terça-feira, 23 de outubro de 2018

➤ELEIÇÕES – 2

Confira os números da pesquisa IBOPE para 
Presidente da República. Votos válidos


Jair Bolsonaro (PSL) – 57%
Fernando Haddad (PT) – 43%


REJEIÇÃO
Fernando Haddad (PT) – 41%
Jair Bolsonaro (PSL) – 40%

➤ELEIÇÕES


Confira os números da pesquisa IBOPE realizada em 
quatro estados e no DF. Votos válidos.

RIO GRANDE DO SUL
Eduardo Leite (PSDB) – 60%
José Sartori (MDB) – 40%

SÃO PAULO
Dória (PSDB) – 53%
França (PSB) – 47%

RIO DE JANEIRO
Witzel (PSC) – 56%
Paes (DEM) – 44%

MINAS GERAIS
Zema (NOVO) – 67%
Anastasia (PSDB) – 33%

DISTRITO FEDERAL
Ibaneis (MDB) – 75%
Rollemberg (PSB) – 25%

➤Exército da Venezuela

Haddad: “É melhor do que o do Brasil” 


Oficiais generais presentes à cerimônia do Dia do Aviador, realizada na Base Aérea de Brasília, nesta terça-feira, 23, se disseram “desrespeitados” com declarações do candidato Fernando Haddad (PT) em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite de segunda-feira, 22.

Na ocasião, o candidato do PT foi questionado se não via como um erro colocar o seu partido como uma única opção para a democracia. Haddad rebateu dizendo que seu adversário “incita a morte de pessoas”. “O filho dele (Eduardo Bolsonaro), na Avenida Paulista, disse que vai declarar guerra à Venezuela. Ele nem conhece a situação das Forças Armadas. A Venezuela tem condições bélicas superiores a do Brasil”, disse Haddad.

“Para o Brasil declarar guerra e mandar jovens brasileiros morrer na fronteira com a Venezuela ou pede ajuda para um império internacional, provavelmente os americanos, para quem ele bate continência, ou nós vamos mandar jovens brasileiros pobres provavelmente para morrer em um conflito que não é o nosso”, completou.

Os militares presentes na cerimônia, que preferiram falar na condição de anonimato, disseram se sentir “ofendidos” e “desrespeitados” com a fala do candidato do PT. Segundo eles, Haddad “não conhece nada das nossas Forças Armadas” e está “menosprezando” a formação dos militares brasileiros. Criticaram ainda a forma que o petista lida com uma questão delicada ao citar de forma irresponsável sobre declarar guerra ao país vizinho com apoio dos Estados Unidos.

Desde segunda-feira, 22, os militares já estavam incomodados com o candidato do PT que, para atacar Bolsonaro, afirmou que as instituições estão se sentindo ameaçadas. Na segunda-feira à tarde, Haddad disse, antes de participar de evento com catadores de material reciclável em São Paulo, que “as instituições estão se sentindo ameaçadas, inclusive pela linha dura de parte das Forças Armadas”.

Essa afirmação, ao lado da fala do filho de Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, de que bastava um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal levaram “grande preocupação e insatisfação” entre os militares.

Embora o candidato e seu filho tenham pedido desculpas, os militares entendem que o ataque não foi bom. No entanto, a cúpula das Forças Armadas decidiu não responder. A avaliação foi de que no momento é melhor não polemizar a questão e por considerá-la “tema de campanha eleitoral”.

Para integrantes do Alto Comando das Forças Armadas, responder estes “absurdos” seria levar para dentro dos quartéis assunto tipicamente político-partidário, que afeta apenas quem está na disputa das eleições.

O presidente Michel Temer também participou da cerimônia do dia do aviador, com os comandantes militares.

IstoÉ/Estadão

➤Bolívar Lamounier*

UM ENREDO SEM MOCINHOS 


Faltam só 6 dias para acabar esse pesadelo. Hipocrisia jorrando por todos os lados. 

O PT fatura o fato de Bolsonaro ter elogiado o torturador Brilhante Ulstra e apoiado o regime militar. Bolsonaro já deve ter ressaltado - devia, se não o fez - o apoio moral e financeiro do PT a ditaduras sanguinárias como as da Venezuela e da Nicarágua, sem esquecer os sete milhões de trabalhadores que Dilma Rousseff arrastou para o desemprego. 

