O Brasil quer ordem,
segurança e estabilidade
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´Foto: Gazeta do Povo/Reprodução |
As escolhas que o Brasil
está fazendo neste 2018 nada mais são do que consequência da ampla hegemonia
cultural imposta pelos partidos de esquerda e seus tentáculos na academia, na
imprensa, nas artes e na educação. Os princípios marxistas para a tomada de
poder baseados na luta de classes continuam sendo seguidos à risca pelos
doutrinadores ditos “progressistas” com seu viés contemporâneo e seus novos
oprimidos.
Não temos mais
proletários, substituídos que foram nas modernas práticas de guerra cultural
pelos negros, índios, LGBTs, quilombolas etc. O PT foi hábil ao se apropriar
das justas causas dessas e outras minorias como estratégia de tomada de poder e
divisão da sociedade e, assim, surgiu o abominável “nós contra eles”, com suas
consequências tão nocivas à sociedade brasileira.
Sabemos muito bem de que
lado vieram as ameaças de colocar fogo no país, os discursos histéricos de que
gente morreria caso Lula fosse para a cadeia, as invasões, depredações e outras
ameaças à estabilidade. O “exército do Stédile” esteve sempre pronto para
invadir propriedades, fechar rodovias e perturbar a ordem, tornando a sociedade
refém de suas práticas criminosas e, pior, sempre impunemente.
Os eleitores brasileiros,
em sua maioria, expressaram em 7 de outubro repulsa a essas práticas e ao
modelo de governar e de apropriação das instituições por parte do PT – José
Dirceu, a propósito, disse, recentemente, em entrevista a um jornal espanhol,
que o objetivo do partido, mais do que ganhar eleições, é tomar o poder.
Candidatos mais ao centro
não foram bem-sucedidos em suas campanhas justamente por não conseguirem captar
o cansaço dos brasileiros com a desordem social
Candidatos mais ao centro,
infelizmente, não foram bem-sucedidos em suas campanhas justamente por não
conseguirem captar o cansaço dos brasileiros com a desordem social e seus
nefastos efeitos, como a epidemia de criminalidade e desrespeito generalizado à
lei. Jair Bolsonaro incorpora essa angústia de um povo que quer apenas mais
ordem no país.
Com todos os equívocos em
seu discurso, o candidato do PSL, se eleito, terá todas as condições de
resgatar a paz no país, pondo fim ao ódio e ao radicalismo. Adversários do
capitão o acusam de incentivar a violência quando apenas advoga o combate
rigoroso à criminalidade, o direito de as vítimas de bandidos se defenderem e
as garantias jurídicas de vítimas e policiais que reajam a crimes.
Desculpe, o reprodutor de
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Os brasileiros estão se
sentindo desprotegidos e com a sensação de que os criminosos têm mais direitos
que suas vítimas. A percepção geral é de que o crime corre solto por causa das
políticas de direitos humanos. Pode ser uma concepção equivocada, mas que só
reforça o sentimento de abandono que se apossa dos cidadãos diante de um Estado
incapaz de lhe dar segurança.
Certamente que, num
eventual governo Bolsonaro, a sociedade e as instituições em particular estarão
vigilantes e atentas ao primado de que os direitos individuais são
perfeitamente compatíveis com a segurança pública. Afinal, ninguém de bom senso
prega a entrega de uma carta branca ao futuro presidente, até porque não
devemos enxergá-lo como salvador da pátria.
Leia também: A ameaça do
PT à democracia é real (editorial de 8 de outubro de 2018)
Leia também: O assombro
Bolsonaro (artigo de Marcos Paulo Candeloro, publicado em 17 de outubro de
2018)
Bolsonaro, se eleito, deve
firmar claro compromisso com a estabilidade e com os princípios do Estado
Democrático de Direito, com o respeito às minorias e às garantias individuais.
O calor do enfrentamento ideológico dos últimos anos certamente o levou a se
pronunciar de forma intempestiva em algumas ocasiões, abrindo espaço para ser
acusado de homofóbico, misógino, fascista e outros predicados nada elogiosos. O
próprio candidato vem amenizando seu discurso e aguarda-se que desconstrua, com
seus atos, a narrativa de que sua eleição será um risco à democracia, até
porque as instituições democráticas estão funcionando de forma plena no país,
com independência dos poderes, e não há risco de aventuras autoritárias. Que
ele deixe claro seu compromisso com a democracia e promova um ambiente de
concórdia, entendimento e tolerância.
Resta claro que o
candidato do PSL se apresenta como o mais habilitado a levar adiante as
necessárias e urgentes reformas constitucionais. A da Previdência não pode mais
esperar e exigirá do novo presidente grande habilidade na negociação com o
Congresso, diante da resistência de setores das corporações estatais ao fim
iminente de privilégios injustificáveis. A reforma dos tributos, já em
andamento no Legislativo, precisa avançar para além da simples racionalização
fiscal. O Brasil precisa de uma efetiva, mesmo que gradual, redução da elevada
carga tributária que sufoca o setor produtivo, comprometendo sua capacidade de
investimento e de geração de empregos. Por fim, Jair Bolsonaro emite sinais
positivos de compromisso com a discussão sobre o tamanho do Estado brasileiro,
hoje tão caro, injusto, grande e ineficiente. Esta é a grande reforma a ser
feita.
O Brasil precisa de ordem,
estabilidade política e crescimento econômico.
*Edson José Ramon,
empresário, é presidente do Instituto Democracia e Liberdade (IDL) e
ex-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP).