quarta-feira, 17 de outubro de 2018

➤IBOPE/ESTADOS


Confira os números da pesquisa IBOPE para governador em alguns estados.

SÃO PAULO
João Dória (PSDB) – 52%
Márcio França (PSB) – 48%

RIO DE JANEIRO
Wilson Witzel (PSC) – 60%
Eduardo Paes (DEM) – 40%

MINAS GERAIS
Romeu Zema (Novo) – 66%
Antônio Anastasia (PSDB) – 34%

DISTRITO FEDERAL
Ibaneis Rocha (MDB) – 68%
Rodrigo Rollemberg (PSB) – 23%

RIO GRANDE DO NORTE
Fátima Bezerra (PT) – 54%
Carlos Eduardo (PDT) 46%

➤IBOPE/RS

GOVERNADOR e PRESIDENTE
 
Pela primeira vez no segundo turno, os gaúchos participaram de uma pesquisa do IBOPE sobre as eleições para Governador do Estado e para Presidente da República.

Confira os resultados em votos válidos

GOVERNADOR
Eduardo Leite (PSDB) – 59%
José Ivo Sartori (MDB) – 41%

PRESIDENTE
Jair Bolsonaro (PSL) – 59%
Fernando Haddad (PT) – 41%

➤Com dinheiro privado

Bolsonaro quer destravar projetos de infraestrutura

O pacote de concessões planejado por auxiliares de Jair Bolsonaro (PSL) para deslanchar projetos de infraestrutura deve incluir a possibilidade de renovar antecipadamente contratos em curso e relicitar aqueles que apresentam problemas. O plano de um eventual governo Bolsonaro baseia-se em expandir ferrovias, rodovias e aeroportos quase que exclusivamente com recursos privados.

O BNDES poderá entrar com financiamento para a fase de construção, segundo Paulo Coutinho, economista que supervisiona propostas para infraestrutura do PSL. “Objetivo é não colocar mais dinheiro do governo. O limite é o que está hoje no Orçamento”, disse em entrevista ao Estado.

Professor da UnB, ele responde ao general Oswaldo Ferreira, homem de confiança de Bolsonaro que assumiu a coordenação-geral em Brasília dos debates sobre o plano de governo.

Segundo o economista, a proposta em elaboração dá ênfase à expansão de ferrovias e prevê estímulo à cabotagem (transporte marítimo na costa de um mesmo país), cujo potencial hoje está subestimado, na avaliação do grupo. Uma das propostas é criar terminais exclusivos nos portos para cabotagem, o que ajudaria a reduzir custo no curto prazo sem promover a abertura do mercado para empresas estrangeiras.

Os recursos chineses serão bem-vindos, disse Coutinho. A depender do projeto, se a China quiser, a autorização “pode vir no dia seguinte”, disse. “Bolsonaro é contrário aos chineses comprarem terras. Não há resistência para ferrovias”.

Os auxiliares de Bolsonaro entendem que o BNDES deve ter papel no pacote de concessões, mas preveem atuação limitada do banco estatal na oferta de crédito, que não incluiria subsídios nas taxas de juros. A ideia é que os financiamentos tenham como referência a TLP (Taxa de Longo Prazo) e que banco assuma postura gerencial, auxiliando na elaboração de projetos e na atração dos investimentos.

“Não queremos colocar mais dinheiro no BNDES, já tem muito lá”, disse. Segundo Coutinho, o País é muito atrativo e os investidores virão. “O que falta é segurança jurídica e projeto”.

A equipe de Bolsonaro fia-se no interesse de investidores, especialmente estrangeiros, para o sucesso do plano. O governo Michel Temer também prometeu estimular dinheiro privado em infraestrutura, criou o Programa de Parcerias e Investimentos, mas teve sucesso em poucos leilões. A crise política, questionamentos de órgãos de controle, e a falta de interesse em empreendimentos travaram muitos projetos.

Privatização

Diante das resistências de Bolsonaro quanto à privatização da Eletrobrás e da Petrobrás, a proposta por ora é fatiar as estatais, mantendo com o governo suas áreas de geração de energia e de exploração de petróleo. A Transpetro, estatal de transporte de óleo e gás, também não deve entrar nos planos de venda. “Os militares entendem que é questão de segurança nacional. Numa guerra, você pode usar essas embarcações”, explica Coutinho.

Segundo ele, as propostas estão em fase avançada, mas a aprovação de Bolsonaro ainda não foi dada. “A palavra dele não se discute. Bolsonaro traça as grandes metas: Caixa, Eletrobrás não serão privatizadas? Então, acabou, não serão”.

Coutinho afirmou que, mesmo nas áreas preservadas sob mando estatal, há propostas em andamento. Se depender do grupo, Petrobrás e Transpetro não irão privilegiar estaleiros nacionais, pois eles “cobram caro”. Esses estaleiros devem virar unidades de reparo.

Agência Estado