A "sociedade civil" (CNBB e companhia) voltou a dar o ar de sua graça, depois de uma longa temporada de férias, desde 2002. O STF dá chiliques com a "ameaça" que Bolsonaro representa à democracia, quando ele mesmo tem sido uma ameaça à democracia, com Lewandovsky rasgando a Constituição no impeachment de Dilma e Gilmar Mendes soltando dúzias de criminosos. 

José Dirceu, condenado a trinta anos de reclusão, está aí solto, lépido e fagueiro, anunciando aos quatro ventos que seu projeto de tomar o poder é "uma questão de tempo". 

Ah, que maravilha, somos todos ordeiros, fiéis observadores da lei, implacáveis defensores da Constituição. 

Me engana que eu gosto.

*Cientista político

➤COMENTÁRIO

Nelson Matzenbacher Ferrão*

 

Nunca me imaginei dizendo isto, mas... Pois neste momento que o País atravessa, em que se testemunha um movimento popular nunca visto até agora - sem entrar em considerações ou juízos de valor sobre suas motivações sócio-político-ideológicas, pois não é isto o importante -, me trouxe uma desagradável revelação: alguns dos grandes grupos de mídia estão, definitiva e celeremente, se encaminhando pro fim.

E a razão é simples: como qualquer fornecedor de serviços ou produtos, perderam a confiança de grande parte de seus consumidores. A sucessão de manipulações de notícias, seja por destacar algumas e esconder outras, por titular matérias de forma propositadamente errada, por não dar a devida e necessária relevância a determinados acontecimentos - por exemplo, ao que aconteceu no país neste domingo -, enquanto mancheteiam informações graves que não se sustentam em evidências, são a prova disto.

Os jornais impressos e seus sites se "acanharam" em mostrar as multidões nas ruas. O mesmo fizeram nos canais de TV aberta ou fechada. Destacam como verdadeiros boatos e, no dia seguinte, sequer os suítam. Manchete num dia, nem nota de rodapé no outro.

Estas decisões "editoriais" equivocadas e claramente tendenciosas ou "covardes" acabam potencializando os confrontos entre apoiadores dos dois candidatos e elevando perigosamente a temperatura das eleições. Isto, pra qualquer observador que tenha o mínimo bom senso, revela falta de ética e irresponsabilidade.

Não importa nem mesmo saber o que os levou a agirem assim, se foi por ideologia política ou se por conveniência financeira dos seus negócios, mas alguns dos até então grandes jornais e redes de televisão se apequenaram.

Viraram folhetins, pasquins! E, com isto, não cumpriram seu compromisso com a sociedade, que é fornecer uma informação acurada, íntegra, o mais perto possível da perfeição. 

Era sabida e reconhecida a disruptura do negócio jornal/papel, sufocado no seu modelo ultrapassado pelas novas tecnologias da informação.

Mas o que se pode observar hoje é muito mais do que isto: é uma crescente e, quem sabe, irreversível crise de confiança em relação a certas grandes empresas de produção de conteúdos jornalísticos. Em quaisquer plataformas.

Quantos de nós já não se informam por meios "alternativos", nos quais encontramos o que procuramos com um grau de confiança elevado? As redes sociais são avassaladoras, pro bem ou pro mal! Importante ter consciência disto! Mas elas estão substituindo em uma velocidade inesperada os veículos "tradicionais".

 Aí fica uma questão extremamente delicada em aberto: e o jornalismo de verdade - não este que se vê aí criando climas, incentivando o conflito, distorcendo fatos -, aquele protagonista fundamental nos regimes democráticos, como se sairá desta? Torço, como cidadão, que empresários e sociedade organizada encontrem um caminho. E rápido! O "vácuo" não pode ser ocupado por uma alternativa ainda pior do que as que temos hoje...

*Jornalista

➤DESTAQUES

Confira o que foi notícia nas últimas 24 horas


Damião e Gabigol marcam, e Internacional empata com o Santos
Internacional e Santos empataram em 2 a 2 na noite desta segunda-feira, no Beira-Rio, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os gols do Colorado foram de Leandro Damião e Patrick. O Peixe marcou com Gabigol e Fabiano (contra). A partida foi movimentada e teve o Alvinegro buscando o empate duas vezes. Leandro Damião, ex-santista, e Gabriel Barbosa, artilheiro do Campeonato Brasileiro, foram destaques e participaram das principais oportunidades do duelo.

Haddad telefona para FHC, que se diz muito preocupado
O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, telefonou para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), na tarde desta segunda-feira, 22. Segundo relatos, FHC disse estar "muito preocupado com as perspectivas" diante das últimas manifestações de Jair Bolsonaro (PSL) sobre banir a oposição, ativistas, veículos de imprensa e, principalmente, declarações do deputado eleito Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possibilidade de fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), já desautorizadas pelo candidato.

'Militares terão espaço, mas não ocuparão um terço dos ministérios', diz Bolsonaro
O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirmou, em entrevista ao programa Conexão Repórter, do SBT, que os militares não ocuparão um terço do seu ministério, caso eleito. "No governo anterior, tinha terroristas e ninguém falava nada. (Tinha) gente do PCdoB à frente do Ministério da Defesa", disse o presidenciável. A entrevista foi exibida na madrugada desta terça-feira, 23. Segundo ele, a permissão de posse de armas pela população será um projeto apresentado logo no início do seu eventual governo. Bolsonaro ainda sugeriu o porte de armas para caminhoneiros com o objetivo de combater o roubo de cargas. O presidenciável negou que haja risco de fechar o Congresso. Confrontado com uma entrevista em que havia mencionado essa possibilidade, Bolsonaro minimizou: "Disse isso há 20 anos." Ele ainda afirmou que cerca de 120 parlamentares já manifestaram desejo de participar da governabilidade sem participar de "toma lá da cá". 

Petrobras recupera R$ 3 bilhões em ressarcimento de danos
A Petrobras ultrapassou a marca de R$ 3 bilhões em valores recuperados a título de ressarcimento de danos, por meio de acordos de leniência e delações premiadas. A companhia informou nesta segunda-feira, 22, que recebeu a devolução de R$ 549 milhões como parte de um acordo de leniência.

Brasil abre 137.336 vagas formais de trabalho em setembro
O Brasil registrou criação líquida de 137.336 vagas formais de emprego em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério do Trabalho, no desempenho mais forte para o mês desde 2013. O resultado também veio bem acima da pesquisa Reuters com analistas, que indicava abertura de 86 mil postos no mês.

Ministro da Cultura diz que Roger Waters recebeu R$ 90 milhões para fazer "campanha disfarçada"
As polêmicas envolvendo o posicionamento político do ex-Pink Floyd Roger Waters não se restringem às arena de shows onde o músico se apresenta. Durante o fim de semana, o inglês, que tem criticado o presidenciável Jair Bolsonaro em suas apresentações no Brasil, foi atacado pelo ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, que acusou o roqueiro de receber R$ 90 milhões para fazer propaganda política disfarçada em suas performances pelo Brasil. Além da acusação, o titular da pasta de Cultura também defendeu o candidato do PSL.
"Roger Waters recebeu cerca de R$ 90 milhões para fazer campanha eleitoral disfarçada de show ao longo do 2º turno. Na Folha (o jornal Folha de S.Paulo), chamou Bolsonaro de 'insano' e 'corrupto'. Sem provas, claro. Disse aos fãs que não voltará ao Brasil caso ele ganhe. Isso sim é caixa 2 e campanha ilegal!", escreveu em seu perfil no Twitter.

Terra/G1/Estadão/clicRBS

➤Edson José Ramon*

O Brasil quer ordem, segurança e estabilidade

´Foto: Gazeta do Povo/Reprodução
As escolhas que o Brasil está fazendo neste 2018 nada mais são do que consequência da ampla hegemonia cultural imposta pelos partidos de esquerda e seus tentáculos na academia, na imprensa, nas artes e na educação. Os princípios marxistas para a tomada de poder baseados na luta de classes continuam sendo seguidos à risca pelos doutrinadores ditos “progressistas” com seu viés contemporâneo e seus novos oprimidos.

Não temos mais proletários, substituídos que foram nas modernas práticas de guerra cultural pelos negros, índios, LGBTs, quilombolas etc. O PT foi hábil ao se apropriar das justas causas dessas e outras minorias como estratégia de tomada de poder e divisão da sociedade e, assim, surgiu o abominável “nós contra eles”, com suas consequências tão nocivas à sociedade brasileira.

