Levantamento mostra ainda
que 16% são contra. Foram ouvidos 412 (80%) dos 513 eleitos.
Entre os dias 5 e 23 deste
mês, o G1 aplicou aos deputados
um questionário sobre 18 temas que deverão constar da pauta de debates
legislativos.
Todos os 513 deputados
foram contatados – 412 (80%) responderam e 101 (20%) não responderam ou
prometeram enviar as respostas, mas não o fizeram.
Parte dos deputados
respondeu pessoalmente ou por telefone e outra parte por e-mail, aplicativos de
mensagens ou por intermédio das assessorias. Todos foram informados de que a
divulgação das respostas não será feita de forma individualizada.
Ao menos 300 dos 513
deputados federais eleitos se dizem a favor de idade mínima para aposentadoria,
indica questionário aplicado pelo G1 aos parlamentares:
Favoráveis à idade mínima
para aposentadoria: 300 (58%)
Contrários à idade mínima
para aposentadoria: 82 (16%)
Não quiseram responder a
essa pergunta: 30 dos 412 que responderam ao questionário
APOSENTADORIA
Pelas regras atuais,
o cidadão pode se aposentar:
sem idade mínima: se o homem tiver pelo menos 35 anos de
contribuição e as mulheres, pelo menos 30 anos;
com idade mínima: 65
anos (homem) ou 60 anos (mulher), desde que o tempo mínimo de contribuição seja
de 15 anos.
Para o aposentado receber
o benefício integral, contudo, a soma da idade e do tempo de contribuição deve
totalizar pelo menos 85 para as mulheres e 95 para os homens, respeitado o
tempo mínimo de contribuição de 30 anos (mulher) e 35 anos (homem).
O presidente eleito Jair
Bolsonaro defende a aprovação de uma reforma da
Previdência que
estabeleça idade mínima para aposentadoria sem a chamada
"fórmula 85/95".
Uma eventual mudança nas
regras sobre idade mínima precisa ser proposta ao Congresso Nacional via emenda
à Constituição. Para entrar em vigor, a PEC terá de ser aprovada em dois turnos
na Câmara e em mais dois turnos no Senado, contando com o apoio mínimo de 3/5
dos parlamentares (308 deputados e 49 senadores).
Atualmente, tramita na
Câmara uma proposta enviada ainda em
2016 pelo governo do presidente Michel Temer. O texto chegou a
ser aprovado por uma comissão especial em maio de 2017,
mas não avançou desde então.
PRIVATIZAÇÃO DE ESTATAIS
A privatização de empresas
estatais foi um dos temas
em discussão entre presidenciáveis durante a campanha eleitoral deste
ano.
O futuro ministro da
Economia, Paulo Guedes,
chegou a se manifestar, em entrevista à GloboNews, favorável à privatização de
"todas" as estatais.
Em agosto, durante a
campanha, o presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou que "se não
tiver solução", o futuro governo poderia privatizar a
Petrobras.
Depois de eleito, no
último dia 19, afirmou que a estatal pode ser privatizada
"em parte".
No último dia 23, Paulo
Guedes anunciou a criação da
Secretaria Geral de Desestatização, no âmbito do Ministério da Fazenda,
como organismo responsável por conduzir as privatizações. O empresário Salim
Mattar será o secretário.
A maioria (57%) dos
513 deputados federais eleitos é a favor de privatizar empresas estatais,
indica o levantamento
Favoráveis à privatização
de estatais: 135 (26%)
Favoráveis à privatização,
mas somente das estatais deficitárias: 159 (31%)
Contra a privatização de
estatais: 92 (18%)
Não quiseram responder a
essa pergunta: 26 dos 412 que responderam ao questionário
Portal G1