momento e não leva em conta apenas dados econômicos, mas outros fatores como sobrecarga e picos de consumo, por exemplo. 





O jornal Gazeta do Povo, de Curitiba, publicou uma matéria que mostra o quanto existe de incoerência na acusação de Zeca Dirceu (PT), filho do condenado Zé Dirceu (PT), ao ofender o Ministro Paulo Guedes, da Economia. 

O texto é longo, mas merece ser lido com  toda a atenção já que esclarece vários pontos que envolvem o Partido dos Trabalhadores e seus líderes, principalmente Lula, condenado e preso por corrupção. Não deixe de ler.

Tenham todos um Bom Dia!


4 vezes em que o PT foi a tchutchuca de poderosos (e você pagou a conta do baile)


Uma discussão entre o Ministro da Economia, Paulo Guedes, e o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) levou ao encerramento da audiência na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na noite desta quarta-feira (03). O objeto era a proposta de reforma da Previdência feita pelo governo Bolsonaro.

O conflito se deu quando o petista afirmou que o ministro age como "tigrão" em relação a aposentados, idosos e pessoas humildes, mas como "tchutchuca" no tocante à "turma mais privilegiada do nosso país".

Há um problema na análise de Zeca Dirceu: para adotar o mesmo termo esdrúxulo, ninguém neste país foi mais “tchutchuca” de poderosos e bilionários do que o partido ao qual Zeca Dirceu é filiado, e que ficou 14 anos, 5 meses e 12 dias no poder. Houve diversos programas de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos protagonizados por mandatários do Partido dos Trabalhadores enquanto estiveram no Palácio do Planalto.

As críticas direcionadas a Guedes são, basicamente, fruto de um desconhecimento acerca da urgência de reformar a Previdência e sobre quem ela irá afetar, uma vez que o ônus é falsamente atribuído aos brasileiros de menor renda. É estimado que em dez anos ela poderá gerar R$ 1,1 trilhão de economia. Ocorre que todo gasto do governo é custeado mediante tributação, seja impostos, dívida pública ou emissão de moeda. Ao economizar por meio de um ajuste do sistema previdenciário, busca-se equilibrar as contas públicas. A União não consegue fazer um superávit primário — despesa do governo inferior ao que ele arrecada em impostos — desde 2014.

Além de insustentável, a atual Previdência é injusta: apenas 3% de toda a despesa previdenciária vai para os 20% mais pobres. Já 41% é destinada aos 20% de brasileiros de maior renda. Enquanto o Bolsa Família custa anualmente cerca de R$ 30 bilhões e atende 46 milhões de pessoas, o rombo da aposentadoria rural é de R$ 110 bilhões, sendo destinada a apenas 9 milhões de beneficiários. Quão mais tímido é o ajuste, mais prejudicados serão os mais pobres, já que o status quo os afeta de maneira negativa.

Assim, ainda que indiretamente, a aprovação da reforma da Previdência é que beneficiará os mais pobres: além de combater desigualdades, ela é essencial para uma recuperação mais vigorosa da economia. Sem um ajuste, tenderá a haver menor crescimento, bem como aumento dos juros e impostos.

Segundo levantamento de Felippe Hermes, do site Spotniks, durante o governo Lula, a despesa do governo cresceu 2,4% do PIB. Todavia, apenas 0,05% disso foi para a saúde, 0,2% para a educação e, mais da metade, 1,37%, para Previdência. Tamanho aumento de gasto é o resultado de postergar a reforma. Da forma como funciona hoje em dia, a despesa com aposentadorias e pensões está canibalizando outras fatias do orçamento.

Para além das falsas narrativas defendidas pelo partido, selecionamos 4 oportunidades principais em que o PT foi a tchutchuca de poderosos, e quem pagou a conta do baile foi você.

1) O baile do BNDES

A estratégia, idealizada pelo economista Luciano Coutinho, mas abraçada por Lula e, posteriormente, Dilma, era escolher determinadas companhias para se tornarem gigantes em seus setores e competir no mercado internacional. E tudo isso turbinado a partir de empréstimos do BNDES.

Os juros eram subsidiados. Empresas que não eram amigas do governo tinham de competir arcando com taxas de juros mais altas, cobradas pelo mercado. Boa parte dos empréstimos foi feita com juros negativos, ou seja, a devolução dos valores contratados era inferior à inflação do período.