Sabemos muito bem de que lado vieram as ameaças de colocar fogo no país, os discursos histéricos de que gente morreria caso Lula fosse para a cadeia, as invasões, depredações e outras ameaças à estabilidade. O “exército do Stédile” esteve sempre pronto para invadir propriedades, fechar rodovias e perturbar a ordem, tornando a sociedade refém de suas práticas criminosas e, pior, sempre impunemente.

Os eleitores brasileiros, em sua maioria, expressaram em 7 de outubro repulsa a essas práticas e ao modelo de governar e de apropriação das instituições por parte do PT – José Dirceu, a propósito, disse, recentemente, em entrevista a um jornal espanhol, que o objetivo do partido, mais do que ganhar eleições, é tomar o poder.

Candidatos mais ao centro não foram bem-sucedidos em suas campanhas justamente por não conseguirem captar o cansaço dos brasileiros com a desordem social

Candidatos mais ao centro, infelizmente, não foram bem-sucedidos em suas campanhas justamente por não conseguirem captar o cansaço dos brasileiros com a desordem social e seus nefastos efeitos, como a epidemia de criminalidade e desrespeito generalizado à lei. Jair Bolsonaro incorpora essa angústia de um povo que quer apenas mais ordem no país.

Com todos os equívocos em seu discurso, o candidato do PSL, se eleito, terá todas as condições de resgatar a paz no país, pondo fim ao ódio e ao radicalismo. Adversários do capitão o acusam de incentivar a violência quando apenas advoga o combate rigoroso à criminalidade, o direito de as vítimas de bandidos se defenderem e as garantias jurídicas de vítimas e policiais que reajam a crimes.


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Os brasileiros estão se sentindo desprotegidos e com a sensação de que os criminosos têm mais direitos que suas vítimas. A percepção geral é de que o crime corre solto por causa das políticas de direitos humanos. Pode ser uma concepção equivocada, mas que só reforça o sentimento de abandono que se apossa dos cidadãos diante de um Estado incapaz de lhe dar segurança.

Certamente que, num eventual governo Bolsonaro, a sociedade e as instituições em particular estarão vigilantes e atentas ao primado de que os direitos individuais são perfeitamente compatíveis com a segurança pública. Afinal, ninguém de bom senso prega a entrega de uma carta branca ao futuro presidente, até porque não devemos enxergá-lo como salvador da pátria.

Leia também: A ameaça do PT à democracia é real (editorial de 8 de outubro de 2018)

Leia também: O assombro Bolsonaro (artigo de Marcos Paulo Candeloro, publicado em 17 de outubro de 2018)

Bolsonaro, se eleito, deve firmar claro compromisso com a estabilidade e com os princípios do Estado Democrático de Direito, com o respeito às minorias e às garantias individuais. O calor do enfrentamento ideológico dos últimos anos certamente o levou a se pronunciar de forma intempestiva em algumas ocasiões, abrindo espaço para ser acusado de homofóbico, misógino, fascista e outros predicados nada elogiosos. O próprio candidato vem amenizando seu discurso e aguarda-se que desconstrua, com seus atos, a narrativa de que sua eleição será um risco à democracia, até porque as instituições democráticas estão funcionando de forma plena no país, com independência dos poderes, e não há risco de aventuras autoritárias. Que ele deixe claro seu compromisso com a democracia e promova um ambiente de concórdia, entendimento e tolerância.

Resta claro que o candidato do PSL se apresenta como o mais habilitado a levar adiante as necessárias e urgentes reformas constitucionais. A da Previdência não pode mais esperar e exigirá do novo presidente grande habilidade na negociação com o Congresso, diante da resistência de setores das corporações estatais ao fim iminente de privilégios injustificáveis. A reforma dos tributos, já em andamento no Legislativo, precisa avançar para além da simples racionalização fiscal. O Brasil precisa de uma efetiva, mesmo que gradual, redução da elevada carga tributária que sufoca o setor produtivo, comprometendo sua capacidade de investimento e de geração de empregos. Por fim, Jair Bolsonaro emite sinais positivos de compromisso com a discussão sobre o tamanho do Estado brasileiro, hoje tão caro, injusto, grande e ineficiente. Esta é a grande reforma a ser feita.

O Brasil precisa de ordem, estabilidade política e crescimento econômico.

*Edson José Ramon, empresário, é presidente do Instituto Democracia e Liberdade (IDL) e ex-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP).