sábado, 6 de outubro de 2018

➤IBOPE-RS/VALIDOS

Leite (PSDB) e Sartori (MDB) no segundo turno


Mais recente pesquisa Ibope indica que os candidatos ao governo gaúcho nas eleições 2018 Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) devem se enfrentar no segundo turno. O levantamento divulgado neste sábado, 6, aponta o tucano com 38% dos votos válidos, ante 32% do emedebista. A margem de erro é de 2 pontos.

Confira os números:
Leite (PSDB) – 38%
Sartori (MDB) – 32%
Rosseto (PT) – 14%
Jairo (PDT) – 11%
Mateus (Novo) – 3%
Júlio (PSTU) – 1%
Robaina (PSOL) – 1%
Paulo (PCO) 1%

➤Pesquisa Ibope:

Bolsonaro chega a 41% dos votos válidos

 

Favorito para conquistar a segunda vaga em um eventual segundo turno, o petista Fernando Haddad tem 25% dos válidos, três pontos a menos do que na pesquisa anterior, divulgada na quarta-feira.

Para vencer no primeiro turno, Bolsonaro precisaria de 50% dos votos válidos mais um, ou seja, isso só seria possível com a conquista de mais nove pontos porcentuais no dia da votação.

Em um segundo turno, se ele ocorresse neste momento, o placar seria de 52% a 48% para Bolsonaro na disputa contra Haddad, nos votos válidos. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais, há empate técnico no limite da margem de erro. Isso significa que há uma pequena chance de eles estarem empatados, mas a maior probabilidade é que o candidato do PSL esteja na frente.

Confira os números:

Bolsonaro (PSL) – 41%
Haddad (PT) – 25%
Ciro (PDT) – 13%
Alckmin (PSDB) – 8%
Marina (Rede) – 3%
Amoêdo (Novo) - 3%
Álvaro (Podemos) - 2%
Daciolo (Patriota) – 2%
Meirelles (MDB) – 2%
Boulos (PSol) – 1%
Eymael (DC) – 0%
Goulart (PPL) – 0%
Vera (PSTU) – 0%

➤DATAFOLHA/VOTOS VÁLIDOS

BOLSONARO 40% - HADDAD 25%


O Datafolha divulgou neste sábado (6) o resultado da mais recente pesquisa de intenção de voto na eleição presidencial. Desde a última pesquisa do instituto, divulgada no dia 4, e realizada nos dias 3 e 4 de outubro, o primeiro colocado, Jair Bolsonaro oscilou um ponto para cima, e o segundo colocado, Fernando Haddad se manteve estável.

A probabilidade de os resultados retratarem a realidade é de 95%, considerando a margem de erro, de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa ouviu 19.552 eleitores entre sexta-feira (5) e sábado (6).

Votos válidos

Jair Bolsonaro (PSL): 40%
Fernando Haddad (PT): 25%
Ciro Gomes (PDT): 15%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Marina Silva (REDE): 3%
João Amoêdo (NOVO): 3%
Alvaro Dias (PODE): 2%
Henrique Meirelles (MDB): 2%
Cabo Daciolo (PATRI): 1%
Guilherme Boulos (PSOL): 1%
Vera (PSTU): 0%
João Goulart Filho (PPL): 0%
Eymael (DC): 0%

Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

➤OPINIÃO

Um voto de confiança na política


Em meio à acirrada disputa entre os candidatos à Presidência da República, a campanha eleitoral para o Congresso despertou escasso interesse, embora seja, em alguns aspectos, até mais importante do que a eleição majoritária.

A escolha dos representantes na Câmara e no Senado vai definir que tipo de composição política o próximo presidente terá de fazer para conseguir manter um mínimo de governabilidade e para encaminhar as medidas que são imprescindíveis para garantir alguma estabilidade ante o terrível estado geral das contas públicas. Ao elaborar sua “cola” para não esquecer os números de seus candidatos ao digitar o voto, o eleitor terá a derradeira oportunidade de imaginar qual é o Congresso que pretende ajudar a construir com seu voto amanhã.

Em primeiro lugar, o norte para essa escolha não pode ser apenas a repulsa à corrupção. É fato que, nos últimos anos, houve tantos e tão extensos escândalos envolvendo partidos e parlamentares, numa roubalheira sem paralelos na história nacional, que não se pode tirar a razão de quem pretende empregar seu voto como protesto, na expectativa de ajudar a sanear a política. Essa intenção é consequência, em grande medida, do discurso embalado pelo ativismo messiânico de muitos procuradores da Lava Jato, que se julgavam no dever de limpar o País de seus corruptos e fizeram da corrupção sinônimo de política, mesmo que contra os acusados pesassem apenas suspeitas levantadas pela irresponsável qualificação de toda doação de campanha como propina.

A despeito dessa óbvia fragilidade jurídica, a Lava Jato proporcionou aos brasileiros a sensação de que finalmente algo estava sendo feito contra os corruptos, e não à toa muitos candidatos se apresentam como “limpos” - como se isso fosse, por si só, suficiente para qualificá-los como bons parlamentares - e como novos na atividade, buscando incorporar o suposto desejo do eleitorado de implodir um sistema visto como miseravelmente viciado.

No entanto, ao que tudo indica, e a despeito do que prometem vários candidatos, o sistema político brasileiro não sairá renovado das urnas. Será provavelmente o velho sistema de sempre, no qual o presidente da República precisa construir maioria a cada votação de projetos de interesse do Executivo. Não raro, o presidente precisa recorrer à barganha fisiológica para convencer até mesmo políticos de sua própria base aliada - quando não de seu próprio partido - a votar com o governo. Muitas vezes o debate sobre o mérito dos projetos, que deveria ser a essência da negociação política, fica em segundo plano, ou chega a ser totalmente irrelevante.

Haverá alguma chance de começar a mudar esse quadro se das urnas emergir um Congresso no qual prevaleçam partidos e parlamentares com identidade definida e lideranças fortes, dispostos a constituir uma oposição leal ou a apoiar o governo em torno de ideias sólidas e do interesse nacional, e não as agremiações que nada mais são do que um aglomerado de interesses paroquiais, cujos parlamentares atuam cada um como se fosse o partido de si mesmo.

O momento exige, portanto, prudência do eleitor. A escolha não pode recair em quem se apresenta apenas como campeão de honestidade, pois essa é uma exigência básica de todos os candidatos; tampouco o voto pode ser decidido de maneira irrefletida, quase automática, quando se escolhem candidatos apenas por serem conhecidos - sejam celebridades “puxadoras” de votos, sejam integrantes das longevas e corruptas dinastias políticas.

Para que o País efetivamente comece a mudar, o eleitor deve refletir se a patente má qualidade dos seus representantes parlamentares não é apenas consequência de seu desinteresse pelo resultado das eleições legislativas e na própria atividade do Congresso, deixando aberto o caminho para que prevaleçam os interesses de bem organizados grupos de pressão - que, não por acaso, são aqueles que têm impedido o avanço das reformas.

Ao decidir quem vai mandar para o Congresso, o eleitor deve ter consciência de que seu voto será determinante não apenas para interromper a marcha do País rumo ao abismo fiscal e administrativo, mas principalmente para começar a restabelecer o valor da política como caminho para a superação dos muitos problemas nacionais.

Portal Estadão