Em um período de nove anos, entre maio de 2007 e maio de 2016, a conta do BNDES fechou em R$ 1,2 trilhão, valor equivalente a 40 vezes o atual orçamento do Bolsa Família — previsto para R$ 30 bilhões em 2019. Esse montante era destinado geralmente a empresas amigas, como o frigorífico JBS, a telefônica Oi e a petroleira OGX de Eike Batista. Os ex-presidentes contribuíram com R$ 13,6 bilhões para que empreiteiras brasileiras realizassem obras em países da África e América Latina. Essa quantia corresponde a 93% do que foi desembolsado pelo banco estatal para exportação de bens e serviços. A Odebrecht, sozinha, abocanhou 64% do total.

Foi o auge do capitalismo de laços — um sistema que se realiza mediante a criação de alianças e emaranhados comerciais estabelecidos entre grupos privados com o governo, na definição do professor do Insper Sérgio Lazzarini.

O gasto com essa festa de crédito foi superior ao do Plano Marshall, realizado pelos Estados Unidos para ajudar na reconstrução da Europa após a II Guerra Mundial.

2) O baile dos ditadores

Em 2009 o então presidente Lula afirmou, na cúpula das nações africanas, que “não podemos ter preconceito com países não democráticos”. Não à toa, enquanto sua agremiação esteve no comando do Executivo, bilhões em impostos arrancados do trabalhador brasileiro foram destinados a ditaduras.

Diversos desses contratos são caixas-preta até os dias atuais. Foram construídas obras de infraestrutura, como rodovias, ferrovias e aeroportos, sobretudo em países da América Latina e na África. Segundo o jornal O Globo, tais empréstimos causaram prejuízo anual de R$ 1,1 bilhão ao trabalhador, uma vez que são realizados com recursos do FAT, um fundo financiado com parte dos salários de cada trabalhador brasileiro.

Angola, Congo, Cuba, Gabão, Guiné Equatorial, Moçambique, Venezuela e Zimbábue foram os destinos prediletos dos presidentes petistas. Venezuela, Cuba e Moçambique deram calote de R$ 1,7 bilhão.

3) O baile dos empreiteiros

Segundo as investigações da Operação Lava Jato, as maiores empreiteiras do país formaram um cartel e dividiam as obras que cada um ganharia com a Petrobrás. Tudo sob o comando do PT, mas com favorecimentos ainda ao MDB e PP. No meio disso, empresas como Odebrecht e OAS, além da Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez foram largamente as maiores beneficiárias pelo governo petista — embora houvesse várias outras — e retribuíram com pagamento de vultosas quantias de propina.

A Odebrecht, por exemplo, retribuiu o favor depositando a título de propinas a importância de R$ 324 milhões ao longo de 5 anos para o PT, segundo delações premiadas. Entre os principais benefícios, ampliação de crédito para exportação a Angola e aprovação de medida provisória de Refis.

Já em relação a OAS, Lula realizou tráfico de influência para a empreiteira no exterior. A empresa tinha desejo de incrementar negócios em países como Peru, Chile, Costa Rica, Bolívia, Uruguai e nações africanas. lula se prontificou em ajudá-los. Em retribuição, foram feitas obras e reformas no sítio em Atibaia e no triplex do Guarujá, pelos quais Lula foi condenado. Ademais, a OAS deu R$ 215 milhões de reais em propina ao PT.

O Grupo Andrade Gutierrez fez doações ao PT em troca de favorecimento em contratos com estatais. Entre as denúncias, consta que bancou pagamentos de fornecedores da eleição da presidente Dilma Rousseff, em 2010, no valor de R$ 6,1 milhões, além de outros R$ 10 milhões na campanha de 2014. Estima-se que metade dos R$ 100 milhões da empresa 'doados' ao PT foi propina.

4) O baile dos lobistas

Segundo delação de Antônio Palocci, homem forte tanto do ex-presidente Lula quanto de Dilma, pelo menos 900 das mil medidas provisórias editadas nos quatro governos do PT motivadas por propinas.

Embora possa haver uma imprecisão nas informações — o PT editou 623 MPs —, e a delação ainda seja alvo de trâmite processual, há fortes evidências de que em algumas das MPs houve negociações ilícitas para inserir determinados conteúdos que beneficiassem grupos privados. Entre elas, duas são alvo de ações penais, como a MP 627, de 2013, que prorrogou incentivos fiscais destinados a montadoras de veículos, além da MP 471, de 2009, que também beneficiou montadoras com a prorrogação de incentivos fiscais. As empresas automobilísticas Mitsubishi e Caoa estariam envolvidas, e ainda respondem por ação penal que investiga o caso.